No décimo sétimo episódio da temporada parece que chegamos naquela fase em que a coisa começa a ficar séria. Como de costume, o episódio foi excelente, mas In the Belly of the Beast nos trouxe um desenvolvimento maior no plot central da história.
In the Belly of the Beast começou bem e acabou ainda melhor. Quando um episódio começa cheio de segredos e assuntos confidenciais é sinal de que vem coisa boa. Beckett foi chamada para uma missão devido à sua habilidade de falar russo. A ideia era que ela fosse à um encontro disfarçada e, em teoria, a missão seria bem rápida e relativamente tranquila. Mas, como a gente precisa de história para o episódio, claro que tudo deu errado e Beckett acabou sendo sequestrada, sendo obrigada a fingir ser alguém que ela nem conhecia.
A proposta do episódio foi muito boa e sua execução foi impecável. Gostei do fato de não ter sido um episódio duplo, apesar do peso que ele teve para o plot central da temporada. A história foi bem amarrada nos 40 minutos, talvez teria ficado um pouco arrastada se fossem dois episódios.
Beckett é uma excelente policial e ela brilhou muito neste episódio. Ela soube trabalhar bem com as poucas informações que tinha e soube adaptar seu comportamento de acordo com a necessidade. Para quem não sabia nada sobre Elena, ela conseguiu manter o disfarce por um longo tempo. Kate teve tanto espaço para brilhar sozinha que até me surpreendeu o tanto que todo o resto da polícia pareceu inútil. Todas as tentativas de comunicar a sua localização para polícia falharam e no final eles não fizeram praticamente nada o episódio todo. O que não foi uma coisa ruim.
No momento em que Beckett foi descoberta, ela já havia feito 3 tentativas de comunicação: pelo telefone, pelo advogado e pelo celular da moça no banheiro. Como esta última foi extremamente conveniente (quase inacreditavelmente conveniente) e Beckett estava sendo torturada sem muita chance de escapar, eu comecei a ficar um pouco frustada. Por um momento achei que eles conseguiriam localizá-la e a qualquer momento a cavalaria chegaria para salvar a donzela em perigo. E esta seria uma forma terrível de solucionar o problema. Voltei a me animar quando falaram que não dava para localizar o celular. Nesta hora eu fiquei realmente angustiada.
Para fechar o episódio lindamente, nada como uma boa conspiração. Na hora em que Elena chegou e disse que Lazarus mandou salvá-la eu imediatamente pensei: “Yeah! Senador Bracken é o Lazarus!”. O plano de Senador é realmente bom e tem de tudo para funcionar. Com a candidatura à presidência, a situação ficará bem mais séria.
Vou fazer uma pequenina reclamação: Não acho que Bracken tem tanta “honra” (na falta de uma palavra melhor) para salvar Beckett só para retribuir o favor e depois começar a guerra de verdade. Na prática ele só deixaria ela morrer e pronto. E ele ainda vai se arrepender disto. Feita a reclamação, acho que é algo que pode ser relevado. Era óbvio que Kate não morreria e ela deveria sair da situação-problema de alguma forma. Das formas possíveis, acredito que esta foi a melhor escolha.
P.S.: Sobre a carta que Kate escreveu: que coisa mais lindinha! E Castle provavelmente nunca vai lê-la (ainda bem, né?).