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Pra quem não sabe, o Apaixonados por Séries existe há quase dez anos. Eu e Camila…

O que esperar de 2018

Antes de mais nada, um feliz ano novo para você. Que 2018 tenha um roteiro muito…

As Melhores Primeiras Temporadas das Séries (1 Ano de Blog!)

Por: em 8 de junho de 2010

As Melhores Primeiras Temporadas das Séries (1 Ano de Blog!)

Por: em

Há mais de um ano, duas apaixonadas por séries se cruzaram e em pouco tempo nascia o Apaixonados por Séries. Foram dois meses de preparação de layout (quem se lembra de quando ainda éramos blogspot?) e produção de textos para que, no dia de lançamento do blog, os leitores pudessem já conhecer a nossa proposta de conteúdo. Então, no dia 8 de junho de 2009, entramos oficialmente na blogosfera, dando boas vindas aos nossos leitores.

De lá pra cá, muita gente boa se juntou a nós, e nesse primeiro ano de sucesso, fazemos questão de agradecer a essas pessoas, sem as quais não seria possível chegar até aqui. Assim continuamos, na tentativa de desafiar o ócio criativo e produzir conteúdo novo e de qualidade diariamente. Esperamos que você, leitor, nos acompanhe sempre nessa jornada que está apenas começando.

E pra comemorar, preparamos um post especial com todas as melhores primeiras temporadas das séries, na nossa opinião, claro. Concorda? Discorda? Como sempre, os comentários estão abertos a manifestações.

  • ER (1994)


Em 1994 entrava no ar uma série que ditaria as regras para todas as outras séries médicas que se seguiriam. O primeiro episódio de ER, 24 Hours, acompanhava o primeiro dia de residência de John Carter. Tudo era novo, para ele e para nós, que pela primeira vez acompanhávamos a rotina de um pronto-socorro da forma mais crua que se possa imaginar no horário nobre.

A identificação do público com a série e seus personagens foi imediata. Do seu primeiro ao quarto ano, ER manteve uma média de 30 milhões de telespectadores. Claro, os tempos eram outros, George Clooney por exemplo ainda era um reles desconhecido. Mas isso não tardaria a mudar, e embora só George tenha sido contemplado com o estrelato máximo, os protagonistas originais da série nunca deixaram a memória afetiva dos fãs.

Quem se esquece de um Carter residente ainda tão desajeitado? De Benton nos sendo apresentado como o mais perfeito carrasco? Do temperamento intempestivo de Doug, sempre magoando Carol? De Susan e Mark, o primeiro par romântico da série? Do nascimento da sobrinha de Susan, ao som de Blackbird? Ao longo de 15 temporadas, ER nunca teve personagens tão queridos como aqueles da saudosa 1ª temporada. Também, com episódios como Love’s Labor Lost, tinha como não se apaixonar pela série?

(por Cristal)

  • Friends (1994)


“I’ll be there for you
(When the rain starts to pour)
I’ll be there for you
(Like I’ve been there before)
I’ll be there for you
(‘Cause you’re there for me too)”

Desde 1994, ouvir esse versos é ter a certeza de 20 minutos de diversão garantida. Friends nasceu como uma comédia leve, de história despretensiosa: o dia-a-dia de seis amigos em New York. Quem poderia imaginar que uma série com uma premissa dessas faria o sucesso retumbante que fez? Mas quem pensa que Friends já começou no topo se engana, somente na segunda temporada a série começou a angariar números cada vez maiores de audiência.

Já no primeiro episódio, era difícil não simpatizar com aquele grupo tão distinto. Uma noiva patricinha em fuga, um galinha com alguns neurônios a menos, uma cantora-massagista (ou massagista-cantora?) com muitos parafusos a menos, um palhaço que não dava sorte com as mulheres, um cdf apaixonado e sua irmã obcecada por limpeza e organização. Estereótipos que foram se desenvolvendo ao longo dos anos e se transformando nos personagens que amamos.

Alternando a comédia com momentos de docura extrema, Friends, naquele primeiro ano, galgou os primeiros passos para se transformar em uma das maiores (quiçá a maior) comédias da televisão norte-americana.

(por Cristal)

  • Gilmore Girls (2000)


Gilmore Girls é outra série que tem uma temporada inicial bem redondinha e muito cativante. Quem vê o episódio piloto logo se encanta com Lorelai e Rory Gilmore, o duo de mãe e filha mais adorado e invejado da televisão. É impossível não ficar curioso para acompanhar a vida delas e dos personagens peculiares da pequena cidade de Stars Hollow.

Na primeira temporada, vemos Lorelai retomar a relação frágil que mantém com seus pais através da sua filha e melhor amiga, Rory. Aprendemos a amar os habitantes bizarros da cidade, como Kirtk e Miss Patty e a odiar os riquinhos de Chilton, como Paris e Tristan. E quem não lembra das duas festas de aniversário de Rory, do primeiro dia das duas Lorelais em Chilton, do primeiro beijo de Rory e Dean e do emocionante season finale em que Lorelai aceita o pedido de casamento de Max?

Os diálogos rápidos e cheios de referências culturais e políticas é a característica mais marcante da série. Mesmo não sendo um grande sucesso de público, já que foi exibida na WB, uma rede de tv relativamente pequena, Gilmore Girls ganhou a crítica e conquistou uma base de fãs sólida logo na sua primeira temporada, marcada pela simplicidade das relações entre os personagens. Além de tudo, a série tem uma das minhas aberturas favoritas.

(por Bruna)

  • Survivor (2000)


“Que negócio é esse que eu tô assistindo? Um documentário? Uma competição? Uma série? Tudo junto? (…) Sei lá, só sei que eu tô gostando!” Foi assim em 2000, quando ninguém sabia direito o que era um reality show (pelo menos não do jeito que a gente conhece hoje), mas que, mesmo assim, todo mundo passou a assistir. Survivor não foi exatamente o primeiro programa do estilo, mas, sem sombra de dúvidas, sua primeira temporada foi a que tornou o gênero popular e tratou de ensinar pro mundo inteiro como é que se faz.

Pra falar a verdade, nem mesmo a produção sabia muito bem como se fazia. Vendo as temporadas atuais do reality dá pra notar facilmente como algumas coisas ali no começo são meio esquisitas. O incrível é como isso passou longe de ser um obstáculo pra que cada episódio fosse surpreendentemente excelente. A começar pelo cast, que a produção acertou em cheio de primeira: Richard, Sue, Kelly, Colleen, Jenna, Greg, Rudy, Gervase… Pessoas completamente opostas que, juntas, funcionavam perfeitamente pra disputa de 1 milhão de dólares no meio de uma praia deserta.

De lá pra cá muita coisa mudou. O clima do jogo mudou. Pra melhor ou pra pior? Não sei. O lado estratégico que domina as temporadas recentes é MUITO empolgante, mas o ambiente de sobrevivência e de não saber direito o que estava acontecendo deixa um pouco de saudades do que era o reality lá em Borneo. De qualquer jeito, momentos como a primeira prova da comida, o Richard andando pelado, o discurso HISTÓRICO da Sue no Final Tribal Council (com mais de 50 milhões de pessoas assistindo!)… Tudo isso já está marcado na história da televisão — não só pelo paradigma que Survivor criou com os reality shows, como pela própria qualidade de seus episódios.

(por Guilherme)

  • 24 Horas (2001)


Desde a sua estreia, 24 Horas revolucionou a TV. Mesmo que fosse uma história ruim, com atores medianos e uma direção mediana, ela seria revolucionária pelo seu formato. Mas, felizmente, não é o caso e 24 horas teve excelentes diretores, roteiristas e atores ao longo das suas oito temporadas. Sua estreia aconteceu poucos meses depois do atentado às Torres Gêmeas no 11 de Setembro, o que facilitou a idolatria dos americanos a série, patriótica ao extremo.

O formato ainda é único na TV, acompanhando em tempo real o anti-herói Jack Bauer. A primeira temporada foi uma das poucas vezes que vimos Jack rindo e feliz, em paz com sua família. Do primeiro episódio para cá, tudo aconteceu com ele, e a primeira temporada nos marcou por nela termos conhecido tudo que Jack consegue fazer, tudo que ele é capaz para obter os fins certos. Cenas de tortura chocante, capacidade de raciocínio que só muito treinamento é capaz, e acima de tudo, lealdade a um ideal.

Com ação, drama, traição e suspense, 24 horas era uma sucessão de excelentes cliffhangers, onde você nunca sabia o que esperar do próximo minuto. Com o tempo, a fórmula passou a se repetir nas outras temporadas, mas na primeira a surpresa era total. Vimos sua família em perigo, vimos o candidato a presidência em perigo… E ainda um candidato negro, um precursor de Obama. A política e ação andaram juntas durante a série, mas foi aqui, na primeira temporada que soubemos como tudo isso podia ser bom, e ainda hoje é o melhor ano da série.

(por Camila)

  • Lost (2004)


No dia 22 de Setembro de 2004 estreava o que viria a ser o maior fenômeno televisivo: Lost. Um acidente de avião em uma ilha deixa vários passageiros vivos que precisam buscar por socorro e lutar pela sua sobrevivência. Só isso? Não, algo balança as árvores da floresta fazendo um barulho mecânico e mata o piloto de uma forma violenta; um urso polar é morto em plena ilha tropical e uma gravação de socorro de uma francesa está sendo repetida durante 16 anos. E tudo isso deu certo, tendo o piloto 18 milhões de telespectadores.

A primeira temporada de Lost é a melhor da série. É onde conhecemos nossos sobreviventes e exploramos seus passados pelos flashbacks. Pela forma que os roteiros foram escritos e pela atuação dos atores, começamos a nos apegar pelos personagens, por Jack, por Kate, por Sawyer…vivemos suas tristezas e felicidades. É também na 1ª temporada que a série apresenta seu maior tema, o bem versus o mal, exemplificado pelas pedras branca e preta, além do destino versus livre arbítrio com Jack e Locke, estruturas que vão evoluindo até atingir sua potência máxima no fim da série. Aprendemos que todos correm perigo com a morte de Boone; descobrimos que a ilha já era habitada por pessoas misteriosas e que qualquer tentativa de sair será frustrada.

Ao longo de seus 24 episódios, a 1ª temporada de Lost mostrou com perfeição sobre o que a série se tratava e como ainda é possível fazer televisão que ninguém fez. É impossível lembrar da série sem imaginar os sobreviventes vivendo suas vidas e fazendo amizades e romances na ilha; andando pela floresta; sentados na praia admirando o mar. O nascimento de Aaron; a construção da balsa; a luz na escotilha; o sequestro da Claire; Rousseau e muitos outros são momentos que nunca esqueceremos desse início de Lost, que sempre mostrou muito bem o principal objeto de estudo da série: o ser humano. Vale lembrar que por sua primeira temporada Lost levou o seu único Emmy de série dramática até então, (deixando os críticos espantados, pois é difícil a academia premiar uma série de ficção) e nomeou Terry O’Quinn (Locke) e Naveen Andrews (Sayid) em ator coadjuvante.

(por Caio)

  • Grey’s Anatomy (2005)


Quem lê o blog sabe que Grey’s Anatomy é minha série preferida e eu simplesmente AMO o episódio piloto, bem como a primeira temporada inteira. É uma delícia ver os momentos iniciais de Derek e Meredith, os primeiros olhares trocados e assistir o relacionamento deles progredir tão inevitavelmente, tão naturalmente. Adoro ver como Meredith e Cristina se deram bem desde o primeiro momento, trabalhando juntas no caso de Katie Bryce. E quem um dia imaginou que o interno que chamou a Meredith de enfermeira viria a ser um dos personagens mais queridos? Quem achou que amaria a Nazi? Quem acreditou que Izzie um dia seria hardcore?

Eu poderia fazer um livro com milhões de motivos pelos quais a primeira temporada é a minha favorita. A série me conquistou desde o primeiro minuto, com seus diálogos inteligentes, seus personagens extremamente humanos e as histórias emocionantes. Pra quem não sabe, a temporada deveria ter 14 episódios e esses cinco episódios que sobraram foram exibidos na segunda temporada. Teoricamente, o season finale era pra ter sido Bring The Pain, o famoso episódio onde George faz uma cirurgia emergencial no elevador e quando Meredith implora a Derek “pick me, choose me, love me”.

Grey’s Anatomy estreou em Março de 2005 inicialmente como uma série de midseason. O piloto foi visto por 16 milhões de espectadores e Grey’s logo se transformou em queridinha do público e da crítica. O final da primeira temporada, de apenas nove episódios, foi exibido em Maio de 2005 visto por 22 milhões de pessoas. A série logo voltaria ao ar no mesmo ano, já na fall season, ganhando temporada completa e se transformando em um dos shows mais assistidos do horário nobre americano.

(por Bruna)

  • Dexter (2006)


A virada do século, com o fenômeno de Família Soprano explodindo na HBO, causou na televisão americana uma série de transformações, onde produtores, diretores e roteiristas começaram a apostar sem medo em histórias pesadas, cruas e pouco convencionais. Resultado disso, a década de 00 ficou marcada pelo mergulho de diversas redes de TV a cabo no universo das séries, e Dexter na Showtime é um dos exemplos de maior impacto e qualidade que a gente pôde acompanhar nascendo.

A história do serial killer que trabalha pra polícia de dia e faz justiça com as próprias mãos à noite pode soar estranha no papel, mas a primeira temporada de Dexter foi muito além de sua premissa. A complexidade e os dilemas de seu protagonista, acompanhados do suspense gigantesco sobre o Ice Truck Killer, empolgavam de maneira exponencial a cada episódio. O clímax da temporada com a descoberta do assassino e o sequestro de Deb (outra personagem incrível) deixou mais do que provado que nosso desejo mórbido de ver um serial killer em ação era muito mais recompensador do que parecia.

Além disso, a primeira temporada de Dexter chegou no começo da febre do download de séries aqui no Brasil, e mostrou como podia existir material de muita qualidade fora do universo de Lost e 24 horas. Se hoje a gente se morde de ansiedade pra ver o que vai acontecer depois da season finale da 4ª temporada, com certeza é porque lá na 1ª a gente já foi instigado a nunca deixar a história de Dexter Morgan de fora da nossa watchlist. Pelo menos até que a morte nos separe.

(por Guilherme)

  • Pushing Daisies (2007)


Quando Pushing Daisies estreou em 2007 o público foi pego de surpresa por algo que não estavam tão acostumados. As outras séries de Bryan Fuller, Wonderfalls e Dead Like Me, já tratavam de temas parecidos e abusavam da fantasia, mas nada comparado a série do pie maker Ned. A magia de Pushing Daisies pegou rápido. Todos adoravam o uso abundante das cores fortes como vermelho, verde e amarelo a lá Amélie Poulain; a voz gostosa de se ouvir do narrador Jim Dale; a outra voz encantadora da pequena e extraordinária Olive Snook; o romance açucarado de Ned e Chuck e a forma de se contar a história, com tramas rápidas, inteligente uso de câmera e fantásticos cenários e figurinos.

Durante a primeira temporada, a série mostrou bem o relacionamento dos personagens e suas histórias, além de aproveitar atores como Chi McBride, Kristin Chenoweth, Ellen Greene e Swoosie Kurtz. Cada episódio mostrava um caso divertido e lá iam nossos queridos investigadores desvendar a forma da morte através do dom de Ned. Quem nunca quis entrar no The Pie Hole e comer uma das deliciosas tortas de Ned, ou então encher de carinho o cão Digby, que entendia a situação do dono? A cada episódios conhecíamos mais de suas vidas e outros ótimos personagens, nos cenários mais lindos de se imaginar. A séria ia se mantendo na casa dos 8/9 milhões de telespectadores e tudo corria bem até que…

Veio a greve dos roteiristas e encurtaram a temporada para apenas 9 episódios. Os roteiristas tiveram que apressar a história e reduzir outras já escritas. Adicionando a perda de interesse do público, Pushing Daisies terminou sua temporada com 6 milhões, e entrou em queda contínua em sua ano seguinte até o cancelamento. Porém, os fãs nunca irão esquecer do começo, da magia e da beleza mostradas na ótima 1ª temporada de Pushing Daisies. Lee Pace (Ned) e Kristin Chenoweth (Olive) foram nomeados ao Emmy, porém não levaram, mas a série ganhou o prêmio de melhor direção pelo episódio piloto.

(por Caio)


Cristal Bittencourt

Soteropolitana, blogueira, social media, advogada, apaixonada por séries, cinéfila, geek, nerd e feminista com muito orgulho. Fundadora do Apaixonados por Séries.

Salvador / BA

Série Favorita: Anos Incríveis

Não assiste de jeito nenhum: Procedurais

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