Na onda dos já tradicionais especiais de fim de ano do Apaixonados por Séries, agrupamos algumas participações especiais que ficaram gravadas em nossas memórias.
Naturalmente nos apegamos aos personagens do elenco fixo de nossas séries favoritas. Suas presenças constantes nos fazem conhecer melhor seu passado e por consequência se criam laços de identificação e carinho entre os fãs. Apesar desse maior contato com os personagens do elenco regular das séries, as vezes nos deparamos com atores que passam meteoricamente e que nos cativam tanto quanto um protagonista.
Nesse especial, selecionamos atores que em 2011 apareceram em, no máximo, 3 episódios de determinada série; e que apesar de tão pouco tempo na telinha, conseguiram nos fazer torcer por sua volta. Ou por terem atuado em um papel incrível na série em questão, ou por nos remeter a algum personagem anterior de sua carreira, em algum filme ou série.
Colocamos as participações em ordem alfabética pelo nome das séries, por isso não se trata de um ranking. Todos os citados fizeram sua parte e marcaram nossas memórias com suas participações, por mais breves que tenham sido. Agora vamos a elas:
Steven Bauer – Don Eladio em Breaking Bad (por Bruna Antunes)
Com uma longa lista de filmes e seriados em seu curriculo, Steven Bauer é aquele tipo de ator que deixa os espectadores na dúvida, com a sensação de conhece-lo de algum lugar mas não saber ao certo de onde. Interpretando Don Eladio em Breaking Bad não foi diferente. Um sádico e poderoso mafioso mexicano, envolvido com tráfico e produção de drogas, Don Eladio era o maior desafeto de Gustavo Fring. É claro que o seu fim foi milimetricamente calculado pelo vilão mais controlador dos seriados atuais. E Já que seu personagem não é mais vivo, a única forma de Bauer voltar a Breaking Bad é através de flashbacks. Eu torço para que hajam vários na próxima temporada!
Carrie-Anne Moss – Gertrude Verbansky em Chuck (por Andrezza)
A vantagem de uma temporada final anunciada antecipadamente é dar aos roteiristas e produtores tempo para produzir episódios que deixarão ainda mais saudades nos fãs. A quinta temporada de Chuck veio como um presente recheado de ótimas participações especiais e a melhor de todas é Carrie-Anne Moss no papel de Gertrude Verbansky, dona da Verbansky Industries, com a reputação de ser “a melhor equipe de espionagem do mundo”. A atriz, famosa pela bem sucedida carreira no cinema (Matrix), interpretando uma mulher que mistura Miranda Priestly (O Diabo veste Prada) e Lara Croft (Tomb Raider), com um senso de humor perverso, deu show em todas as suas cenas. Logo depois de sua primeira aparição, soubemos que era interesse amoroso de Casey. A química entre os dois era deliciosa de acompanhar e graças a Gertrude o plano para tirar Casey da prisão deu certo. Pena que isso tenha colocado a espiã de aluguel na lista dos mais procurados da CIA pela morte do Decker e não sabemos se ela voltará até o final da série. Seria uma ótima adição pro Team Bastowsky, as cenas de lutas ao lado da Sarah mostraram que as duas ficam muito bem juntas.
Michael J. Fox – em Curb Your Enthusiasm (por João Miguel)
A oitava temporada da sempre excelente Curb Your Enthusiasm teve participações ilustres, como já é de praxe. De Ricky Gervais a Maggie Wheeler, Larry David esteve muito bem acompanhado durante toda a temporada, mas foi a presença de Michael J. Fox na season finale a que mais marcou este ano. Em “Larry David vs. Michael J. Fox“, assim como nas participações do ator em The Good Wife, sua condição foi incorporada ao roteiro. Brincando mais uma vez com o ego e os questionáveis pontos de vista de Larry, a série coloca J. Fox como um oponente do protagonista, em uma daquelas ridículas (e deliciosas) situações bola-de-neve que começam por um motivo bobo e atingem proporções épicas, presentes na maioria dos episódios. No melhor episódio da temporada, o humor sem limites do criador de Seinfeld fez piada com nazismo, Parkinson, crianças afeminadas, hospitais infantis e caridade, mas o destaque foi o próprio J. Fox, que demonstrou uma admirável capacidade de rir de si mesmo, além de reafirmar sua desenvoltura em comédia, que continua com a mesma qualidade da época de Spin City.
Robin Wright – Sandy em Enlightened (por Caio Mello)
Para mim ela sempre foi amor da vida de Forrest Gump, e não posso mentir: toda a relutância da personagem de Robin para ficar com o grande homem que era Forrest – apesar de explicações plausíveis para isso – me fizeram ter um pé atrás com Robin Wright. Então ela faz participação em Elightened – uma série que muita gente tem os dois pés atrás – e simplesmente arrasa. Quando a série já não é aquilo que você viu no piloto e mudou a forma da paz espiritual de Amy, a personagem de Robin vem para representar tudo aquilo os fãs não acreditam: ninguém pode ser feliz o tempo todo, e toda essa “ladainha” não funciona. Mas Sandy somente aparenta isso, pois em nenhum momento deixou de ser o que significava para Amy. Foi a mente obsessiva da personagem de Laura Dern que criou casos a partir de fatos não necessariamente conectados. A aparição de Sandy é essencial para a evolução de Amy, e a interpretação de Robin torna tudo melhor, com uma expressão feliz, ao mesmo tempo melancólica sobre o que pode ou não mudar.
Richard Griffiths – Julian Bullard em Episodes (por Caio Mello)
Logo no piloto dessa estranha série que vai ficando um pouco melhor com o tempo, Richard Griffiths, o Tio Valter dos filmes da saga Harry Potter, faz uma participação sensacional. Ele é o protagonista da série inglesa Lyman’s Boys, que precisa fazer um teste para a versão americana do seriado. Além de Richard arrebentar na pequena participação, ela vale como um soco no estômago de quem tenta adaptar seriados britânicos para a cultura americana. Julian manda muito bem com seu sotaque natural, mas quando lhe pedem que atue com sotaque americano, o personagem perde totalmente a graça, mostrando que existem elementos que não devem ser alterados. Como não funcionou, os produtores contratam o ator Matt LeBlanc para estrelar Lyman’s Boys americana.
John Lithgow – Jerry Whittaker em How I Met Your Mother (por Luana Lied Zapata)
How I Met Your Mother tinha tudo pra ter uma bela participação especial de Katie Holmes em 2011. Depois de esperar por seis anos que nos apresentassem à grande paixão anônima de Ted, o episódio em que isso finalmente aconteceu foi nada mais do que decepcionante. Ainda bem que, fora esta, a série nos trouxe algumas outras participações especiais dignas de nota neste ano. E o grande destaque vai para aquele que deu vida a outro personagem misterioso da série, o pai de Barney Stinson: John Lithgow. Interpretando Jerry Whittaker, o ator (conhecido pela quarta temporada de Dexter) pôde nos brindar com um personagem que foi muito melhor do que o esperado. Certamente não haveria melhor ator para interpretar um pai que, retornando à vida do filho, o fez crescer de maneira natural nos dois episódios em que participou (Legendaddy e Hopeless).
Justin Long – Paul Genzlinger em New Girl (por Andrezza)
Conhecido por personagens desastrados e de certa forma cômicos no cinema, Justin Long vai deixar saudades em New Girl. A participação do ator foi tão bem recebida que havia até torcida para que ele se tornasse regular na série. O meu movimento “Fica, Paul!” começou logo que o moço chega ao apartamento da Jess pra ceia de Thanksgiving e ajuda ela a cantar. A frase do Nick: “Meu Deus, existem dois deles…” serviu pros telespectadores também. Ao longo do episódio, percedemos que ele é o “par perfeito” pra namorar a Jess. Paul é gentil, educado, atencioso e amava a colega de trabalho. O único episódio que não gostei com ele foi Bad in Bed. Mas nem isso tirar o crédito de Justin, porque o ruim era mesmo o roteiro. Pena que Jess não sentia o mesmo amor por Paul e os dois romperam justo no dia de Natal. Tomara que Paul encontre uma garota que possa fazer ele feliz e que isso não seja empecilho para outras participações em New Girl.
David Hasselhof – Dondo em Sons of Anarchy (por Bruna Antunes)
Quem acompanha várias séries sempre se depara com essas situações engraçadas: quem imaginaria que David Hasselhof, astro de Baywatch nos anos 80, interpretaria em 2011 um diretor de filmes pornôs para lésbicas em Sons of Anarchy? Dondo, o personagem de Hasselhof, deixa claro que teve seus tempos aureos de ator pornô, e que era um grande fã do trabalho da falecida Luann, casada com Otto. Dondo colabora para que o clube faça justiça pela morte de Luann. Ele informa onde está o responsável pelo assassinato de sua musa e ídola. A atuação de Hasselhof teve um tom de comédia, acabou não trazendo memórias de seus tempos de Baywatch, mas eu não tenho dúvida de que os atores de Sons of Anarchy se divertiram muito com a presença dele no set de filmagem.
Frances Conroy – Sandi Gregson em United States of Tara (por Caio Mello)
A participação de Frances Conroy na 3ª e última temporada de United States of Tara foi sensacional não só pela atuação dessa excelente atriz, mas porque trouxe explicações para os comportamentos de certos personagens. A mãe de Max, sogra de Tara, tem disposofobia, um distúrbio que leva a pessoa acumular objetos ou até mesmo lixo em sua casa, transformando o local em uma verdadeira bagunça. Com todo esse histórico, ficou explicado como Max consegue aguentar os problemas de Tara e ajudá-la, ainda mais que seu pai abandonou a mãe pela doença mental da mesma, algo que ele não quer fazer com a esposa. Sandi está em paz com a doença, e não quer mudar, mas bate de frente com a nora, jogando na cara que todos os problemas que sua família irá enfrentar, são culpa da dona de casa e sua doença.
Mary Steenburgen – Catherine em Wilfred (por Luana Lied Zapata)
Quando pensamos numa série recheada de participações especiais como é Wilfred, definitivamente deveríamos ter mais dificuldade ao escolher a melhor do ano. Mas Mary Steenburgen conseguiu ser hors concours na primeira temporada da série interpretando Catherine, a mãe lunática de Ryan. Em Compassion muitas das nossas dúvidas a respeito do personagem de Elijah Wood foram sanadas quando pudemos conhecer sua mãe. A linda atriz conhecida pelo papel de Clara Clayton Brown (no terceiro filme da trilogia Back to the Future) chegou a Wilfred, exerceu o papel de mãe maluca do protagonista com excelência, conversou com sua gata Mittens exatamente como seu filho faz com o cachorro da vizinha e nos deixou com um gostinho de quero mais. Será que ela retorna na próxima temporada? Eu torço muito para que isso realmente aconteça.
Se você, leitor, lembrar de mais alguma participação especial que não foi citada, deixe nos comentários a sua homenagem, dizendo o nome do ator, do personagem e da série. Depois nos conte porque achou essa participação especial!
