Aquele em que dizemos adeus

Pra quem não sabe, o Apaixonados por Séries existe há quase dez anos. Eu e Camila…

O que esperar de 2018

Antes de mais nada, um feliz ano novo para você. Que 2018 tenha um roteiro muito…

Chicago Justice – 1×4 Judge Not

Por: em 17 de março de 2017

Chicago Justice – 1×4 Judge Not

Por: em

O episódio dessa semana, além de ter sido bem emocionante, deu margem a muita discussão e um plot decente para a promotora assistente, Anna Valdez. Assim, Chicago Justice vem abordando temas atuais e isso faz com que a série se torne mais do que um simples procedural.

Em Judge Not tivemos pouco tribunal e mais investigação. O que não significa dizer que tivemos pouca atuação dos promotores. Muito pelo contrário, em razão da vítima ter uma conexão com a Anna, tudo estava voltado para ela e qual a sua relação com o juiz. Por mais que a série tivesse tentado colocá-la como amante do juiz Kinzie, fica claro, ao analisar todas as cenas e provas que a promotora teve com o juiz, que a probabilidade dela ser filha dele é muito grande. Todo o carinho, atenção e respeito que eles mostraram um para com o outro indica que essa relação não passou de paternal. Ainda que ela não tenha agido de forma mais dramática, quando soube da morte dele, acredito que a relação dos dois é de pai e filha, passando longe de uma suposta traição ou relação extraconjugal.

Viver como um juiz, promotor ou seja lá qual for a sua profissão perante o judiciário não é uma tarefa fácil, claro que não vou ser inconsequente em dizer que é o trabalho mais difícil do mundo, quando temos aqui no Brasil um judiciário abarrotado de processos e com o sistema penitenciário lotado. Em decorrência da sua morosidade e corrupção, fica difícil colocar algum crédito neste poder que é tão importante quanto o legislativo e executivo. Mas o que é correto afirmar aqui, diz respeito a importância que um juiz tem na vida de muitas pessoas que cometem ou não um crime ou contravenção penal. Muitas pessoas recorrem ao judiciário para resolver suas vidas e, aqui, Zoe foi até o judiciário para ter a justiça diante do caso de estupro que sofreu. Muitas vítimas de estupro não conseguem chegar até o Estado seja por descrença, falta de vontade ou impossibilidade fática (a polícia pede o arquivamento, sem ao menos procurar detalhes do suspeito), e isso faz com que a cultura do estupro seja perpetuada por mais tempo e a impunidade permaneça no nosso sistema. Quantas Zoe’s existem por aí? Quantas Zoe’s foram até o juiz, se humilharam, reviveram o ato e, em seguida, tiveram seus corações despedaçados com o julgamento final? Zoe não foi a primeira a ter assistido seu algoz sair “impune” diante dos crimes mais bárbaros, se não o pior. Zoe não vai ser a ultima a ter o seu caso analisado sem a punição que a lei determina e sem o devido merecimento, sem a devida justiça.

A forma como o caso se resolveu foi curiosa, mas também confusa. Digo isso, porque qual a intenção de ter colocado a filha adotiva do juiz? Tudo bem que não é possível ter a solução de quem cometeu logo de cara, mas a parte do julgamento poderia ser bem mais trabalhada, se pelo menos tivessem descoberto que tinha sido o ex-marido da Zoe logo no começo. Mas de todo modo, a alternativa escolhida pelos roteiristas não comprometeu o desfecho do caso, pudemos ver que a série se preocupa com a relação interpessoal dos personagens, o que faz com que todos tenham algo a mais a apresentar. Além disso, a interação com Chicago Med foi bem aproveitada e feliz. Legal ter visto o Dr. Charlie por aqui, sempre certeiro e com conselhos excelentes até para solucionar um crime, olha só.

Deduzir nem sempre é interpretar
a verdade dos fatos. M. Frebell

Devo dizer que a postura da Anna durante todo o episódio, acerca da sua relação com o juiz foi extremamente coerente e segura. De nada adiantaria a sua confissão sobre a relação com ele, e por diversas vezes ela provou que o fato de associarem ser a amante, não fazia o menor sentido, além de serem atitudes machistas e sexistas. Chegar a essa conclusão é bem comum para a mulher e os julgamentos também. O que fica de bom nisso tudo, é o posicionamento da Anna, que além de ter dado um show no Peter, mostrou que privacidade, respeito e confiança vem em primeiro lugar.

Objection 1: Já repararam que a policial só sabe pular nos suspeitos? Acho engraçado o jeito dela.
Objection 2: Por que Anna e Peter são tão lindinhos? <3
Objection 3: Só eu amo as partes do julgamento? Acho massa os argumentos e os protestos dos advogados/promotores.

Então é isso, nos vemos na próxima!


Helaine Marina

Assiste séries com a mesma frequência que sente fome. Estudante de Direito, futura professora de Inglês e louca pelos animais, em especial, seus amigos. Uma aquariana que não é brinquedo não .

Salvador BA

Série Favorita: Impossível decidir

Não assiste de jeito nenhum: Glee

×