Uma comédia despretensiosa que cumpre o seu papel de entreter e fazer rir com as situações cotidianas que envolvem a criação de um bebê, isto numa família composta por acomodados, sem perspectiva de ascensão, que vivem suas vidas da maneira que esta se dá, sem muito esforço, na base da mera sobrevivência. Isto é Raising Hope, uma série de comédia do canal Fox que esteve no ar entre os anos de 2010 e 2014, totalizando 04 temporadas.
Criada por Greg Garcia, Raising Hope tem seu enredo focado na família Chance, Jimmy (Lucas Neff) é um jovem de 20 e poucos anos que leva a sua vida como ajudante do pai em seus negócios de jardinagem e limpeza de piscinas, até que num fatídico dia, enquanto ia comprar sorvete, ”resgata” uma jovem, Lucy (Bijou Phillips), em fuga do seu namorado. Os dois dormem juntos e já na manhã seguinte descobre-se através do noticiário que ela é uma serial killer procurada pela polícia. Os pais de Jimmy acerta a cabeça dela com uma televisão e a entregam a polícia. Alguns meses depois, Jimmy é chamado para uma visita na prisão e descobre a gravidez de uma Lucy condenada a cadeira elétrica, se vendo obrigado a tomar para si a responsabilidade da criação da filha.
Jimmy é filho de Virgínia (Martha Plimpton) e Burt (Garret Dillahunt), que o tiveram ainda na adolescência e o criaram sem muita noção do que estavam fazendo, se caracterizando como pais negligentes que constantemente colocavam a saúde e o bem estar do filho em risco, mesmo que nas mais inocentes intenções. Todos vivem na casa de Maw Maw (Cloris Leachman), a avó de Virgínia, uma idosa senil que passa a maior parte do tempo absorta em seus engraçadíssimos devaneios, mas vez ou outra se acha lúcida e demonstra ser a mais ajuizada da família. É dentro deste ambiente louco, sujo e desorganizado que Hope (primeiramente Princess Beyonce) é inserida com clara relutância dos seus avós, mas que no fim acabam agarrando a oportunidade de cuidar de outro bebê, desta vez da maneira adequada.
Raising Hope transita entre o clichê e o singular, a premissa das dificuldades enfrentadas por um pai solteiro na criação do seu bebê é pouco explorada no mundo das séries, o que reflete uma realidade mundial onde este papel é exercido majoritariamente pelas mães, solteiras ou não, mas os pais solteiros e dedicados de fato existem e estão por aí! Este é o caso de Jimmy, que ao se assumir como pai deixa uma jovialidade despretensiosa de lado e enxerga na filha um novo propósito de vida: criá-la da melhor maneira possível em um ambiente seguro e uma família estável, e mesmo que nem tudo saia de acordo com os seus planos, Hope é amada por todos, e às vezes isto é o mais importante.
O clichê se dá em algumas situações já batidas, como um amor platônico/friendzone que Jimmy desenvolve por Sabrina (Shanon Woodward), a caixa do supermercado em que ele trabalha; a personalidade bobalhona de Burt que chega a ser caricata; e todas as situações imagináveis decorridas do desenvolvimento de um bebê, as fases de aprendizagem, crescimento, enfim. Os momentos mais divertidos ficam por conta de Maw Maw, que em sua loucura cria e se mete em situações impagáveis.
Raising Hope é então uma bobagem legal, foi feita para um público pouco exigente que a assiste em plena intenção de entretenimento para passar o tempo e preencher um dia tedioso, com a garantia de boas risadas e muita fofura. Raising Hope vale cada minuto!
Fiquem com a promo da primeira temporada:
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