
Começo este post com um aviso: sou fã enlouquecida e saudosa de Breaking Bad, logo, minha opinião por Better Call Saul, a nova série da AMC, pode estar um pouquinho comprometida. Mas eu não peço desculpas por isso! A trama de Peter Gould e Vince Gilligan já tem em mãos todos os ingredientes para o sucesso: uma lista gigante de fãs carente de BB, muito amor pelo personagens do Saul, além de uma curiosidade do tamanho do mundo em saber como era a vida dele antes de trabalhar com o mais perigoso traficante de Albuquerque, Walther White.
Logo nos primeiros segundos de Better Call Saul, você tem uma sensação de déjà vu. Mas isso não é uma coisa negativa, muito pelo contrário, foi mais uma homenagem. Assim como em BB, a série começa com uma tensa cena do futuro, que aos poucos, o telespectador vai entendendo do que se trata. Neste caso, não é um acidente bizarro de avião, apenas Saul trabalhando como gerente de uma padaria. A cena é toda em preto e branco, bem melodramática, e ele parece estar em alguma enrascada. Peraí? Saul não é advogado? O que o levou a trabalhar naquela loja? Pela nossa experiência, só será possível entender essa cena, bem mais para frente.
Quando a história começa de verdade, Saul ainda é conhecido como Jimmy McGill. Ele é um homem fracassado, cheio de dívidas, que luta, desesperadamente, para ter um nome em sua profissão. Enquanto isso, o advogado se vê obrigado a aceitar uma série de casos perdidos da defensoria pública, como o dos três adolescentes que fizeram sexo com uma cabeça humana! 😮
Ferrado até dizer “chega!”, o advogado tem uma ideia louca para conseguir seu primeiro cliente. Ao cruzar o caminho de dois gêmeos skatistas e trapaceiros, ele faz um acordo com a dupla para aplicar um golpe de falso atropelamento em uma mulher que está na dúvida se o contrata para cuidar do caso de seu marido. Apesar de todo o treinamento, a dupla acaba aplicando o golpe na pessoa errada. Eles só não imaginavam o quanto errado seria. A senhora que eles interpelaram é nada mais, nada menos do que a avó do Tuco (lembra dele?), um traficante mexicano em ascensão. Disso, já podemos tirar duas conclusões:
1) Deve ser a partir daí que o pobre Jimmy se envolve com traficante e se transforma no Saul Goodman que já conhecemos.
2) Essa história não vai terminar nada bem.
Saul e Tuco não são os únicos personagens de BB que dão as caras em Better Call Saul, nosso amado e idolatrado Mike Ehrmantraut aparece por lá como atendente mal-humorado de um guichê de estacionamento do tribunal. Pena que foi tão rapidinho, só para dar um gostinho mesmo.
Algumas pessoas acharam o primeiro episódio de Better Call Saul um pouco parado, mas vale lembrar que BB também não começou quebrando tudo! Os primeiros episódios são até meio chatinhos e só com alguma insistência você fica obcecado pela série. Mesmo assim, BB só foi crescendo e se tornou o grande fenômeno que nós conhecemos. Para resumir, Bob Odenkirk está perfeito no papel de um underdog, matar saudades de personagens de uma das melhores séries que eu já vi é simplesmente incrível, e os produtores Peter Gould e Vince Gilligan sabem muito bem o que estão fazendo. A série só não pode cair no erro de tentar ser uma imitação de Breaking Bad, porque isso é impossível. Mas o que não falta é talento nessa turma para a trama conseguir sua luz própria.
Se Better Call Saul vai seguir o caminho da série mãe é difícil saber, mas se depender de nós, os fãs, o sucesso já está garantido!
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