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#CCXP2015 – Diário de Bordo – Dia 4 (06/12)

Por: em 7 de dezembro de 2015

#CCXP2015 – Diário de Bordo – Dia 4 (06/12)

Por: em

Depois de quase de mais de 30 horas recebendo incessantes informações de todos os meios de cultura pop na CCXP, finalmente amanheceu o último dia da convenção em São Paulo e lá fomos nós fazer o percurso até o São Paulo Expo pela última vez (em 2015). A entrada foi mais tranquila, pois tentei pegar o frissônico painel do Misha Collins. Lotado de fãs ensandecidas, optei assistir ele no telão do gigantesco bolsão da fila para o auditório principal – para assim garantir meu lugar nas dinâmicas mais concorridas (Batman Vs. Superman e Netflix).

Mais uma vez muito bem alocada, sem muitas delongas, Erico Borgo apareceu para dar início ao painel dos filmes da DC/Warner. Como ainda não tinha assistido ao mais recente trailer de A Origem da Justiça, por conta da viagem para o evento, vibrei muito ao ver as cenas da Mulher Maravilha e do Lex Luthor. O convidado para a dinâmica em questão foi o responsável pelo visual dos personagens do filme, Michael Wikelson.

Tanto ele quanto Zack Znyder eram muito fãs desses heróis quando crianças, então é uma grande satisfação poder chegar ao ponto de trabalhar com o Homem de Aço e o Homem Morcego. Um dos pontos que Wikelson sinalizou como principal da produção foi a inserção da Mulher Maravilha pela primeira vez no cinema que, por tudo que ela representa sem sombra de dúvidas será um marco da cultura pop.

É essa enorme relevância dos personagens que ele tenta pensar muito bem no visual de cada um deles. O Superman representa uma força Alien e, para isso, ele adicionou um tom metalizado ao novo uniforme do kryptoniano para tentar capturar essa essência. Além disso, ele revelam-se no S há uma inscrição na língua nativa de Kal-El que significa “Quando achavamos que estávamos sozinhos, nós estávamos com o mundo todo. “

Para o Batman, ele buscou desenvolver algo que se afastasse dos muitos outros que apareceram nos últimos anos, levando às Hqs do lendário Frank Miller para telona. A ideia de Michael era deixar o Cavaleiro das Trevas mais ameaçador, mesmo estando mais velho – com quase 20 anos de vigilância nas ruas de Gotham – trazendo as marcas dessa controversa carreira em sua vestimenta, não sendo completamente perfeita. O  figurinista contou que buscou refletir a personalidade dos heróis na forma das suas identidades civis se vestirem. Enquanto Clark, que foi criado em uma fazenda, tem um estilo despojado. Ja Bruce tem um tom austero e meticuloso, sempre sóbrio e furtivo, predominando roupas que mantenham um certo padrão.

batman-vs-superman

Sobre a aclamada armadura que apareceu no primeiro teaser, ele disse que na história Bruce vai construí-la com a ajuda de Alfred, para assim poder conseguir representar algum tipo de ameaça à invencibilidade do Super-Homem. A principal revelação do painel veio quando ao ser questionado sobre o uniforme que aparece em meio à um deserto: toda sequência é um pesadelo proveniente da ansiedade de Bruce Wayne onde ele se encontra em um mundo pôs apocalíptico em que o Homem de aço toma o poder e possui um exército de súditos.

Ele se deleitou ao falar da Mulher Maravilha. Tudo que ele queria era fazer uma indumentária que a deixasse poderosa e confiante, elevando-a à um patamar até superior que os dos seus colegas de cena. Tudo isso resultou em um visual que exalava também graça e majestade de uma pessoa que era lutando há centenas de anos. Ele também disse que Gal Gadot está fantástica e que é maravilhoso trabalhar com ela. Já Lex Luthor vira como um jovem excêntrico nos moldes das cabeças do vale do silício, então espere por roupas baratas e tênis!

As muitas décadas de referências do universo DC foram levadas em consideração para montar o visual do filme. Eles pensaram no que os personagens representam no universo cinemático que está sendo estabelecido por Zack Znyder para assim chegar em uma definição para o filme. Sobre as capas e citando a Edna Moda de Os Incríveis, ele disse que as capas são um desafio tanto para eLe quanto para equipe de artes visuais. Mas quando elas estão na tela, criam um efeito inigualável é característico dos heróis. Para concluir, Wikelson revelou que está começando a trabalhar em A Liga da Justiça e que para esse filme, ele vai levar em consideração toda a sorte de indivíduos que vão aparecer no universo cinemático DC. Ele citou por exemplo que no Aquaman, as próprias tatuagens de ator Momoa inspiraram o uniforme de Arthur Curry.

Creed-CCXPAssistimos ao filme Creed: Nascido para Lutar, o revival de Rocky Balboa nos cinemas. Nele, o eterno campeão de Stalonne, passa a treinar o filho de Apollo Creed. Em um jornada em que ambos lutam contra as suas dificuldades, o que vimos foram diversas sequências que farão os fãs de Rocky se arrepiar. A jornada da superação está novamente lá, mesmo que em contextos diferentes para casas personagens. Várias pessoas estavam chorando quando os créditos finais rolaram nos telões do auditório da CCXP.

Danilo Gentili na CCXPDepois de mais uma pré-estreia exclusiva, a Warner Bros. trouxe Danilo Gentili para divulgar o novo filme dos estúdio baseado em seu livro Como se Tornar o Pior Aluno da Escola. As gravações do filme começarão em julho 2016 e eles estão a procura de garotos desconhecidos, entre 12 a 14 anos, para viver o protagonista. Gentili também anunciou que o antagonista do longa será um comediante internacionalmente conhecido que fará aulas de português para o projeto.

Apesar de tudo isso, restou provado que para agradar a plateia não se precisa de muito. Depois de mostrar trailers de alguns filmes que estrearão em 2016, Assistimos um tributo à todos os heróis da DC Comics, seguido de anúncios que deixaram todos em êxtase: as artes conceituais dos filmes solo da Mulher Maravilha, Liga da Justiça 1 e 2, The Flash, do Aquaman, do Cyborg e o Lanterna Verde Corp. Está bem claro que a DC quer mesmo estabelecer um universo cinemático tão gigantesco quanto o da Marvel. Quem ganha com isso somos nós.

Frank Miller

Frank Miller retornou ao palco para fazer mais um painel ciceroneado por Dani Didio e Jim Lee. Muito mais “solto” do que na quinta, a lenda dos quadrinhos falou mais sobre O Cavaleiro das Trevas 3. Miller disse que há 30 anos não tinha noção o quanto seu trabalho influenciaria as pessoas, que para ele – na época – ele pensava estar brincando com coisa de gente grande. Mesmo no início da sua incursão nas histórias do Batman, ele contou que teve todas as suas ideias aceitas, apesar de ser um novato. Foi desafiador colocar um Super Homem conservador e o Batman radical para lutarem em lados opostos.

O quadrinista contoun que a sua ideia inicial era matar o Batman em O Cavaleiro das Trevas 2, mas que acabou não fazendo isso por achar que não tinha o direito e que, com o lançamento desse ano, ele aproveitou a oportunidade para abordar temas políticos e o envelhecimento do herói, sem a censura arcaica de anos atrás. Quando um menino perguntou se ele é amigo de Stan Lee e quem ele achava que desenhava melhor entre eles, Miller bem humorado, respondeu apenas “sim e eu desenho melhor”.

Netflix na CCXP

Chegando a hora de mais um painel Netflix, uma agitação começou a tomar conta do ambiente com a eminente chegada dos atores Jorge Garcia, Taylor Lautner, Adam Sandler e Terry Crews, que foi a sensação do painel. Só deu ele! Completamente carismático, Crews nao exitou em atender aos pedidos dos espectadores, cantando o hit Thousand Miles e tirando a roupa e mostrando os músculos para inspirar a malhação de todo mundo na segunda feira. O resto do elenco não ficou atrás, todos estavam muito descontraídos, fazendo selfies, recebendo presentes e falando sobre a felicidade de estar no Brasil para falar de The Ridiculous 6.

#TerryCrews levando o público a loucura no último dia da #CCXP! Painel divertidíssimo! #ApxnaCCXP #VaiserEpico

Um vídeo publicado por Apaixonados por Séries (@apxporseries) em

A comédia de humor indecoroso, que estreia dia 11 de dezembro no serviço de streaming, contará a história de um mestico entre americano é uma nativa, que descobre que tem mais seis irmãos provenientes das aventuras sexuais dos pais. Sim, Adam, Taylor, Jorge e Terry são parentes no longa e cada um possui uma habilidade extraordinária. Mais uma vez Crews levou todos a loucura ao revelar que o talento do seu personagem era tocar piano maravilhosamente sem as mãos.

Aplaudidos de pé, toda equipe anunciou mais uma exibição exclusiva dentro da CCXP. Nós fomos presenteados com mais um conteúdo inédito da Netflix, que definitivamente enriqueceu a experiência com todo seu investimento na convenção brasileira. Agora só nos resta esperar que ano que vem seja ainda maior!


Lívia Zamith

Nascida em Recife, infância no interior de SP e criada no Rio. Vivo e respiro Séries, Filmes, Músicas, Livros... Meu gosto é eclético, indo do mais banal ao mais complexo, o que importa é ter conhecimento de causa.

Rio de Janeiro - RJ

Série Favorita: São muitas!

Não assiste de jeito nenhum: Friends (não gosto de sitcoms)

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