Logo após ao frisson causado no painel de The Walking Dead na Comic-Con, os atores Andrew Lincoln (Rick Grimes) e Melissa McBride (Carol), juntamente ao produtor executivo e diretor do season premier, Greg Nicotero, falaram com o ComicBook sobre o que está por vir na nova temporada.
Leia na íntegra:
CB: Andy, o que você acha da obsessão da internet sobre a maneira que você grita ‘Carl’?
Andrew Lincoln: Não tenho ideia sobre isso. Eu não sabia disso. Eu tenho um telefone de flip.
Tem uns cortes de você gritando ‘Carl em toda a internet.
Lincoln: Nunca ouvi falar disso. ‘Carrrrrrrl’. Estou encantado! Absolutamente estático.
Você não acha isso estranho?
Lincoln: Bem, eu mato zumbis para viver.
E eles estão fazendo agora nos jogos do Dodgers [time de Baseball] para Carl Crawford.
Lincoln: Você está falando sério? Bem, esse é o legado cultural que eu deixo para a América, estou entusiasmado.
Greg Nicotero: É, eu mandei uma foto para o telefone dele e ele disse “Meu telefone não abre fotos. Você pode me mandar por email?”
Lincoln: Todos estão me mandando fotos dessa Comic-Con. Não faço ideia do que elas são. Eu fico “Vocês podem mandar isso para o meu computador? Ou para a minha esposa, pois ela consegue abri-las”.
Muitas pessoas estão animadas sobre um potencial romance entre Rick e Michonne. O que você acha desse par? Você acha que eles podem sobreviver dessa forma?
Lincoln: Eu não tenho certeza. O que eu amo sobre interpretar essas cenas com Danai, entre Rick e Michonne, é que eles têm um tipo de piada para eles; tem um humor negro que tem um quê de Cowboy, pois ambos são guerreiros e todo o resto. Ela é uma das poucas pessoas que eu penso que podem tirar Rick do sério. Ela é a sobrancelha arqueada, uma observadora inteligente e eu amo interpretar essas cenas também. Ela também tem um grande tipo de…ponto de contato. Mas sim, olha: Não temos muitas pessoas no apocalipse, então talvez quando todas as pessoas estejam mortas, e apenas restem nós dois, seja a hora para isso..
Você pode falar sobre os zumbis da 6ª temporada? Eles parecem em um maior estado de decomposição no trailer?
Nicotero: Sim. Scott foi bem consciente de que não podem ser um Ray Harryhausem. Não podem ser esqueletos que andam. Sempre tem que um músculo, algo que motive os movimentos.
Mas é claro, eu fiquei “Sim, mas aparece a caixa torácica e temos um osso exposto…”. Você pode ver um pouco disso no trailer da Comic-Con. Você sabe, nós estamos fazendo um pouco agora que não fizemos antes, que é o aumento digital da quantidade de walkers. Removendo narizes e colocando a cavidade e tirando a área embaixo das costelas e reduzindo o seu tamanho, em um estilo Bernie Wrightson.
Para mim, é divertido e animador pois nos dá mais oportunidades. Eu estou tentando pensar no que eles usaram. “Decriptar” é a palavra que tem sido muito usada no script dessa temporada. “Um walker especialmente decripto”. Então quando eles escrevem isso, é basicamente como se eles dissessem “Greg, imagina como isso seria e vai ficar bom”. Mas tem sido fantástico. Nós nos refinamos a cada temporada. Continuamos mudando e a cada ano é diferente, e nós estamos forçando cada vez mais. Nós esculpimos músculos inteiros nos braços e depois penduramos carne para fora deles como se elas estivessem escorrendo. É sempre divertido, sempre animador fazer coisas assim.
Gale disse que a season premiere desta temporada vai ter a maior quantidade de zumbis já vista. Esse episódio marca o maior desafio neste departamento?
Nicotero: Sim. Mais um pouco até que no Piloto. Quando nós estávamos gravando no tanque, nós tinhamos 2 dias e entre 150 e 200 walkers. Mas nesta temporada, nós tivemos 300 walkers em um dia, sendo a maior coisa que já fizemos. As imagens no trailer do rebanho de walkers na estrada é uma das cenas e é sobre levar a ameaça dos walkers e colocá-la para cima.
Quando Scott pensou na temporada, ele disse “Essa temporada, a ameaça zumbi vai aumentar e se elevar.”
Então você vê essa escala como a coisa mais distintiva nessa temporada?
Nicotero: Bem, não, mas é uma delas. Existem múltiplos fatores.
No final da 5ª temporada, a conversa que você teve com o Pete, onde você o encara e o manda parar, parece que foi uma pequena parte da aparição catalisadora dele no final? Ela estava querendo que ele parasse e fosse embora?
Melissa McBride: Eu acho que ela deu uma oportunidade genuína ao rapaz. Primeiro de tudo, eu acho que de qualquer forma o final dele seria o mesmo e eu acho que foi uma oportunidade de dizer diretamente para ele “Olha, você tem uma chance. Eu te conheço, conheço pessoas como você, eu sei como você é. Esse é quem você é. Nesse mundo, nós estivemos lá fora por tempo suficiente; você não tem ideia como é lá. Você não tem ideia como o lado de fora faz conhecer mais de um covarde do que você realmente é. Você tem uma oportunidade.”
Foi um aviso justo: Você faz isso, talvez possa viver. Bem, obviamente ele tinha uma confiabilidade e ele provou isso. Talvez ele foi provocado, mas você precisa saber disso.
Então onde a Carol está agora, indo em frente?
McBride: Ela ainda está fazendo biscoitos. Ela é multifacetada! Ela ainda vai carregar a sua capa um pouco mais, você sabe? Ela ainda está tentando descobrir quais são as vulnerabilidades deles. Penso que ela é os olhos de Rick.
Lincoln: Ela é uma artista de marionetes. Definitivamente um general.
Nicotero: No episódio 16, é ótimo quando Michonne diz “Quando você conseguiu uma arma?” E Carol basicamente coloca as respostas na boca de Rick e depois, quando há uma cena entre os dois, Rick diz “Eu não quero mentir mais”. Eu não consigo me lembrar das palavras…
Lincoln: “Docinho” ou algo assim. Eu odiei quando você disse isso.
Existe uma grande dualidade acontecendo com a Carol. Qual lado você acha que é mais perigoso para ela?
McBride: Eu acho que elas são lados iguais da mesma moeda. Eles são ambos perigosos e necessários. Cada um deles foi necessário até agora, mas ambos são o que ela é e cada um está ciente do outro. É bonito e complicado, mas tão simples. É uma ferramenta. Isso é como uma das armas dela, a máscara. Ela é adaptável e uma das suas armas é a adaptabilidade.
Você não tem tanta leve quanto os outros personagens. Quando você tem a chance, você se diverte interpretando? Obviamente você teve aquela cena com a criança e os biscoitos que imediatamente virou um viral online e uma pérola para comédia…
McBride: O que foi engraçado nisso? Isso foi horrível. O que há de errado com você? Sim, esse tipo de humor negro e eu me diverti muito fazendo.
Como você acha que será o relacionamento entre Carol e Morgan?
McBride: Vai ser bem interessante de ver. Os dois ainda não interagiram ainda, mas eu não sei como vai ser para ele com essas pessoas. “A vida é preciosa”?. Bem, claro que é, mas não uma vida que está pronta para te matar. Sua vida é mais preciosa do que essa.
Rick vai controlar Alexandria ou ainda vamos ter mais atritos pelo poder?
Lincoln: Eu acho que as pessoas estão um pouco preocupadas com o Rick, os Alexandrinos. Eu não se ele necessariamente quer o controle, mas está em um lugar agora onde ele não está disposto à fazer concessões. Ele fará algo que leva a liderança dele ser questionada na primeira metade da temporada.
Nicotero: É engraçado porque você sempre se questiona se os Alexandrinos se resolveram, como seria a interação do grupo com eles. Se eles têm muitas coisas em comum. Nós falamos sobre o Aidan e o Nicholas e sobre o fato deles não serem maus. Eles são inaptos e covardes. Não são sobreviventes tão experientes quanto esse pessoal.
Lincoln: Eu acho que Rick reconhece e admira a liderança de Deanna e a maneira inteligente com que ela construiu as coisas.
Nicotero: Eles são jogadores de Poker.
Lincoln: Sim e eu acho que há um ponto em que se eles tivessem entrado na comunidade, fossem acolhidos e os Alexandrinos os aceitassem bem, Rick teria ficado feliz. “Sim, eu vou ser seu chefe de polícia. Serei seu general.” Eles estaria mais do que feliz. Eu penso que o tema dessa temporada vai ser “Eles e nós”. Certas pessoas que estão se posicionando como “nós” e “eles” sempre vão ser “eles”, você sabe? Penso que isso é o que vai causar o conflito dentro da comunidade e talvez, entre os sobreviventes, a família em si.
Ainda sobre o novo ano, atriz Merritt Weaver foi escalada para interpretar uma personagem derivada dos quadrinhos na sexta temporada de The Walking Dead. Weaver ganhou um Emmy em 2013 por seu papel como enfermeira Zoey Barkow em Nurse Jackie, e ela também interpretou a personagem Annie no filme Birdman, estrelado por Michael Keaton, e ganhador na categoria Melhor Filme no Oscar 2015.
Podemos especular que sua personagem seja a médica Denise Cloyd, que vive em Alexandria nas HQ’s. A personagem usa suas habilidades para tratar de vários personagens importantes, como Morgan e Carl, sendo colocada em situações extremas e efetiva, apesar dos poucos recursos.
Mudando um pouco de assunto, o ator Norman Reedus (Daryl Dixon) virá ao Brasil no início do ano que vem para participar de uma convenção sobre a série. A Walker Stalker, um dos maiores eventos mundiais especializados em The Walking Dead, vai ocorrer no Rio de Janeiro e são esperadas que 4.000 pessoas compareçam. Outros nomes como Chandler Riggs (Carl), Christian Serratos (Rosita) e Michael Cudlitz (Abraham).
The Walking Dead irá retornar para 6ª temporada no dia 11 de Outubro, na AMC e no dia 12 de Outubro pela Fox Brasil.
