Caro leitor (formal demais?), faz algum tempo que não conversamos sobre Blindspot, mas voltei para colocar a casa em ordem antes da mid-season finale que será exibida hoje (16/11). Temos muito para discutir, mas antes de mergulhar nesses dois ótimos episódios do drama, sinto que já podemos abrir um espaço para falar sobre uma indignação em comum: o romance entre Weller e Nas. Sim, isso ainda está acontecendo. E não, ainda não está claro o que os roteiristas querem com esse relacionamento. Aumentar a ligação entre os dois? Talvez. Provocar mais ciúmes em Jane? Ah, que preguiça. Fazer todo fã da série revirar os olhos e resgatar aquele gif perfeito para os momentos de negação? Provavelmente. O meu preferido é Michael Scott gritando “no, God, no” desesperadamente. Me conte qual é o gif que traduz sua repulsa com Weller e Nas nos comentários.
Bom, agora que já tiramos esse desconforto do nosso peito, podemos falar sobre Resolves Eleven Myths e We Fight Deaths on Thick Lone Waters. Com a data do grande plano de Sandstorm se aproximando, a série aproveitou esses dois episódios para de entreter o espectador da melhor forma possível. E o sétimo episódio de Blindspot é a grande prova disso.
É evidente que Resolves Eleven Myths é um filler. No entanto, o fato que poucos plots dessa temporada evoluem durante nesses 42 minutos não chega a incomodar. O retorno de Rich Dotcom garante um tom de humor que não está presente nos episódios comuns da série e só isso já é motivo suficiente para gerar algo divertido de assistir. Mas o episódio também tem outros elementos prazerosos: O sonho de Jane nos minutos iniciais que evidencia os sentimentos dela por Kurt e como ela tem que lutar contra si mesma, as referências a cultura pop (Stranger Things, Um Maluco no Pedaço, Harry Potter) que certamente poderiam aparecer com mais frequência na série, a coreografia da luta contra Acadian e, mais importante, Patterson se consagrando como a rainha que nós sabemos que ela é.
Além disso, o episódio trabalha com dois relacionamentos importantes: o de Tasha e Edgar, e o de Jane e Roman. Vamos começar com aquele que se envolveu em uma cena do crime de seu ex-treinador e com aquela que está tentando ajudar o amigo mesmo que ainda tenha dúvidas sobre sua participação no assassinato. Bom, o clima entre os dois agentes não era dos melhores. Zapata achava que Reade deveria ser mais ativo para apagar seus traços da cena do crime. Então, Reade decide afastar a parceira falando algumas coisas desconfortáveis e resgatando seu histórico com apostas para incomodá-la. Mas “graças” ao veneno de Acadian, o agente percebe a bobagem que fez, se reconcilia com a amiga e Zapata rouba a arma do crime mesmo assim só para descobrir que o provável assassino de Jones é Freddy.
No episódio seguinte, Zapata confessa que roubou a faca e eles pensam em um plano para devolvê-la, que pelo aceno da agente na festa do bebê do Kurt, foi bem sucedido. Mas vocês conhecem Blindspot, quando tudo parece que está bem, a série nos fornece uma informação para desconfiarmos de coisas que pareciam certezas. Nos últimos momentos de Fight Deaths on Thick Lone Waters, Reade aparece dando dinheiro para Freddy viajar e afirma que ele nunca poderá voltar. As razões para essa ação podem ser várias. Edgar pode estar apenas tentando ajudar o amigo afinal, foi ele que o trouxe para essa bagunça. Ou a participação de pode ser maior do que imaginávamos.
Mas enquanto Zapata e Reade tentavam lidar com o assassinato de Jones e a equipe do FBI garantia que Weller continuasse vivo e que Nico Marconi, um negociante de armas que é o oitavo na lista mais procurados do FBI, não construísse uma bomba que provoca tsunamis, Sandstorm preparava a Fase 2 do seu plano para mudar o mundo.
Nós somos informados sobre essa realidade por Roman, que ao descobrir que a irmã tentou fazer o download do chip que eles foram recuperar e passar o conteúdo para o FBI, tem gana para convencê-la a ficar do lado da organização criminosa. É difícil imaginar como Jane vai reagir a isso, mas é um confronto que quero assistir na série. A série fez um grande trabalho até aqui para construir a relação dos irmãos e ao mostrar como Jane se sente dividida entre os dois lados dessa história. Então, vai ser interessante ver como Blindspot vai se aproveitar desse cenário.
Outro fato importante para We Fight Deaths on Thick Lone Waters é a presença constante de Matthew Weitz durante a missão e a sua reação diante a “desobediência” de Nas. O Assistent U.S. Attorney já não era um grande fã do trabalho do grupo, mas a decisão da líder da NSA para salvar Weller o fez declarar que ele perseguirá o seu trabalho. Logo, Nas decide dar a Patterson acesso a todo conteúdo e programas da NSA. Essa atitude de Nas é um pouco surpreendente e indica uma mudança sutil no comportamento da personagem. A pessoa que colocou uma escuta nas sessões de Robert não é exatamente a mesma que deu acesso a rainha de Blindspot.
De qualquer forma, a série ainda tem muitas perguntas para responder que não foram abordadas durante esses dois episódios. Ainda não sabemos no que consiste o plano de Sandstorm ou quem é o informante do FBI. Se Blindspot abordar essas questões e usar a base que ela construiu tão bem durante a segunda temporada, o drama tem grandes chances de apresentar uma mid-season finale sensacional.
Outros comentários:
– Anagrama: Resolves Eleven Myths = Only Serve Themselves (Apenas os servem) / We Fight Deaths on Thick Lone Waters = When The Soldiers Attack, We Fight On (Quando os Soldados atacam, nós lutamos).
– Frase: Nada é mais perigoso. Eles invocam medo. Para o momento deles está próximo. Do FBI. Defende a constituição. O exército de Shepherd Apenas os servem. Quando os Soldados atacam, Nós Lutamos.
– E por falar em informante, faz tempo que não vemos Robert.
– Sim, vou chamar a Patterson de rainha de Blindspot porque sim.
– “Eu nunca vou te esquecer.” A versão da história de Clive Doyle era demais para minha cabeça.
– A tatuagem no seu braço diz: A linda princesa.
– Aliás, foi bem interessante acompanhar como a série narrou a missão com três versões da mesma história.
– Ah, o Kurt vai ter uma menina.
Agora quero saber sua opinião. Gostou dos episódios? Tem altas expectativas para o próximo episódio? Me contem qual gif traduz seu enjoo com Nas e Weller. E até o próximo episódio.