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Bordertown

Por: em 4 de janeiro de 2016

Bordertown

Por: em

Spoiler Alert!

Este texto contém spoilers leves,

nada que estrague a série ou a sua experiência.

Sitcoms animadas já são uma tradição na FOX. Os Simpsons ocupam a grade do canal há mais de 25 anos, Family Guy, há mais de 15. De lá pra cá, a emissora vira e mexe tenta novas incursões pelo gênero, algumas com mais sucesso (Futurama, American Dad), outras com menos (The Cleveland Show, Bob’s Burger), e quase sempre com um dedo do escritor e produtor Seth MacFarlane.

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Bordertown na verdade tenta ganhar a luz do sol desde 2013, quando foi preterida por uma nova temporada de Bob’s Burger. A série se passa na cidade homônima, Bordertown e nos traz o dia a dia de duas famílias: os Buckwalds e os Gonzalez. Bud Buckwald (Hank Azaria) é o chefe da família tradicional norte-americana que trabalha na fronteira com o México. O sujeito não gosta de imigrantes e torce para que a dura lei contra estrangeiros (principalmente latinos, claro) seja aprovada. Ele também acredita que os “mexicanos” (como ele chama, mesmo que tenham nascido nos Estados Unidos) roubaram todos os empregos dos nativos e que boa parte do fracasso da América é culpa desses “invasores”.

Já os Gonzalez são encabeçados por Ernesto, um sujeito boa praça que mora nos Estados Unidos há décadas e cujos filhos já nasceram “do lado de lá” da fronteira. Ou seja: são 100% americanos. Ou pelo menos assim deveriam ser considerados. Mas gente como Bud não concorda com isso e quer ver sua família bem longe dali. O problema? A filha de Bud, Becky, está apaixonada pelo sobrinho de Ernesto, J.C., e os dois pretendem se casar.

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Embora a família protagonista seja claramente a de Bud, é ela que sofre todas as críticas do piloto. O patriarca dos Buckwalds é ridicularizado a todo momento e cabe a ele a já clássica função de “morrer” várias vezes durante a série (vide o Kenny em Southpark). Ou seja: é um desenho 100% a favor do imigrante, como já era de se esperar, e que em diversos momentos corrobora com o discurso do próprio presidente daquele país: os Estados Unidos sempre serão uma nação de imigrantes. E não há nada de errado nisso – muito pelo contrário.

Se a série é engraçada? Sim. E não. Sitcons animadas não são tão fáceis quanto comédias normais. É preciso se apegar aos personagens e aprender o que esperar da série para, só então, realmente conseguir apreciar o que existe ali. Uma coisa é verdade, o piloto tem ao menos um ou dois momentos desnecessários (particularmente em relação à trama com alienígenas), mas compensa na crítica social.

“Essas pessoas não fazem ideia do que é ter estrangeiros arruinando seu país.”

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Nas próximas semanas, conheceremos todo o resto das famílias Buckwalds e Gonzalez e vai ficar mais claro se vai valer a pena acompanhar suas aventuras na fronteira ou não.

E você, já conferiu Bordertown? Gostou? Conta pra gente!


Cristal Bittencourt

Soteropolitana, blogueira, social media, advogada, apaixonada por séries, cinéfila, geek, nerd e feminista com muito orgulho. Fundadora do Apaixonados por Séries.

Salvador / BA

Série Favorita: Anos Incríveis

Não assiste de jeito nenhum: Procedurais

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