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Big Love – Vale cada minuto!

Por: em 8 de janeiro de 2010

Big Love – Vale cada minuto!

Por: em

Barb é uma excelente dona de casa com três filhos: Sarah, Ben e Tancy; Nicki usa roupas diferentes e tem um temperamento difícil, mãe de Wayne e Raymond; Margie é jovem, divertida e alegre, mãe de Aaron e Lester. O que elas tem em comum? São casadas com o mesmo homem!!

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Big Love nos leva a conhecer a família Henrickson, mórmons fundamentalistas, praticantes do casamento pluralista, vulgo poligamia, abolida da religião desde 1890, mas ainda praticada por entre 20 e 40 mil pessoas só nos Estados Unidos. Bill é o marido e pai e mora com sua família em Utah. Cada uma das esposas tem sua casa (uma do lado da outra) e as três residências se unem pelos fundos, onde piscina, parquinho e mesa de jantar são divididos por todos. Os pais de Bill, assim como outros familiares moram na comunidade poligâmica de Juniper Creek, que possui leis, política e segurança próprias.

A série nos mostra um mundo completamente diferente do que estamos acostumados. Explora a fundo os problemas e as decisões que vem junto da poligamia, mas também mostra a amizade, amor e respeito que marido, irmãs-esposas e filhos tem uns pelos outros. Big Love também revela os podres da comunidade de Juniper Creek e de outras praticantes do estilo de casamento. Garotas sendo colocadas em um Livro do Prazer para serem escolhidas por seus maridos; profetas que não passam de mentirosos aproveitadores e problemas familiares. Que fique bem claro que a série é uma ficção e que os fatos mostrados na série não mostram necessariamente a realidade; muito menos é a vontade dos produtores denigrirem a Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, pois a poligamia já é ilegal mesmo estre os membros da religião.

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Com o passar dos episódios vamos seguindo Bill e seus negócios, problemas familiares, a luta para manter a família segura e escondida, além da busca por uma possível quarta esposa. O universo da série é enorme e cada esposa tem seu plot próprio. A aceitação ou não da vida poligâmica pelos filhos e as aparências que precisam ser mantidas sem muitos amigos, vizinhos e parceiros são assuntos recorrentes, assim como a vida dos parentes de Bill e a comunidade comandada pelo profeta Roman Grant. São várias histórias contadas ao mesmo tempo e que contém uma ligação entre si, pois envolve todos os membros da família e da comunidade. Como um dos logos da série diz: todos nós temos segredos.

Em suas três temporadas até aqui, Big Love vem se mantendo muito bem. É uma daquelas séries como Damages, Mad Men, Breaking Bad e outras que ainda não são tão apreciadas aqui no Brasil, mas que são produzidas com maestria. Confusão e problemas não faltam na família e todo episódio tem ação e momentos de deixar o queixo caído. Os criadores Mark Olsen e Will Scheffer passaram três anos pesquisando a premissa da série, para criar uma visão real da poligamia nos Estados Unidos. Tom Hanks é um dos produtores da série desde seu início e a música de abertura é God Only Knows da banda Beach Boys.

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Se história, produção, cenário, figurino e trilha sonora já são trunfos de Big Love, o elenco é ainda melhor. Bill Paxton (filmes Apollo 13 – Do desastre ao triunfo, Twister, True Lies) é Bill, enquanto as atrizes Jeanne Tripplehorn (filmes Instinto Selvagem, Waterworld – O Segredo das Águas, A Firma), Chloë Sevigny (filmes Meninos não Choram, Psicopatas Americanos e Desejo Proibido) e Ginnifer Goodwin (filmes O Sorriso de Mona Lisa, Ele não está tão afim de você, Johnny e June) interpretam as esposas Barb, Nicki e Margene, respectivamente.

O elenco principal ainda conta com: Amanda Seyfried (Veronica Mars e filmes Meninas Malvadas, Mamma Mia!, Garota Infernal) como Sarah; Douglas Smith (filmes Uma Noite de Fúria, Pacto de Morte) como Ben; Harry Dean Stanton (Alice e filmes Paris, Texas, Alien – O Oitavo Passageiro, Fuga de Nova York) como Roman; Grace Zabriskie (Twin Peaks e filme Paixão na Floresta) como Lois; Shawn Doyle (The Eleventh Hour e filme Alta Frequencia) como Joey; Melora Walters (filmes Magnólia e Efeito Borboleta) como Wanda; Daveigh Chase (a Samara de O Chamado) como Rhonda, entre outros atores em grandes interpretações.

Big Love já foi indicada a 5 Emmys, entre eles o de melhor drama. Já no Globo de Ouro, a série vem sendo indicada por suas três temporadas nas categorias de melhor série e melhor ator em drama com Bill Paxton, além de Chloë Sevigny que está concorrendo por melhor atriz coadjuvante esse ano. O mesmo acontece no Satellite Awards, onde a série, Paxton e Sevigny já receberam indicações com a adição de Jeanne Tripplehorn e Harry Dean Stanton.

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O canal HBO estreia a 4ª temporada de Big Love no dia 10 de Janeiro e boatos de uma 5ª já são praticamente certeza. Vale notar que aqui no Brasil a série passa com o nome de Amor Imenso também na HBO. Para quem é fã de seriado e gosta de dramas densos, bem produzidos e histórias de se tirar o chapéu, Big Love é obrigatório, pois vale cada minuto!


Caio Mello

São Bento do Sul – SC

Série Favorita: Lost

Não assiste de jeito nenhum: Séries policiais

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