Aquele em que dizemos adeus

Pra quem não sabe, o Apaixonados por Séries existe há quase dez anos. Eu e Camila…

O que esperar de 2018

Antes de mais nada, um feliz ano novo para você. Que 2018 tenha um roteiro muito…

As mães que queríamos que fossem nossas

Por: em 12 de maio de 2013

As mães que queríamos que fossem nossas

Por: em

É uma verdade universal: Mãe é eterna e insubstituível. É aquela que nos aconselha quando estamos tristes, que estará ao nosso lado independente da situação, que vira uma leoa para nos defender e que é capaz de fazer qualquer coisa pelos seus filhos e não importa aqui que eles sejam ou não de sangue. Amor de mãe é incondicional e independe de qualquer situação ou qualquer característica. Nós aqui do Apaixonados por Séries sabemos disso, mas, no dia de hoje, para homenagear as guerreiras do dia, decidimos escolher aquelas mães da ficção que, se tivéssemos escolha, iríamos querer que fossem nossas.

A lista está por ordem alfabética de colaborador:

 

Nora Walker

Criar um filho é difícil. Dois, é complicado. Imagina então criar cinco? Pois Nora não se abateu em nenhum segundo e deu a Kevin, Justin, Tommy, Sarah e Kitty todo o amor, carinho e educação necessária para que eles se tornassem os bons adultos que conhecemos em Brothers and Sisters. E, não satisfeita, Nora ainda acolhia todos os seus genros e noras como se fossem seus próprios filhos e também abriu seu coração para uma suposta filha bastarda de seu falecido marido. Como esquecer todo o carinho que ela deu a Rebecca, o casamento que organizou pra Kevin e Scotty, as inúmeras vezes em que brigava com Kitty só para depois fazer as pazes ou os muitos conselhos para Sarah e Tommy? Nora nunca deixou faltar nada a nenhum de seus filhos, lutou até o fim pela felicidade de cada um deles, mesmo que isso custasse a sua própria, e, por isso, se tornou meu principal referencial materno no mundo da ficção. Um dos momentos mais emocionantes da série é quando ela conversa com Kevin a respeito do acidente envolvendo Aaron que, por amor ao filho, Nora escondeu a vida toda.

 

Meredith Grey

Meredith não teve uma infância cercada de amor “tradicional”. O pai abandonou a família e a mãe escolheu se dedicar à vida profissional. Felizmente, tudo isso não danificou o seu instituto maternal. É linda a maneira como a personagem, no início um tanto fria e confusa, se tornou uma mãe exemplar. Mãe não é apenas aquela que deu à luz à uma criança com seu mesmo sangue, mas quem sabe transmitir amor e cuidados zelando por um presente e um futuro melhores pra ela. A adoção de Zola foi um dos plots mais escritos e aplaudidos de Shonda Rhimes.  Um dos momentos mais emocionantes, pra mim, foi quando Mer explicou ao Owen sobre a adoção: “Eu estava com medo.  Um dia, eu a segurei, e eu soube. Eu não sei como explicar de outra forma. Eu olhei para ela, e ela era minha filha. Eu apenas sabia.” E como não amar Mer e Derek brincando com a menina e tomando chá? A Dra. Grey também sabe ser prática, como quando pediu à Bailey o mapeamento genético da filha. Agora a família aumenta com o nascimento do segundo filho na próxima season finale. Não tenho dúvidas de que será tão cuidado e amado quanto Zola. Por demonstrar tanto amor, cuidado, dedicação, sem preconceito de cor, sangue e raça, Meredith é uma mãe admirável, de quem os filhos com certeza se orgulharão muito.

 

Charlotte King

Eu sei que a Charlotte a princípio não queria ser mãe, mas as coisas mudaram e descobrimos nela uma ótima mãe. Vendo a relação dela com o Mason, como ela o ajudou a superar a morte da própria mãe e a aceitar a nova família, não tive como não escolhê-la para este especial. Creio que em um mundo ideal, os seus pais acabam sendo o seu primeiro modelo para a vida e, para uma mulher, não consigo pensar em um modelo melhor do que uma outra mulher forte, independente, justa, que respeita o espaço alheio e nõ subestima a inteligência dos filhos. Foi lindo como a Char explicou ao Mason medicamente o que estava acontecendo com a Erica, sem enrolá-lo com histórias que podem mais traumatizar uma criança do que ajudá-la. Uma coisa horrível que fazemos é dizer à criança que a pessoa “foi viajar” quando ela morreu e, então, a criaturinha passa a ficar com medo das pessoas irem viajar e nunca mais voltarem. A Char também sabe que filhos precisam de limites e não tem medo de ser o “bad cop” e educar corretamente quando é necessário, mesmo estando no hospital irritada com a demora no nascimento das trigêmeas. E, não vimos isso acontecendo na série, mas tenho certeza que ela vai explicar tudo o que os filhos precisam saber sobre sexualidade de forma racional e sem firulas ou culpa, ajudando os quatro filhos a terem vidas sexuais bem satisfatórias, como deveria ser sempre.

 

 Angela rizzoli

Muitas vezes Angela Rizzoli nos deixa envergonhados tamanho a sua intromissão na vida da filha Jane, detetive de Boston. Mas a verdade é que Angela é uma tradicional mãe italiana, que se intromete sim, está sempre presente na vida dos filhos, mesmo que isso signifique deixá-los desconfortáveis em certas situações. E estas situações acontecem muitas vezes em Rizzoli & Isles, sempre que vemos Angela aparecendo em cena sabemos o que vem por aí. Mas se no início da série isso nos dá um pouco de vergonha alheia (ela chega a arrumar um encontro escondido para a filha), com um pouco de tempo aprendemos a gostar e nos divertir com as situações que ela cria. Ela ama os filhos e os criou para serem verdadeiros e com bom coração. Ela está sempre presente na vida dos filhos, bisbilhota até mesmo o trabalho deles e em alguns casos consegue ajudar na solução de crimes. Angela passa do limite muitas vezes, mas só porque ama demais os filhos e quer cuidar deles, mesmo que já estejam bem crescidos. Quem não quer uma mãe que seja amiga, que se preocupa com tudo da sua vida, que seja amiga dos seus melhores amigos, que enfrenta situações adversas para tirá-los de enrascada, e que mesmo que façam coisas erradas não o deixam de lado? Angela faz tudo de bom para qualquer um, esse é o amor incondicional das mães.

 

rory e lorelai

Lorelai é um tipo especial de mãe: leoa desde o momento em que ficou sabendo que estava grávida de Rory, ela em momento algum cogitou ficar na casa dos seus pais, porque a única certeza que tinha em relação à sua filha é de que a sua criação seria muito diferente do que a que ela própria tinha tido. E assim foi. Lorelai abriu mão de tudo pra dar a Rory aquilo que ela nunca tinha tido em casa: um lar cheio de amor e sonhos. Abriu mão do dinheiro da sua família, da estabilidade, de tudo que naquele momento só os Gilmore poderiam lhe dar, e teve a coragem de encarar o mundo sozinha, mesmo sendo (ela mesma) ainda uma criança. Ela se mudou para Stars Hollow, começou a trabalhar na pousada e, com o passar dos anos, construiu para Rory um mundo muito mais feliz do que ela jamais poderia ter tido em Hartford. E se Rory se tornou aquela menina adorável, tão inteligente e amiga de todos, a culpa é só da sua mãe e melhor amiga: Lorelai.

parenthood-dance-monica-potter-max-burkholder

Pode ser que seja uma escolha um pouco óbvia, mas Kristina me fez ver como ser mãe pode ser o trabalho mais difícil, porém também o mais prazeroso do mundo. Sua dedicação com os filhos – principalmente Max -, a batalha que ela compra por eles, seus conselhos e suas vitórias comemoradas, fazem dela uma mulher admirável e que representa MUITAS mulheres que estão ai pelo mundo, na luta do dia a dia, fazendo uma rotina dupla entre trabalho e lar, e que, mesmo assim, conseguem se dedicar ao máximo para que tudo esteja funcionando em perfeita harmonia. Eu acredito de verdade que no mundo de hoje muitos valores foram se perdendo e diante do que vemos nos noticiários, às vezes é difícil até acreditar que ainda existe amor fraternal, por isso que esse exemplo tão forte de ligação entre mãe e filho emociona e faz você querer ser parte dessa coisa tão boa. Além de educar, Kristina é amiga de seus filhos, conversa com eles e se põe a disposição para ser mais um soldado em suas batalhas. Um baita exemplo, com certeza.

 

Norma Bates
Pode parecer estranho alguém escolher a mãe de um dos serial killers mais famosos da história do cinema para homenagear. Mas decidi escolher esse dia para ser a advogada de defesa de Norma. É fato que a mamãe Bates sufoca Norman com a sua superproteção e o desejo de controlar todos os aspectos de sua vida, desde as pessoas com as quais ele se relaciona até os hobbies que possui. Mas, se no início da série, eu acreditava que Norma era a verdadeira assassina psicopata da família, acabei descobrindo uma mulher forte que já sofreu todo tipo de abuso e mesmo assim faz tudo o que está ao seu alcance para proteger o filho e a relação que eles possuem. Concordo que ela peca pelo excesso, tornando a relação um tanto quanto doentia, mas é inegável o amor que ela tem por Norman. Até Dylan, que parecia inicialmente um filho rejeitado, vimos que não é bem assim e que a relação entre eles pode ser salva. Assim, acredito que Norma, depois de alguma sessões com uma psicóloga competente, teria tudo para ser uma mãe exemplar.

 

snow-emma-once-upon-a-time

Snow é uma personagem amada pela grande maioria dos fãs de Once Upon a Time. Ela por si só já é uma grande personagem, mas quando contracena com Emma, somos presenteados com ótimas cenas. A história dessa mãe e filha não é das mais comuns. Snow salvou sua filha Emma, quando ainda bebê, da maldição lançada por Regina, na esperança que ela pudesse, um dia, quebrar essa maldição. E foi justamente isso que aconteceu, mas nem tudo é tão simples. Emma cresceu longe da mãe e, para ela, ao menos no início, Snow era na verdade uma amiga. A série acertou muito bem em trabalhar essa relação, muito por causa de Snow, que se mostrou desde sempre uma mãe imensamente carinhosa e protetora, provando que o true love realmente verdadeiro é aquele que uma mãe sente pelo seu filho(a).

__
 

Um feliz dias das mães a todas que são e que ainda irão ser! 🙂


Alexandre Cavalcante

Jornalista, nerd, viciado em um bom drama teen, de fantasia, ficção científica ou de super-herói. Assiste séries desde que começou a falar e morria de medo da música de Arquivo X nos tempos da Record. Não dispensa também um bom livro, um bom filme ou uma boa HQ.

Petrolina / PE

Série Favorita: One Tree Hill

Não assiste de jeito nenhum: The Big Bang Theory

×