The Vault foi um dos melhores episódios da série. Dramático, pesado, triste, mas muito bonito, ele nos deixou com a sensação de que mesmo através das piores desgraças, pode existir esperança.
Bates Motel conta uma história que todos nós sabemos como vai terminar, mas não como começou. E muitas explicações foram entregues neste episódio, sobre fatos que nunca tinham sido bem esclarecidos ou mencionados. Quando vemos a relação de Norma e Norman, parece óbvio que ela não é completamente saudável para nenhum dos dois, mas a raiz de tudo isso está no horror que eles compartilharam no passado – literal e figurativamente – de mãos dadas. O pai de Norman era um homem violento, um alcoólatra, um agressor e um estuprador. Ele cresceu lidando com esse tipo de comportamento e, por mais que tente acreditar que só existem ele e a sua mãe, o traço de psicopatia do pai ainda se faz muito presente dentro dele.
Norma, por sua vez, se tornou a mãe super protetora que nós conhecemos porque não existia outro caminho. Ela foi negligenciada pelos pais, abusada pelo irmão, agredida pelo marido, então não é de se espantar que ela não confie em ninguém depois de tudo. Com tanta violência vinda daqueles que supostamente deveriam ama-la e protege-la, é claro que Norma passou a acreditar que o mundo não é seguro pra ninguém, muito menos para um menino tímido e doce quanto Norman (quando não está surtando, claro).
Essa falta de confiança em tudo e todos sempre foi um ponto que me incomodou na personagem. Ela mentia e se enrolava nas próprias mentiras quando dizer a verdade seria tão mais fácil! Mas todas as vezes em que ela abriu seus sentimentos para alguém, foi machucada de formas inimagináveis, então dá pra entender. Ao se sentir encurralada e contar toda a verdade a Alex, Norma fala sobre os sentimentos do mesmo jeito que Norman em suas sessões de terapia. Ela desenterra fatos, sentimentos e questões que nunca teve coragem de assumir para ninguém, nem para ela mesma. Ela compreende o amor e a mágoa que sente por Caleb, deixa essa ferida sangrar e libera Romero da responsabilidade de lidar com isso.
Mas Alex não quer ir pelo caminho mais fácil, muito menos quer ser outra pessoa a ferir Norma, como todos os outros. Há muito tempo ele foi mudado pelo que sente pela sra. Bates, mas a verdade é que ela nunca tinha dado qualquer tipo de abertura para que ele fizesse o mesmo. Ele entrou na casa, fez parte da família, mas ainda era, de certa forma, um estranho naquele ninho bizarro. Tudo o que ele sempre quis foi a verdade, e agora era isso que estava recebendo. Eles estão juntos agora, e pretendem ficar juntos para enfrentar o que vem pela frente.
Dylan pode ter ficado um pouco atrás da ação no episódio, mas foi fundamental para tudo o que aconteceu. Resolveu sem grandes dramas o assunto de Emma com Norman, ajudou Norma a encontrar Caleb e ele mesmo teve uma conversa necessária com o pai, contou que vai se mudar para Seattle e descobriu que existe algo estranho envolvendo a mãe de Emma e Norman. Isso já deve ser umas três vezes mais que ele fez nos cinco episódios anteriores.
Norman está tentando se proteger de revelar os segredos para seu psiquiatra, mas dr. Edwards tem conseguido bons resultados até então. Como o médico reagiria a uma confissão definitiva eu não sei, mas já rolou uma ameaça velada ali de que se ele souber demais, pode acabar fazendo companhia para a mãe de Emma (onde quer quer ela esteja).
Algumas observações:
– Norma realmente me assustou com aquela arma na mão. Mas sair gritando é muito mais a cara dela que atirar, né nom?
– Rebecca ganhou a chave que queria. Já foi? É por falta de adeus? Adeus!
– Norman aceitou muito numa boa o romance de Dylan e Emma. Mas será que a sua “spirit Norma” vai aceitar também?
– Romero sendo fofíssimo, tão fofo que nem to mais shippando Norman com a dançarina.
– Ok, a quarta temporada é, oficialmente, a minha preferida.
Gostou do episódio? Quanto tempo acha que vai durar esse clima de coisas dando certo? Deixe seu comentário e até semana que vem!
