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Blindspot – 2×07 / 2×08 We Fight Deaths on Thick Lone Waters

Por: em 16 de novembro de 2016

Blindspot – 2×07 / 2×08 We Fight Deaths on Thick Lone Waters

Por: em

Caro leitor (formal demais?), faz algum tempo que não conversamos sobre Blindspot, mas voltei para colocar a casa em ordem antes da mid-season finale que será exibida hoje (16/11). Temos muito para discutir, mas antes de mergulhar nesses dois ótimos episódios do drama, sinto que já podemos abrir um espaço para falar sobre uma indignação em comum: o romance entre Weller e Nas. Sim, isso ainda está acontecendo. E não, ainda não está claro o que os roteiristas querem com esse relacionamento. Aumentar a ligação entre os dois? Talvez. Provocar mais ciúmes em Jane? Ah, que preguiça. Fazer todo fã da série revirar os olhos e resgatar aquele gif perfeito para os momentos de negação? Provavelmente. O meu preferido é Michael Scott gritando “no, God, no” desesperadamente. Me conte qual é o gif que traduz sua repulsa com Weller e Nas nos comentários.

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Bom, agora que já tiramos esse desconforto do nosso peito, podemos falar sobre Resolves Eleven Myths We Fight Deaths on Thick Lone Waters. Com a data do grande plano de Sandstorm se aproximando, a série aproveitou esses dois episódios para de entreter o espectador da melhor forma possível. E o sétimo episódio de Blindspot é a grande prova disso.

É evidente que Resolves Eleven Myths é um filler. No entanto, o fato que poucos plots dessa temporada evoluem durante nesses 42 minutos não chega a incomodar. O retorno de Rich Dotcom garante um tom de humor que não está presente nos episódios comuns da série e só isso já é motivo suficiente para gerar algo divertido de assistir. Mas o episódio também tem outros elementos prazerosos: O sonho de Jane nos minutos iniciais que evidencia os sentimentos dela por Kurt e como ela tem que lutar contra si mesma, as referências a cultura pop (Stranger Things, Um Maluco no Pedaço, Harry Potter) que certamente poderiam aparecer com mais frequência na série, a coreografia da luta contra Acadian e, mais importante, Patterson se consagrando como a rainha que nós sabemos que ela é.

Além disso, o episódio trabalha com dois relacionamentos importantes: o de Tasha e Edgar, e o de Jane e Roman. Vamos começar com aquele que se envolveu em uma cena do crime de seu ex-treinador e com aquela que está tentando ajudar o amigo mesmo que ainda tenha dúvidas sobre sua participação no assassinato. Bom, o clima entre os dois agentes não era dos melhores. Zapata achava que Reade deveria ser mais ativo para apagar seus traços da cena do crime. Então, Reade decide afastar a parceira falando algumas coisas desconfortáveis e resgatando seu histórico com apostas para incomodá-la. Mas “graças” ao veneno de Acadian, o agente percebe a bobagem que fez, se reconcilia com a amiga e Zapata rouba a arma do crime mesmo assim só para descobrir que o provável assassino de Jones é Freddy.

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No episódio seguinte, Zapata confessa que roubou a faca e eles pensam em um plano para devolvê-la, que pelo aceno da agente na festa do bebê do Kurt, foi bem sucedido. Mas vocês conhecem Blindspot, quando tudo parece que está bem, a série nos fornece uma informação para desconfiarmos de coisas que pareciam certezas. Nos últimos momentos de Fight Deaths on Thick Lone Waters, Reade aparece dando dinheiro para Freddy viajar e afirma que ele nunca poderá voltar. As razões para essa ação podem ser várias. Edgar pode estar apenas tentando ajudar o amigo afinal, foi ele que o trouxe para essa bagunça. Ou a participação de pode ser maior do que imaginávamos.

Mas enquanto Zapata e Reade tentavam lidar com o assassinato de Jones e a equipe do FBI garantia que Weller continuasse vivo e que Nico Marconi, um negociante de armas que é o oitavo na lista mais procurados do FBI, não construísse uma bomba que provoca tsunamis, Sandstorm preparava a Fase 2 do seu plano para mudar o mundo.

Nós somos informados sobre essa realidade por Roman, que ao descobrir que a irmã tentou fazer o download do chip que eles foram recuperar e passar o conteúdo para o FBI, tem gana para convencê-la a ficar do lado da organização criminosa. É difícil imaginar como Jane vai reagir a isso, mas é um confronto que quero assistir na série. A série fez um grande trabalho até aqui para construir a relação dos irmãos e ao mostrar como Jane se sente dividida entre os dois lados dessa história. Então, vai ser interessante ver como Blindspot vai se aproveitar desse cenário.

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Outro fato importante para We Fight Deaths on Thick Lone Waters é a presença constante de Matthew Weitz durante a missão e a sua reação diante a “desobediência” de Nas. O Assistent U.S. Attorney já não era um grande fã do trabalho do grupo, mas a decisão da líder da NSA para salvar Weller o fez declarar que ele perseguirá o seu trabalho. Logo, Nas decide dar a Patterson acesso a todo conteúdo e programas da NSA. Essa atitude de Nas é um pouco surpreendente e indica uma mudança sutil no comportamento da personagem. A pessoa que colocou uma escuta nas sessões de Robert não é exatamente a mesma que deu acesso a rainha de Blindspot.

De qualquer forma, a série ainda tem muitas perguntas para responder que não foram abordadas durante esses dois episódios. Ainda não sabemos no que consiste o plano de Sandstorm ou quem é o informante do FBI. Se Blindspot abordar essas questões e usar a base que ela construiu tão bem durante a segunda temporada, o drama tem grandes chances de apresentar uma mid-season finale sensacional.

Outros comentários:  

– Anagrama: Resolves Eleven Myths = Only Serve Themselves (Apenas os servem) / We Fight Deaths on Thick Lone Waters = When The Soldiers Attack, We Fight On (Quando os Soldados atacam, nós lutamos).

– Frase: Nada é mais perigoso. Eles invocam medo. Para o momento deles está próximo. Do FBI. Defende a constituição. O exército de Shepherd Apenas os servem. Quando os Soldados atacam, Nós Lutamos.

– E por falar em informante, faz tempo que não vemos Robert.

– Sim, vou chamar a Patterson de rainha de Blindspot porque sim.

“Eu nunca vou te esquecer.” A versão da história de Clive Doyle era demais para minha cabeça.

– A tatuagem no seu braço diz: A linda princesa.

– Aliás, foi bem interessante acompanhar como a série narrou a missão com três versões da mesma história.

– Ah, o Kurt vai ter uma menina.

Agora quero saber sua opinião. Gostou dos episódios? Tem altas expectativas para o próximo episódio? Me contem qual gif traduz seu enjoo com Nas e Weller. E até o próximo episódio.

 


Nathani Mota

Jornalista, nerd e feminista. Melhor amiga da Mindy Kaling, mesmo que ela não saiba disso.

Salto / São Paulo

Série Favorita: Sherlock

Não assiste de jeito nenhum: Two and Half Men

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