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Chicago Med – 2×06 Alternative Medicine

Por: em 30 de outubro de 2016

Chicago Med – 2×06 Alternative Medicine

Por: em

A medicina, definitivamente, não é para os fracos. Lidar diariamente com a vida das pessoas, tendo que fazer escolhas que podem fazer a diferença e decidir quem vive e quem morre, sem que as emoções afetem essas decisões, não é tarefa fácil. Esse episódio de Chicago Med, o melhor da temporada até agora, tratou do exercício da medicina em todas as histórias de emergência do dia, com momentos de emoção e delicadeza.

No caso mais triste, a Dra. Manning teve que lidar com uma criança em tratamento com câncer que estava com falência no fígado e inchaço cerebral. Ela sabia que o caso era grave, provavelmente irreversível, mas não teve coragem de dizer isso aos pais da menina. Eu já disse em outra review, e repito, que jamais seria médica. Pediatra, então, nem pensar. Certamente é muito mais difícil lidar com a morte em casos como esses e tenho certeza que quem assistiu se emocionou.

Dra. Natalie Manning

A questão aqui foi sobre até que ponto é aceitável o envolvimento emocional do médico. Somos humanos, não dá para ser um robô e não sentir nada. Natalie sentiu por não ter falado a verdade aos pais, mesmo tendo seguido todo o protocolo em um caso como esse, mas também por se sentir impotente diante de uma doença como o câncer, que mata tantas pessoas no mundo todo.

Foi bonito o contraponto feito entre a tristeza da morte de uma criança por uma doença ainda sem cura e a esperança com os outros jovens que montaram um laboratório de ciências no porão de casa em busca de novos avanços no tratamento médico. Tanto o Dr. Choi quanto a Dra. Manning viram ali mais do que uma possibilidade, mas a certeza de que o futuro da medicina é promissor. Mas a menina não precisa ter engolido aquele negócio né?

Já a Dra. Reese se viu diante de um dilema ao perceber que estava sendo seguida pelo garoto envolvido com o tráfico de pessoas, Danny, mostrado no quarto episódio dessa segunda temporada. Ela queria ajudar de qualquer maneira, mas ao mesmo tempo não gostaria de ir contra as recomendações do Dr. Charles. O psiquiatra, por sua vez, percebeu na conversa com a Natalie que o envolvimento com o paciente é diferente de médico para médico e acabou concordando em ajudar.

Dra. Sarah Reese e Dr. Daniel Charles

Tivemos a participação da detetive Lindsay (Sophia Bush), de Chicago PD, dando dicas para a Sarah do que fazer num caso como o do garoto. Novamente a franquia se vale das suas ramificações para interligar as séries. Acredito que a história deve continuar, já que o Danny decidiu que quer ajuda para sair da situação de terror em que se encontra.

As histórias do Dr. Halstead e do Dr. Rhodes se interligaram de certa forma. Nos dois casos, a medicina mais tradicional, feita por aqueles que não dispunham ainda de tantas máquinas e exames detalhados, foi fundamental para salvar a vida dos pacientes.

O Dr. Latham, só de auscultar o coração do paciente, percebeu um problema e o levou de volta à mesa de cirurgia, para a indignação do Connor. O médico esquisitão, que agora sabemos também é músico, estava certo. E fez o Connor passar um tempo escutando batidas de coração para aprender mais. Também estava certo o Will, que apenas apalpando o seu paciente percebeu que ele tinha um problema grave no intestino. Foi fofo ele visitando a médica que o ensinou e agora está em uma clínica, com demência. Mais uma prova de que a medicina não se faz apenas de tecnologia, mas também de pessoas.

Interessante também como o episódio mostrou que não apenas os médicos precisam exercer bem seu papel para que tudo funcione. O trabalho das enfermeiras, que precisam organizar os atendimentos, é fundamental. Com o hospital lotado, a Dra. Goodwin deu carta branca para que a Maggie utilizasse outras áreas para o atendimento de emergência. Foi um contraponto mais leve o ‘descarrego’ que ela arranjou com o o dono do bar havaiano para liberar um quarto que estava sem uso por uma superstição dos médicos.


E vocês, o que acharam de toda essa discussão sobre os caminhos da medicina que o episódio colocou? Deixem seus comentários!


Thais Gonzaga

Jornalista, mãe, apaixonada por séries desde a época da Sessão Comédia, Gosto de dramas que emocionam e de comédias inteligentes. Também sou fã dos seriados de super-heróis.

São Bernardo do Campo, SP

Série Favorita: Outlander

Não assiste de jeito nenhum: The Blacklist

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