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#CCXP2015 – Evangeline Lilly: De Lost à Homem-Formiga

Por: em 6 de dezembro de 2015

#CCXP2015 – Evangeline Lilly: De Lost à Homem-Formiga

Por: em

Praticamente sentindo-se em casa, Evangeline Lilly entrou esbanjando simpatia. Depois de dois dias dedicados ao autógrafo do seu livro Os Molambolengos, agora era hora de se encontrar com o público da CCXP para falar um pouco da sua carreira – formada por clássicos nerds como O Hobbit e Lost, bem como um pouco mais do seu trabalho como escritora.

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Sobre a série icônica de J.J. Abrams, Lilly revelou que quando recebeu o convite, sua personagem Kate seria a protagonista, depois de matar Jack no piloto. Esse fato a fez ficar muito nervosa, pois a sardentinha seria o seu primeiro papel como atriz e ela estava aterrorizada em começar essa nova empreitada, pois quando leu o roteiro pela primeira vez achou bem estúpido e que depois de fazer a pior audição da vida, imaginou que nunca fosse conseguir o papel. A questão toda é que Abrams discordava dela. Ele fez centenas de testes e já estava perdendo as esperanças de encontrar a sua Kate, mas quando viu a atriz em seu teste “horrível” sabia que ali estava ela.

Sobre o polêmico final da série, ela confessou ter deixado de tentar entender o que se passava na 4ª temporada. Para ela, Lost foi uma série que passou os seus 6 anos deixando as pessoas com muitas perguntas sem respostas e que – no series finale – todos esperavam uma grande revelação. Evangeline brincou dizendo que Lost não é uma religião para oferecer respostas e que o que importa é manter o que a série significou para cada um dos espectadores, em suas respectivas vidas, tal qual a jornada dos personagens – ela amou o final.

A mudança para o Hawai não foi fácil. Como uma canadense de raiz, ela teve dificuldades de se adaptar em um lugar tão diferente de casa e que, diferente dos outros atores, ela não achava aquilo um paraíso. No início ela sempre chegava atrasada nas filmagens e que no final da primeira temporada, enquanto fazia as entrevistas de divulgação, ela pensou em desistir de tudo. Ao ligar chorando para os pais, eles teriam dado o maior apoio para a filha voltar para o frio Canadá e seus pijamas (ainda bem que ela não fez.)

Ainda sobre Kate, a atriz confessou que não esperava o desenvolvimento que a personagem teve na série. No começo ela acreditava que seria uma história de sobrevivência apenas, mas que as coisas foram ficando cada vez mais densas. O momento favorito dela foi quando Kate foi mostrada com filhos. Ela adorou o fato de poder trabalhar com crianças no set.  Obviamente veio a pergunta sobre o seu par favorito: Jack ou Sawyer? Jogando para os espectadores, ficou clara a predileção de todos pelo badboy. Lilly inclusive brincou que os brasileiros preferem uma coisa mais rústica.

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Indo para o seu sucesso mais recente: Quando recebeu a ligação do seu agente informando o interesse da Marvel nela para um próximo filme, ela disse que não gostou muito da ideia de estar em uma trama de heróis. Sua opinião só mudou quando soube que o personagem título – Homem Formiga – seria feito por Paul Rudd, o que a persuadiu a conhecer mais sobre o universo em que o filme seria inserido. Ela assumiu que havia assistido Homem de Ferro sem saber que era da Marvel, pois isso aconteceu antes da Casa de Ideias se tornar algo como um deus dentro do mundo do entretenimento. Sua decisão final sobre interpretar a Vespa veio depois de ver Vingadores e se empolgar com a ideia de um dia talvez poder fazer parte daquela equipe e poder chutar muitas bundas. Sobre o segundo filme, do qual sua personagem faz parte do título – Homem Formiga e Vespa – Lily disse que não sabe de nada, mas que adoraria ver Hope indo atrás da sua mãe, que deveria ser interpretada por Michele Pfiffer, para as duas juntas poderem se vestir com o clássico uniforme.

Indo de um universo nerd para outro, a atriz não escondeu o seu amor por Tolken ao começar a falar do seu papel em O Hobbit.  Ela disse que diferente de outros diretores – que fazem questão de manter a aura mística – Peter Jackson é um cara simples, que anda descalço no set e não penteia os cabelos. Tudo isso, somado ao bom humor do diretor, proporciona um ambiente relaxado e muito gostoso de trabalhar.

Tauriel foi criada especialmente para a triologia do bolseiro, sem base de estudo nos livros. Isso para ela fez a experiência ser muito especial, por ela ter a oportunidade de criar algo do zero, dentro de um universo em que ela tanto ama. Além disso, a pressão de estar em uma personagem inédita é muito menor do que alguém peersonalizando Bilbo, algo que ela crê que Martin Freeman fez com maestria. Lilly disse que conheceu Peter Jackson no Globo de Ouro em que O Retorno do Rei ganhou todos os prêmios e que, na ocasião, o diretor disse que era uma pena isso não ter acontecido antes, pois ela seria uma elfa perfeita. Então, ela vibrou bastante quando o convite chegou anos depois.

Apesar do medo da reação dos fãs, ela confiou completamente em Jackson na criação de algo e que ela adora estar no meio de uma polêmica, ser a pessoa controversa. Ela diz que só de pensar na adaptação de coisas que estavam nos livros, se arrepiava por ser uma fã fervorosa de Tolkien. Depois disso, falou elfico para um fã e revelou que achou a CCXP melhor que a San Diego Comic Con, fazendo com que a platéia se levantasse para aplaudi-la

Concluindo, ela falou sobre a empreitada como escritora. Com um conselho para os fãs, disse que o mundo está aí para ser conquistado e que o medo das portas se fecharem diante do novo sempre existem, mas que isso sempre abrirá novos e melhores caminhos. Ela sempre sonhou em ser escritora e prometeu à si mesma que, depois de Lost, se dedicaria à isso. Não fez mais audições e, mesmo assim, oportunidades maravilhosas apareceram como atriz – mesmo sem ela procurar. Evangeline também confessou que nunca aceitou papéis de protagonistas e que ficou aliviada em saber sobre a mudança de ideia sobre Jack em Lost. Concluiu dizendo que vê o mundo de uma forma diferente e que consegue se colocar no lugar de seus alteregos e logo se considera pronta para talvez mudar esse hábito.


Lívia Zamith

Nascida em Recife, infância no interior de SP e criada no Rio. Vivo e respiro Séries, Filmes, Músicas, Livros... Meu gosto é eclético, indo do mais banal ao mais complexo, o que importa é ter conhecimento de causa.

Rio de Janeiro - RJ

Série Favorita: São muitas!

Não assiste de jeito nenhum: Friends (não gosto de sitcoms)

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