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#CCXP2015 – Diário de Bordo – Dia 3 (05/12)

Por: em 6 de dezembro de 2015

#CCXP2015 – Diário de Bordo – Dia 3 (05/12)

Por: em

Sábado foi definitivamente o dia mais intenso da CCXP. O primeiro dia a esgotar, prometia ferver desde cedo e nós tivemos que nos desdobrar para conseguir um lugar em meio aos fãs enlouquecidos de Star Wars e Capitão América (as do Misha Collins não ficavam atrás também), para assim poder conferir mais uma sorte de painéis super concorridos e muitas surpresas maravilhosas.

cc-dia3-1A Disney dominou a primeira parte deste sábado, nos presenteando – em um primeiro momento – com a pré-estréia exclusivíssima de O Bom Dinossauro, da Pixar (Estreia 7 de janeiro de 2016). Com a presença do diretor Peter Sohn e da produtora Denise Ream , a animação promete mais uma vez arrebatar o coração do público com uma trama que aborda – mais uma vez – família, amizade e amadurecimento. Não vamos entregar de bandeja para vocês, mas é bom preparar os lencinhos. A Pixar mais uma vez traz uma aventura que promete fazer chorar o mais gelado dos corações.

Sohn ficou emocionado com a recepção da platéia ao filme, chegando a derrubar algumas lágrimas ao ser ovacionado no final da projeção. Logo depois, ele fez uma verdadeira retrospectiva da sua vida e como ela o fez criar o carismático apatossauro Arlo e seu mascote, o menino Spot. O diretor viajou pela sua infância, em como sua mãe – mesmo sem entender inglês – conseguiu ser tocada pelos clássico da Disney e como isso o fez querer entrar no ramo da animação. Nós vimos todo o caminho que ele percorreu até chegar a Pixar – seu primeiro filme foi o Gigante de Ferro – até detalhes da produção, desde os primeiros rabiscos até a incursão de toda a equipe no Quênia, para se aprofundar nas locações e nas experiências que eles queriam passar para a tela (Denise inclusive sofreu um acidente fazendo Rafting). Ao final, ambos agradeceram o carinho e afirmaram ter sido um grande prazer poder mostrar em primeira mão o filme para o público brasileiro.

Continuando com as animações, Zootopia (estreia dia 17 de março de 2016) também  teve seus bons momentos no painel. Monica Iozzi infelizmente não pode comparecer por motivos pessoas, mas Rodrigo Lombardi fez mais do que todas as honras, esbanjando-se no palco. Essa já é a 5ª dublagem do ator, que mesmo assim garantiu ser um dos seus maiores prazeres. Além disso, Lombardi fez a alegria da platéia ao se assumir um fã incorrigível dos Vingadores e que, no ano passado, fez questão de assistir ao painel da Marvel na CCXP. Dentre as surpresas reservadas para esse momento, um teaser super relacionável, mostrando os protagonistas Nick Wilde e Judy Hopps tentando conseguir informações em uma repartição pública. O problema é que todos funcionários eram bichos preguiças e sim, eles definitivamente passaram o mamífero fielmente para a tela, arrancando gargalhadas da audiência.

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Outra surpresa ficou com a participação especial do jornalista Boechat, que dublara rapidamente um apresentador de jornal especialmente feito para o Brasil. Boechat roubou de Borgo a dinâmica do painel e, junto de Lombardi, prosseguiu com um papo descontraído e divertido. Quando perguntados sobre seus respectivos heróis, o jornalista respondeu ser o Juiz Sérgio Moro e Lombardi continuou batendo na tecla de que qualquer um dos Vingadores seriam escolhidos – mas assumiu uma predileção pelo Homem de Ferro. O painel terminou com Rodrigo se lamentando por não poder continuar para o próximo  por ter que sair correndo para o seu musical Urinal, em cartaz em São Paulo.

O que o ator não pode ver, mas nós sim, foi o frisson que o trailer estendido de Capitão América: Guerra Civil causou ao marcar o início da dinâmica dedicada ao próximo filme da Marvel. Em um filme de mais ou menos 4 minutos, nós pudemos ver cenas inéditas do embate dos Novos Vingadores contra o Ossos Cruzados e seus homens, muitas cenas inéditas de todos os integrantes da equipe mais poderosa da terra (inclusive Visão em um elegante terno), bem como a Viúva Negra mais uma vez lacrando com seus movimentos super arrojados de luta. Mas a platéia explodiu mesmo quando, ao final, Scott Lang – o Homem Formiga – deu as caras em uma impagável cena junto ao time do Capitão.

Anthony Russo então foi ovacionado, aproveitando logo para desculpar a ausência do irmão Joe, que não conseguiu sequer embarcar para o Brasil por questões de saúde. Érico Borgo logo comentou a ausência de alguns personagens no trailer, não demorando para levantar a bola do Homem-Aranha no painel. Anthony prometeu que o novo Cabeça de Teia vai surpreender à todos e parece que atenderá aos pedidos do mediador – e da platéia – para não mostrar Peter Parker antes da estréia do blockbuster.

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O diretor de Guerra Civil prometeu que o filme promoverá mais uma catarse dos fãs dentro do universo Marvel e seus personagens, que estarão movidos por motivos muito íntimos em seus envolvimentos no conflito ideológico que se instalará entre os dois líderes dos Vingadores. Quando questionado sobre o tom de realidade que imprimiu tanto em Soldado Invernal e promete mostrar novamente nesse, disse que vieram da série Arrested Development. Ele também assumiu que as memoráveis cenas de luta – tanto da faca, quanto a do escudos – nasceram depois que ele e o irmão assistiram ao filme The Raid (Operação Invasão).

Obviamente veio a questão de um possível paralelo com o arco da Guerra Civil nos quadrinhos e Russo logo rebateu dizendo que espera que os fãs se mantenham cabeça aberta quanto as possibilidades de trabalhar essa trama. Eles serão fieis à todo background já construindo dentro do MCU, sendo o filme mais uma importante expansão dentro desse enorme universo que está em pleno crescimento – e promete não para de crescer. Guerras Infinitas, que encerram a fase 3 da Marvel, também ficarão sob a batuta dos irmãos Russo, mas como ainda está muito distante, ele disse não ter nenhuma ideia do que será feito, pois a Casa de Ideias gosta de dar autonomia aos seus filmes para que eles não fiquem presos à eventos futuros – então um passo de cada vez. Mais uma vez aplaudido de pé, Anthony se despediu, fazendo a sala para o painel mais aguardado do dia.

As centenas de blusas estampadas com Darth Vader e os sabres de luz empunhados com orgulho em todos os cantos não escondiam: Hoje era o dia Star Wars na CCXP e finalmente a hora chegou. O clima era de completa emoção quando o trailer de O Despertar da Força foi exibido no telão, impressionando o fato de que mesmo com todos já tendo visto o vídeo algumas (centenas…por quê não milhares) de vezes, a animação é sempre como se fosse um material inédito. O produtor e parceiro de aventuras de J.J. Abrams, Bryan Burk, também foi recebido de pé pela platéia e contou que quando soube que poderia voltar pela 6ª vez ao Brasil, logo se prontificou para representar o novo filme da saga de George Lucas por aqui.

Apesar de não trazer nenhum material inédito, Bryan anunciou um curto clipe chamado The Legacy, dedicado à mostrar os bastidores, focando em como os novos atores de Star Wars estão se sentindo em adentrar nesse rico e valoroso mundo. Com depoimento de todos os atores, os pontos altos foram a emoção de John Boyega ao visitar o set, para depois pedir um autógrafo para Harrison Ford em seu boneco. Quando um Mark Hammil surgiu barbudo, dizendo que estava feliz em voltar, a platéia também foi à loucura.

Em relação à como a equipe está se sentindo em retomar uma franquia depois de tantos anos, Bryan disse que eles se sentem muito sortudos e ressaltou que é engraçado trabalhar com pessoas da equipe veterana de George Lucas, para quem o filme – da primeira vez – era apenas mais um trabalho e não marco da cultura pop. Sobre a publicidade sem spoilers, Burk disse que a Disney está mudando a forma de como os filmes estão sendo lançados hoje em dia. Ele assumiu que o segredo as vezes não é só pelo mistério, mas porque o filme ainda está sendo finalizado, então eles aproveitam as reações ao que é lançado para nortear a conclusão do trabalho. O produtor explicou que, ao lançar o primeiro teaser, eles perceberam a mobilização das pessoas mesmo sem quase nenhuma informação. Isso os incentivou a manter esse tipo de divulgação, que deve garantir uma experiência muito mais rica a partir do dia 17 de dezembro.

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Sobre a questão do apelo de uma história intergalática, Bryan disse que ele vem de personagens relacionáveis que experimentam os mais diversos tipos de sentimentos e emoções, fazendo com que cada momento acabe sendo uma surpresa – não necessariamente do tamanho da revelação da paternidade de Luke, mas ainda surpresas. Ele está muito confiante de que ao entrar nas salas de cinemas, todos serão levados de volta para um lugar que já estão familiarizados.  A diversidade dos personagens também foi pauta e esse fato foi algo que ele criticou. Para Bryan, a intenção sempre foi e sempre será contar histórias sobre pessoas e que, com um universo tão gigante quanto o de Star Wars, é impossível não haver pessoas diferentes. A ideia sempre foi fazer um filme sobre todos, para todos.

Não preciso falar que ele também foi ovacionado e todos foram a loucura quando ele, em português, encerrou o painel dizendo: “Que a força esteja com vocês”.

E ela estará, pois amanhã teremos mais um dia – o último – e vamos trazer todo um panorama do evento para vocês! Fiquem ligados!


Lívia Zamith

Nascida em Recife, infância no interior de SP e criada no Rio. Vivo e respiro Séries, Filmes, Músicas, Livros... Meu gosto é eclético, indo do mais banal ao mais complexo, o que importa é ter conhecimento de causa.

Rio de Janeiro - RJ

Série Favorita: São muitas!

Não assiste de jeito nenhum: Friends (não gosto de sitcoms)

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