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Arrow – 4×14 Code of Silence

Por: em 19 de fevereiro de 2016

Arrow – 4×14 Code of Silence

Por: em

Se você está procurando um lugar com reclamações sobre a atual temporada de Arrow, esse lugar não é aqui.

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Quando a gente assiste uma série e faz review sobre ela, um dos primeiros requisitos para aceitarmos a missão é gostar de verdade do que está assistindo. E essa é uma coisa que a gente aprende com os anos de apaixonados por séries: não vale a pena perder seu tempo com séries que não te fazem feliz. Eu leio MUITA coisa por aí falando mal de Arrow, mas muita mesmo. Que a série virou só sobre Olicity, que nada sai do lugar, que os flashbacks não levam a lugar algum – essa última parte eu até endosso. Então o meu conselho é: largue o osso. Vai te fazer um bem danado, além de liberar um espaço na sua semana para ver uma outra série que te faça feliz (e não, não estou falando isso porque não quero ler reclamações nos comentários – sintam-se super a vontade para isso -, só acho que reclamar de algo que deveria ser um momentinho de distração não faz muito sentido). Dito isso, aos que seguem contentes assistindo a quarta temporada, dá a mão para o tio que o negócio tá puxado.

Tivemos um episódio que finalmente trouxe de volta a ameaça de Darkh para o centro do enredo, colocando a vida de William em perigo, como podíamos imaginar depois dos eventos de “Sins of the Father“. O pouco que conhecíamos de René já era o suficiente para pintar sua imagem de fria e calculista, assim como o marido, mas “Code of Silence” deu forma a uma mulher muito mais manipuladora, do que manipulada. Ao contrário do que pensávamos, o ganho de poder com a posse da prefeitura também faz parte do plano que Damien vem implantando – agora já na sua fase 4 (não que saibamos o que isso significa ao certo) -, levando a personagem ao embate direto com Oliver Queen, candidato mais popular até o momento. A adição do Time de Demolição fez do episódio muito mais tenso, principalmente pelas cenas de ação proporcionadas durante as duas perseguições do episódio – gosto bastante como os personagens vem sendo bem coreografados e entregando cenas cada vez melhores (tirando a do Malcolm na última semana, claro).

E como um dos personagens mais inteligentes e estrategistas que já vimos, até que está demorando para Darkh juntar dois mais dois e perceber que seu inimigo é um só, já que Oliver e Arqueiro são a mesma pessoa. Os momentos antes do debate são, para mim, os mais tensos. O caos que se instaurou naquele lugar com a ameaça iminente da explosão acabou por dar uma atmosfera de tensão que há algum tempo não víamos – só achei que tudo se resolveu “rápido” demais. Coroamos essa relação entre René e Oliver com a entrada dos dois no debate, onde nosso Arqueiro deixa bem claro que conhece o passado da sua oponente e seus planos nada “legais” para acabar com ele – o que também pode ter sido um indicativo claro para ela de quem Oliver é nas horas vagas.

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Fica claro compreender também a alusão ao título durante os 40 minutos de episódio. Depois de jogar dubiamente, Lance se viu na mira da COLMEIA e acabou escolhendo por se afastar de Donna (que esteve maravilhosa no episódio, tanto nos momentos dramáticos, como nos cômicos), repetindo aquela velha abordagem do “escolhi isso para te proteger”. E mesmo que achemos repetitivos, se pararmos para pensar por algums minutos, provavelmente cometeríamos os mesmos erros que os personagens. Enquanto a relação dos dois parece se acertar depois de uma dose de verdade, o relacionamento “quase-perfeito” entre Oliver e Felicity ganha contornos de um compromisso ainda maior, porém baseado na mentira mais forte que o nosso Arqueiro já escondeu: seu próprio filho. Gostei muito do roteiro ter abordado isso através de Thea, afinal ela é a única família de Oliver e poderia ver isso melhor do que ninguém.

Seja como for, falemos o que quisermos, já sabíamos que Oliver protegeria seu filho até o último segundo. Ninguém quer colocar alguém que ama no meio dessa confusão que eles vivem. O problema é que, ao cair no conhecimento de Malcolm, William já foi jogado em meio a esse vórtice de intrigas que se constrói toda semana e agora passará seus dias brincando com a filha estranha de Damien. Os planos dele para o garoto devem envolver de tortura lenta e sangrenta para uma morte nada misericordiosa na frente do próprio pai, sem dúvidas. Só que além da vida do garoto, o relacionamento Olicity é colocado em jogo. Particularmente, acho que a abordagem vai ser diferente do que estamos pensando. Por mais que ela fique chateada com a mentira, vejo Felicity compreendendo a situação muito mais do que batendo de frente com ela. Ela sabe o quão altruísta Oliver pode ser, ainda mais quando colocamos um filho na balança.

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Seja como for, William não está a salvo. No vídeo do próximo episódio (que vou disponibilizar para vocês no final desse texto), já podemos ver o Arqueiro completamente transtornado com a descoberta de que seu filho foi sequestrado e, inclusive, pedindo ajuda a uma conhecida (sim gente, Vixen está chegando e ela é MA-RA-VI-LHO-SA). Outro ponto bastante comentado do episódio foi o presente de casamento dado por Curtis. Levantamos essa possibilidade aqui nas reviews/comentários algumas semanas atrás e ela acabou se comprovando como verdadeira: as tecnologias Palmer serão mesmo o motivo de Felicity voltar a andar. Isso já era mais do que esperado. Quando começaram todas as discussões sobre a Oráculo, Wendy Miracle, produtora da série, acabou soltando que a cadeira de rodas não era uma situação permanente – até porque, nada é no mundo dos quadrinhos.

A situação se configura de uma forma que o que vemos é um embate muito mais político/estratégico entre Oliver e Damien, do que as porradas que estávamos esperando. Enquanto o Arqueiro não descobrir uma maneira de bater de frente com os poderes sobrenaturais de Darkh, acredito que a série caminhe na mesma pegada – o que deve ir mudando em breve, ao passo que nos aproximamos do final da temporada (só temos mais 9 episódios). Sinceramente, não me incomodo com isso. Acho que uma construção cuidadosa vale mais que pancadaria gratuita. Vimos Oliver bater de frente com Ra’s e acabou servindo de nada. Se os fins justificarem os meios, seguirei feliz. E isso acaba servindo também para os flashbacks, que eu já desisti de entender. Provavelmente falaremos um “Ahhhhhh” lá pelos últimos capítulos da temporada, então só venho mesmo expressar minha felicidade pela morte de Coklin – não aguentava esse cara que parecia ter uma batata na boca. O que Reiter quer da ilha? Por que a ARGUS mandou Oliver pra lá? O que está escrito nos mapas/pedras? Não faço a menor ideia.

Alguns outros pensamentos importantes:

– Lyla virou diretora da ARGUS conforme previmos por aqui. Vale lembrar que ela e Diggle estarão no próximo episódio de The Flash, ajudando Barry a enfrentar o King Shark;

– Por favor, mais cenas de perseguição com motos!

– “You’re terrific!” – sim Oliver, eu peguei a referência.

– O que dizer daquela cena onde Damien consegue estrangular o cara por vídeo-conferência? Deu medo.

Já viram Oliver Queen em 2046? Pois é, ontem Stephen Amell liberou algumas imagens inéditas da sua participação em Legends of Tomorrow. Tem cavanhaque sim!!!!

 


Dá uma olhada no vídeo promocional de “Taken” – tá muito bom:

E claro, agora o espaço é todo seu. Pode rir, chorar, falar o que quiser. Eu vou te ouvir.


Leandro Lemella

Caiçara, viciado em cultura pop e uns papo bobo. No mundo das séries, vai do fútil ao complicado, passando por comédias com risada de fundo e dramas heroicos mal compreendidos.

Santos/SP

Série Favorita: Arrow

Não assiste de jeito nenhum: The Walking Dead

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