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Arrow – 4×21 Monument Point

Por: em 13 de maio de 2016

Arrow – 4×21 Monument Point

Por: em

A regeneração do planeta começou.

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Com planos muito mais que megalomaníacos, “Monument Point” confirma algumas teorias do seu antecessor e pontua muito do que serão os dois episódios finais dessa temporada. Tudo que Damien quer é regenerar o mundo, proporcionar um recomeço para a humanidade que parece perdida nas suas próprias perversões. Seus propósitos que parecem deturpados. Quando nos deparamos com alguma atrocidade, seja ela advinda de causas naturais ou acidentais, acabamos por pensar se o homem já não se corrompeu o suficiente, se talvez não tenhamos mais salvação (quando eu leio alguns comentários sobre a situação política atual, por exemplo, tenho exatamente essa sensação). Só que qual o motivo de Darhk para tudo isso? Querer uma população “limpa” para governar ao seu bel prazer? Proporcionar um gado para sua detestável mulher Ruvé? Seja qual for esse motivo, ele está longe de ser pelo bem do próximo, o que faz disso, por si só, uma tragédia.

Não é muito complicado entender como toda essa trama pode ter um desfecho, já que vimos a única maneira que Oliver terá de enfrentar a escuridão do seu rival. O que me intriga agora são as implicações que veremos repercutindo nos personagens afetados pelas loucuras de Damien. Thea, por exemplo, é nossa maior preocupação agora. Não por morte, porque o roteiro teria que ser extremamente corajoso em matar mais um personagem grande nessa temporada, mas pela maneira que pode se transformar na convivência forçada com o exército de Darhk. Seu reencontro com Anarquia foi bastante intenso e já vimos que a garota está bastante ligada a Alex, cuja mente foi controlada completamente pela lavagem cerebral do vilão. E quando Thea se envolve com alguém, quase 100% de certeza que as consequências serão catastróficas. A personagem é reativa, passional. Dificilmente vai conseguir ver o namorado sofrendo sem fazer nada. Adicionemos aqui a presença de Malcolm, que nunca será boa influência para ninguém – por sinal, porque não desconfiei que ele estava envolvido na escolha da filha como uma das sobreviventes do Gênesis? Me pareceu tão óbvio quando ele apareceu, mas, na semana passada, eu nem cogitei. O vídeo promocional do próximo episódio nos dá a entender que a lavagem cerebral não vai parar em Alex, então tirem suas próprias conclusões e se preparem para o sofrimento.

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Uma coisa que esse episódio trouxe muito foi a sensação de primeira temporada. Com a ausência de Thea e a morte de Laurel, a equipe foi reduzida a Oliver, Diggle e Felicity, incitando uma nostalgia dos tempos em que o Arqueiro era um vigilante muito mal visto pela polícia. As cenas de perseguição, inclusive, retomaram muito dessa atmosfera, com Oliver lutando sozinho e deixando um monte de caras desacordados como trilha para seus objetivos. A ideia de trazer Noah de volta é boa, porém um tanto mal executada e com várias pegadas clichê. Gosto de vê-lo novamente por achar que sua primeira aparição foi breve demais e queria um pouco mais da sua relação com Felicity, o que acabou acontecendo.

O estranho foi vê-lo não oferecer qualquer tipo de resistência a ajudar a filha em um plano que o colocaria na frente da linha de tiro de Darhk – tá que ele já estava nela de qualquer maneira, mas enfim. Toda a sua imagem de crápula foi desconstruída pelo medo, talvez de maneira rápida demais. Não vou reclamar tanto porque acabou sendo importante para que a equipe salvasse algumas pessoas e até para ajudar Felicity a entender alguns dos problemas com que lidava, mas um pouquinho mais de cuidado seria bacana – meu choque mesmo foi perceber que Noah é o Dr. Abbot (para quem não sabe, está rolando uma maratona de Everwood comigo e Alexandre, sendo que o ator é um dos personagens principais!).

Outro destaque interessante do episódio foi a interação entre Donna e Lance, cada vez mais firme e estabelecida na série. Achei que seria criado todo um conflito em cima da necessidade que o xerife tem de vestir a farda, mas ele foi muito mais razoável do que eu esperaria, uma clara consequência dos impactos que a morte de Laurel surtiu em sua vida. Não assumir que sabia da identidade secreta da Canário seria mentir para a memória daquela que foi sempre seu porto seguro. Como Donna apontou, não existem mentiras pequenas ou grandes. Existem mentiras e ela não entraria em mais um relacionamento baseado nelas.

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Como nem tudo são flores, fomos jogados de volta no espiral de flashbacks que pouco mostram para que servem. EU tava repassando tudo que aconteceu na ilha essa temporada e me lembrei de algo importante: Oliver foi jogado lá por Amanda Waller, a mando da ARGUS e com uma missão definida, porém nunca esclarecida. Espero que o roteiro não esqueça disso e simplesmente dê um desfecho pueril para 20 e poucos episódios revisitando memórias até então pouco úteis. Tá, vimos o primeiro contato de Tiana com seja lá o que mora dentro do totem, mas foi basicamente isso e alguns ataques de fúria de Rieter. Queria lembrar que vocês tem dois episódios para encerrar essas história viu Andrew?

E é isso galera. Segura a emoção que a temporada está acabando. A temperatura deve subir demais no próximo episódio com a invasão de Oliver a Tevat Noah e as descobertas que faz, como o vídeo promocional já evidencia (confira o vídeo mais abaixo!).

Algumas flechadas necessárias:

  • Felicity sendo tirada a força da Palmer Tecnology? #NãoVaiTerGolpe
  • Esqueceram do menino Curtis, né? Ele nunca mais apareceu!
  • Chuva de referências as cidades importantes no universo televisivo DC: Markovia, Monument Point, Corto Maltese, Havencroft (cidade destruída);
  • Não sei o que esperar dos próximos episódios e isso me anima demais!

 


Dá um confere no vídeo promocional de “Lost in the Flood“:

E agora, usem e abusem do espaço nos comentários! O que vocês acham que vai acontecer? Quais os próximos passos de Oliver e Damien? Até semana que vem!

 


Leandro Lemella

Caiçara, viciado em cultura pop e uns papo bobo. No mundo das séries, vai do fútil ao complicado, passando por comédias com risada de fundo e dramas heroicos mal compreendidos.

Santos/SP

Série Favorita: Arrow

Não assiste de jeito nenhum: The Walking Dead

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