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Antes de mais nada, um feliz ano novo para você. Que 2018 tenha um roteiro muito…

As narrações de Grey’s Anatomy – Season 4

Por: em 30 de maio de 2013

As narrações de Grey’s Anatomy – Season 4

Por: em

A quarta temporada é marcada pela crise dos roteiristas, que gerou menos episódios para Grey’s Anatomy. No enredo, tivemos a saída de grandes personagens como a Dra. Addison, que se mudou pra Los Angeles e ganhou o próprio seriado (hoje finalizado) e do Dr. Bruke. Por outro lado, tivemos uma das melhores adições com a chegada de Lexie, meia-irmã de Meredith e a não tão querida Erica Hann.

Nessa época, nossos antigos internos viraram residentes (exceto George, que reprovou nos testes e só bem depois ganhou sua segunda chance). É uma das temporadas que menos gostei, talvez porque eu odiava o namoro do Derek com a enfermeira Rose. O experimento científico de MerDer foi um dos meus plots preferidos, chorei muito com a perda dos pacientes. Pelo menos ela se encerrou de maneira emocionante com a inesquecível cena da Meredith e a casa de velas.

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4×01 – A Change is Gonna Come

Durante o exercício da medicina, a mudança é inevitável. Novas técnicas cirúrgicas são criadas, procedimentos são atualizados, o nível de conhecimento aumenta. Inovação é tudo. Nada permanece a mesma coisa por muito tempo. Ou nos adaptamos e mudamos… ou… somos deixados para trás.

[…]

Mudança… Nós não gostamos dela. Nós a tememos. Mas não conseguimos evitá-la. Ou nos adaptamos e mudamos, ou somos deixados para trás. Dói crescer. Qualquer um que te disser que não, está mentindo. Mas aqui vai a verdade: às vezes, quanto mais as coisas mudam, mais elas permanecem as mesmas… E às vezes… oh, às vezes a mudança é boa… Às vezes a mudança… é tudo.

 

4×02 – Love/Addiction

No hospital, vemos vícios todos os dias. É chocante perceber quantos tipos de vícios existem. Seria muito fácil se fossem apenas drogas, bebidas e cigarros. Eu acho que a parte mais difícil de querer largar o vício é realmente querer largá-lo. Digo isso, porque a gente se vicia por um motivo, certo? Às vezes (muitas vezes), as coisas começam como uma parte normal de sua vida até que uma hora cruza a linha e se torna obsessiva, compulsiva, fora de controle. É o barato que nós procuramos, o barato que faz todo o resto sumir.

[…]

O lance sobre o vício é que ele nunca termina bem porque, com o tempo, o que quer que deixava a gente no barato para de fazer nos sentirmos bem e começa a machucar. Ainda assim, dizem que você não larga o vício até chegar no fundo do poço. Mas como saber que você tá lá? Porque não importa o quanto algo nos machuca… às vezes se livrar dela dói mais ainda.

 

4×03 – Let the Truth Sting

Doutores dão um monte de coisas a seus pacientes. Nós lhe damos remédios, lhe damos conselhos e, na maior parte do tempo, lhe damos nossa atenção incondicional. Mas, de longe, a coisa mais difícil que você pode dar pra um paciente é a verdade. A verdade é dura. A verdade é desagradável e, muitas vezes, ela machuca. Digo, as pessoas acham que querem a verdade. Mas será que elas realmente querem?

[…]

A verdade é dolorosa. Lá no fundo, ninguém quer escutá-la, especialmente quando ela toca numa ferida. Às vezes, falamos a verdade porque ela é tudo que podemos dar. Às vezes nós falamos a verdade porque a gente precisa ouví-la em voz alta, para a escutarmos por nós mesmos. E às vezes falamos a verdade porque simplemente não conseguimos evitar. Às vezes, nós falamos verdades porque é o mínimo que devemos a elas.

 

4×04 – The Heart Of The Matter

Na vida, apenas uma coisa é certa, além da morte e dos impostos. Não importa o quanto você tente, não importa se são boas suas intenções, você cometerá erros. Você irá machucar pessoas. E se machucar. E se algum dia você quiser se recuperar.. Há apenas uma coisa que pode ser dita…

[…]

Esquecer e perdoar. É isso que dizem por aí. É um bom conselho, mas não muito prático. Quando alguém nos machuca, queremos machucá-los de volta. Quando alguém erra conosco, queremos estar certos. Sem perdão, antigos placares nunca empatam, velhas feridas nunca fecham. E o máximo que podemos esperar é que um dia tenhamos a sorte de esquecer.

 

4×05 – Haunt You Everyday

Há uma razão pela qual cirurgiões aprendem a manejar bisturis. Gostamos que fingir que somos durões, frios cientistas. Gostamos de fingir que não temos medo. Mas a verdade é que nos tornamos cirurgiões porque em algum lugar bem fundo dentro de nós achamos que podemos cortar o que nos persegue. Fraqueza, fragilidade, morte.

[…]

Não acontece só com cirurgiões. Eu não conheço ninguém que não seja assombrado por algo… ou alguém. E mesmo se tentarmos cortar a dor com um bisturi ou enfiá-la no fundo do armário… os nossos esforços costumam ser em vão. Então só conseguimos limpar nossas teias de aranha virando uma nova página ou colocando uma história de lado – de lado, de uma vez por todas.

 

4×06 – Kung Fu Figthing

Tem essa coisa em ser cirurgião. Talvez seja orgulho ou talvez seja apenas sobre ser durão. Mas um verdadeiro cirurgião nunca admite precisar de ajuda até ser absolutamente necessário. Cirurgiões não pedem ajuda porque eles são mais durões do que isso. Eles são cowboys. Rudes e grosseirões. Casca-grossas. Pelo menos é o que eles querem que vocês pensem.

[…]

No fundo, todo mundo quer acreditar que pode ser casca-grossa. Mas ser casca-grossa não é ser apenas durão – tem a ver com aceitação. Às vezes você tem que se dar o direito de não ser casca-grossa uma vez na vida. Você não tem que ser durão a cada minuto de cada dia. Não faz mal baixar a guarda. Na verdade, há momentos que essa é a melhor coisa que você pode fazer – contanto que você escolha esses momentos sabiamente.

 

4×07 – Physical Attraction… Chemical Reaction

Antes de ser doutores, a gente era estudante de medicina, o que significava que a gente passava um tempão estudando química. Química orgânica, bio-química… a gente aprendia de tudo. Mas quando se fala de química humana, só uma coisa importa: ou você tem ou você não tem.

[…]

Química, ou você tem, ou você não tem.

 

4×08 – Forever Young

Chegamos a um ponto em nossas vidas em que nos tornamos oficialmente um adulto. De repente, já temos idade suficiente para votar, para beber, e para integrar outras atividades adultas. De repente, as pessoas esperam que voce seja responsável, sério… um adulto. Nós ficamos mais altos, nós ficamos mais velhos. Mas será que nós realmente crescemos?

[…]

De algumas maneiras, nós crescemos: nós temos famílias… nós casamos, divorciamos… mas na maior parte das vezes continuamos coms os mesmos problemas de quando tínhamos 15 anos. Não importa o quanto cresçamos, envelheçamos… Nós ainda estamos sempre tropeçando… sempre… jovens.

 

4×09/10 – Crash Into Me

A gente escolhe medicina porque quer salvar vidas. A gente escolhe medicina porque quer fazer o bem. A gente escolhe medicina pela correria… pelo barato… pela viagem. Mas o que a gente se recorda ao final da maioria dos dias são as perdas. O que nos faz ficarmos acordado a noite, revivendo, é a dor que causamos ou que não conseguimos curar. As vidas que arruinamos ou não conseguimos salvar. Então a experiência de praticar medicina raramente alcança seus objetivos. A experiência, muitas vezes, dá merda e sai toda ao avesso.

[…]

Em alguns dias, o mundo parece estar todo do avesso. E então de alguma maneira… improvável e quando você menos espera… o mundo se endireita novamente.

 

4×11 – Lay Your Hands on Me 

* Nesse episódio é a Bailey que narra no comecinho e no final.

No início, Deus criou o céu e a terra, pelo menos é o que dizem. Ele criou as aves do céu, e as criaturas da terra, então Ele olhou para sua criação e viu que aquilo era bom. E então Deus criou o homem, e as coisas começaram a desandar desde então. A história fala também que Deus criou o homem à Sua imagem, mas não temos muitas provas disto. No fim das contas, Deus criou o Sol, a Lua e as estrelas e homem só cria problemas. E quando o homem se vê em problemas, o que ocorre na maioria do tempo, ele se volta para algo maior que ele. Amor, fé, ou religião para que tudo faça sentido. Mas para um cirurgião, a única coisa que faz algum sentido é a medicina.

[…]

Como médicos, hoje sabemos mais sobre o corpo humano do que qualquer período de nossa história. Mas o milagre da vida mesmo – o porquê das pessoas viverem e morrerem, o porque delas machucarem ou serem machucadas – ainda é um mistério. Queremos saber a razão, o segredo, a resposta atrás do livro… Porque o pensamento de nós aqui sozinhos, é demais para suportarmos. Mas no final do dia, o fato de nos mostrarmos uns aos outros, apesar de nossas diferenças, não importando o que acreditamos, é razão suficiente para continuar acreditando.”

 

4×12 – Where the Wild Things Are

Gostamos de pensar que somos seres racionais. Humanos. Conscientes. Civilizados. Pensantes. Mas quando tudo dá errado, mesmo que só um pouco, fica claro que não somos nada além de animais. Temos polegares opositores, pensamos, andamos eretos, falamos, sonhamos. Mas lá no fundo, ainda estamos ligados às nossas raízes primitivas, mordendo, dando patadas, arranhando uma existência nesse mundo escuro e sombrio como o resto doss sapos e dos bichos-preguiça.

[…]

Há algo de animal em todos nós e talvez isso seja algo a ser celebrado. Nosso instinto animal é o que nos faz procurar o conforto, aconchego, um grupo pra andar. Talvez nos sintamos enjaulados, talvez nos sintamos presos. Mas como humanos, ainda podemos achar caminhos para sentirmos livres. Nós somos os protetores uns dos outros. Mais ainda: somos os guardiões da nossa própria humanidade. E mesmo havendo um monstro dentro de todos nós… O que nos separa dos animais, é que podemos pensar, sentir, sonhar e amar. E contra todas as possibilidades, contra todos os instintos… nós evoluimos.

 

4×13 – Piece of My Heart

Grandes cirurgiões não são feitos. Eles são paridos. É necessário gestação, incubação, sacrifício. Muito sacrifício. Mas depois que aquele tanto de sangue, entranhas e coisas pegajosas são lavados… o cirurgião que você se tornou? Valeu muito a pena!

[…]

Dar à luz pode ser intenso, mágico e tal, mas o ato em si não é exatamente agradável. Mas também é o início de algo incrível, algo novo, algo imprevisível, algo verdadeiro, algo que vale amar, algo que vale a pena sentir saudades, algo que vai mudar sua vida… para sempre.

 

4×14 – The Becoming

Tem essa pessoa na minha cabeça. Ela é brilhante, capacitada, pode fazer drenos torácicos e craniotomias, correr pra um código azul sem surtar. Ela é realmente uma boa cirurgiã, talvez até mesmo uma ótima cirurgiã. Ela sou eu. Só que muito melhor.

[…]

Foi um dia bom, talvez até um dia ótimo. Fui uma boa médica mesmo quando foi difícil. Eu era a eu da minha cabeça. Houve um momento em que pensei “eu não consigo fazer isso, não consigo fazer isso sozinha”. Mas fechei meus olhos e me imaginei fazendo aquilo. E eu fiz. Bloqueei o medo. E eu fiz. Foi realmente um bom dia.

 

4×15 – Losing My Mind

O problema em ser residente é que… você se sente louco o tempo todo. Como se não dormisse há anos. Você passa todos os dias cercada por pessoas em crises imensas. Você perde a habilidade de julgar o que é normal… em você ou em qualquer outra pessoa. Mesmo assim, as pessoas constantemente te pedem para contar como você está. Mas com que diabos você vai saber? Você mesmo não sabe como está!

[…]

Não se pergunte o porquê das pessoas enlouquecerem. Se pergunte por que não enlouquecem. Face a tudo que podemos perder num dia… num instante… se pergunte que diabos é isso… que nos faz manter a razão.

 

4×16/17 – Freedom

Minha mãe costumava dizer que, pra um cirurgião, um dia sem morte é um presente raro. Todo dia encontramos a morte. Todo dia perdemos vida. E todo dias esperamos um adiamento da execução… Estamos presos à morte. Acorrentados. Como prisioneiros. Encarcerados.

 

Extras (citações que merecem destaque na temporada)

 

Diálogo Final Derek/Meredith

(Derek, ao ver Meredith em meio de velas dispostas de uma forma que lembra o planejamento de uma casa, xingando ao telefone)

Derek: Meredith.
Meredith: Onde você estava?! Eu tava te esperando! E eu fiz essa coisa estúpida, contrangedora, humilhante e cafona e eu ia te falar que aqui é a nossa cozinha e– e essa é a nossa sala de estar… E ali – aquele é o quarto onde nossas crianças podem brincar. E tava com esse treco sobre “eu vou construir uma casa pra gente” mas eu não construo casas porque eu sou uma cirurgiã! E agora eu tô aqui me sentindo como uma otária idiota… Eu me recompus e encarei – E você não aparece! E agora tá tudo arruinado porque você demorou demais pra vir pra casa! E eu nem mesmo achei aquela garrafa de champanhe!

(Derek mostra que está com a garrafa de champanhe)

Derek: (Indo em direção a ela) Essa é a cozinha? Sala de estar? Meio pequenas… Mas a visão é muito melhor daqui. E aquele é o quarto onde as crianças vão brincar? Hm… Onde é nosso quarto?
Meredith: Eu ainda tô brava com você. E não sei se posso confiar em você. Eu quero, mas eu não sei se confio então eu vou apenas tentar, vou tentar e confiar em você. Porque eu acredito que podemos ser extraordinários juntos, melhor do que ser comuns separados, e eu quero ser—(Derek a interrompe com um beijo.)

(Depois do esperado e longo beijo de reencontro)
Derek: Eu tenho que ir.
Meredith: O quê?!
Derek: Pra poder te beijar do jeito que eu quero e pra fazer mais do que apenas te beijar, eu preciso falar com Rose. Eu quero minha consciência limpa, então eu posso fazer mais do que apenas te beijar. Fique aqui. Não se mexa. Espere por mim.

 

Monólogo da Lexie pro George

Você teve quatorze cartas de recomendações. A Cristina teve oito, a Meredith teve quatro, a Izzie teve dez; mas você teve quatorze. E as palavras que usaram pra te descrever… ninguém teve recomendações como as suas. O pessoal falou que os outros eram inteligentes, que eles davam duro, que eles eram bons… mas suas cartas diziam que você era excelente. Elas falavam de sua bondade, se sua atenção aos detalhes; falaram de quão duro você se esforçou e que nunca desistiu… Eles pintaram um quadro do tipo de médico que eu espero ser. Foi uma honra ler aquelas cartas porque agora eu sei que o que separa você dos outros não é um detalhe estúpido. O que te separa dos outros é a grandiosidade. Então não ouse deixar que esse detalhe te deixe pra trás.


Andrezza

Mineira apaixonada por séries policiais, dramas jurídicos e séries teen de qualidade (Saudades, Greek!).

Belo Horizonte - MG

Série Favorita: Grey´s Anatomy

Não assiste de jeito nenhum: House

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