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Arrow – 4×15 Taken

Por: em 25 de fevereiro de 2016

Arrow – 4×15 Taken

Por: em

Parece que o jogo virou, não é mesmo Damien?

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Taken” é um daqueles episódios para marcar a temporada. Fechando mais um arco desse ano (agora a série entra em hiato por mais um mês), a ação dessa semana se voltou para o sequestro de William e todas as implicações sobre a omissão de Oliver diante do fato de ter um filho. Aos que esperavam mais compreensão, assim como eu, demos com a cara na porta, pois tudo que vimos foi uma série de pessoas ressentidas com fatos que já nem faziam mais sentido, pelo menos em meu entendimento. Laurel, por exemplo, se mostrou magoada com a maneira que Oliver a tratou no passado – o único problema é que fazem anos, ela já descobriu que ele traia ela com a própria irmã e agora fica chocada com isso? Me pareceu um pouco forçado demais. Se considerarmos os fatos do final do episódio, espero que essa não seja uma maneira tola de reviver um ship que nunca existiu, porque seria demais até para mim.

Felicity me surpreendeu completamente. Defendi sua postura na última review, mas ela acabou indo em uma direção bem diferente do esperado. Apesar de ter colocado seu ressentimento de lado durante toda a missão do resgate de William, quando tudo acabou, as cartas foram completamente expostas. Oliver é a única pessoa no mundo que acha complicado falar a verdade e isso deve ser realmente cansativo, principalmente quando se esta em um relacionamento. É como a própria personagem aponta: o problema não é ele ter um filho, mas sim não ter confiado nela o suficiente para compartilhar essa informação. E mesmo com o ultimato de Samantha, ele poderia ter contornado a situação – afinal, tantas outras pessoas sabiam, porque não a pessoa com quem ele quer compartilhar a vida? Ao terminar com Oliver, Felicity tenta, mais uma vez, colocar um ponto final na série de mentiras que os cerca, mas isso parece ser um ciclo vicioso. Tentando salvar a vida dos seus, o Arqueiro parece estar preso nesse espiral de intrigas, onde esconder a verdade é sempre o caminho que ele acha mais seguro – afinal, falar a verdade é se expor e Oliver tem sérios problemas com isso. Ao sair andando, Felicity deixa para trás não o seu sentimento, mas tudo de ruim que vem com ele, numa clara alusão ao abandono do noivado.

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Só que a cena também levantou uma série de questões, já que muitos fãs ficaram “insatisfeitos” com a aparentemente rápida melhora. Eu imagino o seguinte: o começo do episódio pontua o processo de cura da personagem. Ali vemos que ela vem sendo guiada dentro de um tratamento onde não se foca em resultados, mas sim na cura interna. Além disso, estamos num universo onde o impossível acontece a cada segundo. Então, não tem nem o que falar – o roteiro acreditou que entenderíamos que aquilo foi um processo e não “de uma hora para outra”. Talvez soe forçado para alguns, já eu achei que só de colocar o negócio na espinha, ela já estaria andando essa semana. Daquilo, o que importa é o capítulo que fica da história do casal, que deve sofrer alguns problemas no próximo episódio (já tô sofrendo porque descobri que a Cupido vai aparecer e eu não gosto daquela menina e também pela reclamação Olicity que vai rolar). Dando sequência aos acontecimentos, precisamos falar de William. Eu esperava mais desse garotinho, que aparentou pouquíssima empatia em tela. O que poderiam ser cenas memoráveis, ficaram extremamente rasas pela falta de capacidade do garoto.

Dito isso, acho bacana destacarmos toda a sequência do seu resgate, desde Oliver largando a candidatura a prefeito (coitado do Alex, ficou sem emprego e sem saber o motivo disso), a participação de Vixen (maravilhosa, falaremos mais a seguir) até a possível derrocada de Damien. Muita gente não gosta, mas eu adoro quando enfiam essas mágica mística no meio das explicação. Ao conhecermos Mari McCabe (para quem não entendeu nada, porque a série foi bastante despreocupada nesse ponto, Mari é uma personagem que nasceu em uma série animada preparada para a CW Seed – lá vimos Oliver e Barry ajudando Mari a entender seus poderes e descobrir um pouco mais sobre seu passado, o que acabou se tornando seu legado – o poder da garota esta diretamente ligado ao colar que usa, que faz com que ela adquira características de qualquer animal em batalha), soubemos a ligação do sobrenatural com alguns personagens, tudo isso ligado a algum artefato específico. E foi esse o plano: tirar de Damien essa vantagem, para assim poder derrubá-lo. Toda a sequência da invasão da casa, terminando com Arqueiro dando umas porradas em Darkh foram bem bacanas. Eu esperava medidas mais desesperadas, tipo matar o cara ali mesmo? Claro que sim. Mas além de ser o vilão da temporada, era difícil de acreditar que Oliver teria peito para tal ato em frente ao seu filho.

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Apesar do destino incerto de Damien, não acreditem nem um segundo que isso foi um ponto final. Agora, mais do que nunca, ele estará obstinado a fazer da vida de todos um inferno e, quando ele quer isso, ele consegue. Sobre a decisão de Oliver em mandar seu filho para longe, acho que foi um acerto. Além de viver sobre constante ameaça, o nosso Arqueiro não parece pronto para assumir aquele que seria o trabalho mais difícil da vida de um homem. A cena em que grava o vídeo para o filho assistir no futuro é bem tocante, uma atuação bem surpreendente vinda de Amell – gostei muito da maneira que a cena é conduzida e se mistura num voiceover com imagens dos relacionamentos paternais abordados na série.

Lá nos flashbacks, o caminho ainda é obscuro. Reiter realmente não se importa com ninguém e está ali por motivações próprias, que ainda penamos em descobrir. A aparição do fantasma/demônio falando uma língua estranha, ressalta a misticidade da ilha e como tudo isso pode estar ligado diretamente ao que vai acabar com Damien de uma vez por todas. Ao ter a senha de acesso para o caminho secreto (aquelas tatuagem louca brilhante) – dada por Constantine, se não me engano -, Oliver é o escolhido para liderar uma missão rumo ao desconhecido e inimaginável. Por favor, só faça sentido. É a única coisa que estamos pedindo.

Algumas flechadas necessárias:

  • Taken é o título do filme de Liam Nelson, no qual ele acaba em uma trilha de vinganças em busca do filho sequestrado. Liam Nelson que, em Batman Returns, dá vida a ninguém menos que Ra’s Al Ghul.
  • Alguém sabia que o Curtis tinha sido um atleta olímpico? Fiquei de cara.
  • Será que veremos alguma citação ao vídeo gravado por Oliver para o seu filho no futuro de Star City que aparecerá em Legends of Tomorrow?
  • Não sei se vocês notaram, mas as falas de Felicity ao descobrir a mentira de Oliver foram exatamente as mesmas que ela disse lá atrás, na linha temporal que Barry mudou ao voltar no tempo. Deja Vu?
  • John Constantine? He’s in Hell. Really, what’s going on with him? No, he is literally in Hell.”  – Não tá fácil pra ninguém, muito menos para Constantine.
  • We had a animated encounter last year” – tem como não amar essas referências ao desenho da Vixen?
  • Don’t you dare tell Barry about this” – Mari sobre cheirar a action-figure de Barry.
  • Nos quadrinhos, Oliver Queen tem mais de um filho bastardo pelo mundo. Será que podemos esperar por mais crianças aparecendo na série também?
  • Ainda bem que William começou a brincar com o boneco do Arqueiro, tava ficando chato já.
  • Não comentei na review, mas adorei o basta que Thea deu em Malcolm, mesmo sabendo que isso não deve durar nem dois episódios.

Confira o vídeo promocional de “Broken Hearts” que marca a participação de Cupido:

E enquanto eu me preparo para o meu mês de férias, deixa seu comentário! O que achou desse episódio? Gostou da participação de Vixen? Quais os próximos passos de Damien? Monte sua teoria, o espaço é para isso!


Leandro Lemella

Caiçara, viciado em cultura pop e uns papo bobo. No mundo das séries, vai do fútil ao complicado, passando por comédias com risada de fundo e dramas heroicos mal compreendidos.

Santos/SP

Série Favorita: Arrow

Não assiste de jeito nenhum: The Walking Dead

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