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Arrow – 4×12 Unchained

Por: em 5 de fevereiro de 2016

Arrow – 4×12 Unchained

Por: em

Se algo marcou o episódio dessa semana de Arrow, foram os incontáveis retornos e surpresas que o roteiro nos proporcionou – alguns muito bacanas, outros um tanto desnecessários. E, apesar de eu ser uma das pessoas que endossa o coro de felicidade com retornos como o de Roy, tenho que admitir que nesse momento sinto que nos perdemos no enredo da temporada. Claro que pode ser uma sensação passageira, até porque a apresentação de novas tramas leva um tempo até se conectar com as demais, mas as coisas estão estranhas. Vejam bem, esse foi um dos meus episódios favoritos até aqui, mas que estou bastante confuso, estou.

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Primeiro pela inclusão de Calculator. Há muito já estávamos sabendo que um novo vilão surgiria para um arco de episódios e que ele teria grandes chances de possuir um grau de parentesco com Felicity. Dito e feito, todo a afinidade intelectual que eles demonstraram em sua guerra particular, se comprovou como o que parecia mais óbvio: conhecemos o pai da loira. As implicações disso não poderiam ser mais inesperadas, já que nunca soubemos nada sobre ele – eu até achava que a própria Donna não sabia quem era o pai dela, mas devo estar confundindo o plot com outra série. Particularmente, gostei dessa primeira impressão que Tom Amandes deu para seu Noah Kuttler, uma versão masculina da própria filha. Aos que desconhecem, Calculator é um vilão muito conhecido da mitologia do Batman (lá vem as críticas – ZzZzZ) e que funciona como um oposto da Oráculo – assim como o Reverso é para o Flash. Nos quadrinhos, ele é o cara a ser procurado quando alguém precisa de tecnologia, informações especiais ou mesmo armamentos… mas claro por um preço adequado.

Agora como que tudo isso se encaixa na trama de Damien Darkh? Aparentemente, os dois tem o mesmo objetivo. Seria Noah um recurso de Darkh para atingir diretamente Felicity (e Oliver, por consequência) ou destruir a cidade não passa de um sonho em comum? Só quero que tudo fique bem encaixado e vou confiar na produção, até porque uma coisa de boa esse Calculator fez: trouxe Roy de volta, mesmo que por um episódio. Gente, não sei vocês, mas para mim tudo pareceu tão certo com a volta de Arsenal naquela equipe, que eu só queria curtir os momentos deles de luta, a interação dele com o time e tudo mais. Era notável que todos estavam muito felizes com o acontecimento (reparem nos sorrisos naturais que acontecem na maioria das cenas). Gosto muito da relação quase de pai-filho que rola entre Oliver e Roy, mas também da maneira que nosso Arqueiro Vermelho consegue mostrar os problemas da personalidade do Arqueiro Verde. Será que Oliver finalmente terá aprendido a não carregar o mundo nas costas e deixar que as pessoas tomem as próprias decisões? Com certeza não.

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Roy também deu um desfecho mais bacana para o seu relacionamento com Thea. Juntos eles foram o primeiro amor um do outro, o que cria uma ligação vitalícia. É bem bacana ver o carinho que eles sentem um pelo outro de uma maneira pura e nada egoísta. Acho uma pena que a gente não possar ter Arsenal de volta na equipe de uma vez por todas, mas ainda acredito demais nesse retorno e talvez em muitas outras participações especiais. Para fechar o assunto Roy, só quero deixar registrado que se eles tivessem matado o personagem daquela maneira besta, eu faria uma review reclamando disso por 7 parágrafos. Seguindo nas pautas de “Unchained“, os problemas com a volta a vida pós-Poço de Lázaro parecem ter abatido Thea de vez. E foi quase instantâneo me perguntar: por que com Sara isso nunca aconteceu? Sendo o roteiro bem didático ao mostrar que a antiga Canário (ou atual, né) teve sua alma resgatada por John Constantine, o que a livra desse problema todo.

O que tá acontecendo? Se Thea não matar alguém, ela vai morrer. Ponto final. O que vimos no episódio foi uma amostra clara de que as circunstâncias em que quase-morreu anteriormente, retornaram bem fortes e agora ela está em coma, tentando lutar pela vida, assim como esteve há quase um ano atrás, nos ligando diretamente a outro dos retornos do episódio: Nyssa. Primeiro vimos ela conseguindo apoio de alguns antigos conhecidos para se livrar da prisão que Malcolm a impôs – o que me pareceu fácil demais, mas superei porque gosto bastante da personagem. Depois vimos ela indo até o Japão, entrando em uma floresta misteriosa atrás do elixir da Lótus, porém sem maiores explicações. Quem estava protegendo essa flor? KATANA, meu bem! Sério, se os produtores queriam me deixar feliz, tão de parabéns. Adorei rever a personagem e mais um pouco das suas habilidades com espada (mas também achei que iam matar ela pela chegada do filme do Esquadrão Suicida).

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Papo vai, papo vem, Nyssa convenceu Katana a colaborar e seu plano foi colocado em prática. A tal da flor é capaz de produzir um elixir que anula os efeitos do Poço, ou seja, tudo que Thea precisa nesse momento. Como moeda de barganha, Nyssa faz de Oliver refém da decisão de aceitar o que ela pede: matar Malcolm. Olha gente, eu não sei se eu queria o Arqueiro Verde e o Arqueiro Negro lutando de novo e nem acho que era momento para a série trazer isso a tona. Essa trama já foi explorada, bem resolvida e agora que eles conseguiam suportar a existência um do outro, tudo irá pelo ralo novamente – porque é claro que Oliver vai aceitar e fazer qualquer coisa para salvar a irmã. Que os deuses nos protejam e que isso não vire uma enrolação sem fim (se durar só um episódio, tô de boa). Ah e observem que com esse “coma” de Thea, mais um personagem é colocado em perigo de morte (a gente não vai adivinhar NUNCA quem tá no caixão, já me conformei).

Lá nos flashbacks, a coisa também foi meio estranha. Oliver deu umas alucinada legal, viu a Shado (que já tava morta e enterrada há muito tempo) e encontrou uma maneira de se livrar da sua escuridão – um tema bastante recorrente nesse quarto ano e que sempre circundará o personagem. Isso acabou fazendo com que ele confessasse o assassinato de Vlad para Tiana, personagem com a qual eu não poderia me importar menos. Depois que descobrimos a conexão de Andy com a ilha, temos que entender agora como tudo isso mais o lado místico que exploramos no episódio de Constantine, se liga com a derrocada de Damien, já que parece ser esse o ponto todo para explorarmos tanto os tais dos mapas. Ainda assim, foi bem chata essa parte e eu quero só que isso faça sentido logo.

Outras observações importantes:

  • Esse é o super poder dele. O Arqueiro Culpado” – obrigado Roy pela melhor definição de Oliver Queen da vida!
  • Você pode até estar de vermelho, mas você não é o Flash” – Diggle para Roy no momento em que ele decide explodir a bomba com suas flechadas.
  • Gente, não foi animal ver Arsenal em cena mais uma vez? Ainda não superei.
  • Só foi falar no Curtis aqui que ele apareceu. Será que se eu continuar citando o Lanterna Verde, dão uma pontinha para ele em Arrow?

 


Semana que vem é quarta de cinzas, mas tem episódio novo de Arrow. Confira o vídeo promocional:

E claro, me conta o que você achou de “Unchained” aqui embaixo!


Leandro Lemella

Caiçara, viciado em cultura pop e uns papo bobo. No mundo das séries, vai do fútil ao complicado, passando por comédias com risada de fundo e dramas heroicos mal compreendidos.

Santos/SP

Série Favorita: Arrow

Não assiste de jeito nenhum: The Walking Dead

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