Para quem estava se perguntando quem seria o exilado da vez (e como/porque seria o Peralta), essa season finale dupla de Brooklyn Nine-Nine veio para responder algumas perguntas e nos deixar algumas outras até a próxima fall season. Mas uma dúvida em especial que fica: os produtores estavam muito seguros de que a FOX renovaria a comédia ou escolheram mesmo um caminho arriscado para um fim de temporada sem medo de deixar a história sem um final. Para nossa sorte, a quinta temporada já foi confirmada, só teremos que aguardar um pouco para saber no que se desenrolou essa trama.
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Quando Jake descobriu, lá no fim de The Slaughterhouse, que a Hawkins era corrupta, já sabíamos que seria o arco final da temporada e, possivelmente, que daria início à próxima também. Ela é uma mulher influente e foi muito ingenuidade dos dois detetives da 99 acreditar que conseguiriam desmarcará-la sozinhos. O destino deles então foi traçado: seriam presos como líderes da Golden Gang, por um roubo de banco improvisado como vingança da Hawkins. Ela não dá mesmo ponto sem nó, conseguiu controlar a cena como se todos fossem marionetes. Só me admira que o Holt, capitão tão sábio e experiente, deixou seus melhores detetives se aventurarem nessa “caça” com tamanho despreparo.
A intenção era conseguir provas, infiltrados na equipe, de que Hawkins era mesmo corrupta e o que eles pensaram, é claro? Que a única forma seria virar queridinhos da chefe e sair com os queridinhos para o rolê. Mas perto desse pessoal, Jake e Rosa são meros amadores. Não foi a toa que entraram na onda e acabaram condenados por um crime que não cometeram. E não tiveram álibis que a gangue da Hawkins pudesse contornar. Afinal, lutar contra tubarões não é uma tarefa fácil.
Eles até encontraram uma pista, um ex agente que poderia testemunhar contra Hawkins, mas acabou que ele era um aliado. Terry e o velho Charles (que coisa bizarra, vou nem comentar!) fizeram bem em encontrar o time de hackers para descobrir de onde vieram os 26 milhões depositados nas supostas contas de Jake e Rosa. Pena que não descobriram isso a tempo da entrada triunfal da nova testemunha ao som de Enya e do depoimento mais que frustrante. Frente a isso, terminamos com os dois detetives condenados a 15 anos de prisão.
Nesse meio tempo, alguns detalhes precisam ser comentados. Rosa tinha o cenário preparado para fugir, já sabia que nenhuma defesa seria suficiente para livrá-los da prisão. O pequeno discurso de Holt a trouxe de volta e foi uma das coisas mais bonitas dessa temporada. A 99 é uma família, fica incompleta sem um de seus membros. Apesar disso, mesmo sem esses membros que por razão ou outra são obrigados a se distanciar, os outros não desistem nem por um segundo de reunir a todos novamente. Foi assim no início da temporada com Coral Palms e vai ser de novo, até que consigam provar a inocência de Jake e Rosa.
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Outro ponto que merece destaque é o relacionamento entre Jake e Amy. Foi notória a evolução que tiveram, desde o início dos flertes, até começarem o namoro e agora, frente a mais um período em que Peralta vai ficar ausente. Nas vezes que tentaram falar sobre o que aconteceria se ele fosse mesmo condenado, dava para perceber a enorme insegurança. Amy disse que vai esperar pelo namorado, mas e se demorar demais para que consigam inocentá-lo? Como eles vão ficar diante disso? Bem, quero acreditar que vão resolver logo, pelo menos por uns três episódios e tudo vai ficar bem. Palpites?
Antes de toda essa confusão se desenrolar, tivemos alguns momentos de calmaria (não para Charles) em The Bank Job. Os olhares mais atentos já devem ter reparado que Gina está abusando das roupas largas e sobreposições, uma vez que a atriz está grávida na vida real. Como um caminho mais fácil, escolheram a mesma realidade para a personagem e a saída que encontraram foi bem legal. O segredo todo da gravidez e da paternidade era porque Charles realmente seria um titio – o pai da Enigma ou do Enigmo é ninguém menos que o primo Boyle bonitão e dono de negócios. Os dois parecem um casal que dá certo até demais, então só resta esperar para ver o que vai ser dessa trama. Veremos um baby Linetti-Boyle na próxima temporada?
No geral, essa quarta temporada de Brooklyn Nine-Nine foi um pouco irregular. Ainda é minha comédia favorita que está no ar atualmente, mas os problemas com ritmo não foram fáceis de se ignorar dessa vez. Tivemos alguns episódios ou cenas que pareciam deja vu, o que indica o abuso da zona de conforto dos roteiristas. No entanto, a qualidade da série ainda é a mesma e, apesar desses problemas, ainda tivemos grandes momentos. Conhecemos a mãe do Holt e o pai da Santiago, Amy e Terry deram grandes avanços na carreira, o Halloween foi tão bom quanto os outros episódios temáticos, o Pontiac Bandit retornou em grande estilo e superamos brilhantemente o turno da noite. Até Scully se deu bem com uma nova namorada! Acredito que a série ainda tem fôlego pelo menos para mais duas temporadas, só precisa ajustar mesmo o ritmo dos episódios, deixando os fillers lentinhos guardados na gaveta – se é para ser filler, vamos pelo menos usá-los para o bem, como Moo Moo.
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No mais, quero agradecer a todos que acompanharam as reviews aqui comigo e com a Débora. Queremos sempre a opinião de vocês, então não se esqueçam de comentar o que acharam dessa season finale e da temporada. E nos vemos na fall season!
