Aquele em que dizemos adeus

Pra quem não sabe, o Apaixonados por Séries existe há quase dez anos. Eu e Camila…

O que esperar de 2018

Antes de mais nada, um feliz ano novo para você. Que 2018 tenha um roteiro muito…

Conviction – 1×11 Black Orchid

Por: em 14 de janeiro de 2017

Conviction – 1×11 Black Orchid

Por: em

Se o episódio da semana passada de Conviction foi decepcionante, essa semana eles resolveram caprichar mais na atuação para poderem sair de cena com a cabeça erguida. Por mais pesado que o tema seja, tivemos momentos descontraídos e bem interessantes, com diversas promessas de futuro que sabemos que nunca serão cumpridas. Vem ver o que aconteceu em Black Orchid.

Sabe aquela música super fofa que você tem na memória e acha que sempre vai relacionar com amor e segurança? Pois para mim acabou tudo nesse flashback. Nunca mais vou conseguir ouvir The Way You Look Tonight sem achar que alguém vai me atacar. Mas a cena foi muito bem editada, isso não há como negar, estão de parabéns.

O caso da semana não é selecionado por Hayes, mas pelas consequências. Uma mulher foi encontrada brutalmente espancada até a morte. Até ai, não serie diferente de outros casos similares, mas ela é encontrada usando uma cor de batom fora de circulação, pois era a mesma utilizada pelo assassino em série conhecido como o Orquídea Negra. O detalhe é que já há um homem cumprindo prisão perpétua por esses crimes. Seria esse novo crime feito por alguém querendo copiá-lo ou será que prenderam o homem errado? A CIU é acionada por Wallace para investigar o caso em conjunto com o Departamento de Polícia de Nova York, de modo que nenhum outro crime aconteça.

Esse episódio foi dominado pela Tess. Primeiro por seu estranho e levemente mórbido interesse por assassinos em série. Ela sempre entendeu que o homem errado havia sido preso, pois serial killers precisam do reconhecimento, enquanto ele sempre disse que não é o responsável pelos crimes. Mesmo com Sam acreditando que ele se encaixa no perfil, Tess insiste para que Hayes permita que ela conduza as entrevistas. Pela primeira vez Tess mostrou que tem pulso e que pode lutar por aquilo que ela quer e eu gostei do que eu vi. Mas Maxine precisa fazer um comentário:

Anotação: não ficar até tarde no escritório com a loirinha!

Tess e Sam entrevistam Clark Sims, que é interpretado brilhantemente por Patrick Breen (Madam Secretary e BrainDead). A maneira como ele interpreta os maneirismos de Clark, principalmente a partir da segunda entrevista, é incrível. Em um primeiro momento, parece ser um homem quebrado, sempre preocupado com o horário, mas não parece ser violento nem estar mentindo. Clark afirma que não matou ninguém, mas não pode provar que não estava nos locais nos assassinatos. Enquanto isso, Hayes e Frankie conversam com May Defranco (Elena Shaddow), a única sobrevivente dos 03 ataques inicias. Ela não pode ajudar muito, pois não viu quem a atacou e também não pode testemunhar no julgamento de Clark, pois estava em coma.

O relacionamento de Hayes e Wallace parece estar indo de vento em polpa e devo admitir que hoje eles conseguiram convencer como casal. Toda a estranheza da semana passada acabou. Agora eles são como todo casal moderno, comendo comida pronta em casa no fim da noite e discutindo por não terem nada para conversar que não seja trabalho. Mas esse é um risco que se corre quando se tem um relacionamento no mesmo ambiente, as conversas serão sempre as mesmas, não há como fugir. Mas tudo é interrompido quando Tess telefona e manda ligar a televisão. Clark está ao vivo se declarando culpado pelos crimes do Orquídea Negra pela primeira vez.

Devo admitir que eu não aguento mais ouvir Tess sobre o caso da tia dela. Detalhe, ela diz que Matty a perdoou recentemente, mas nós não vimos isso. Temos 02 opções aqui: ou esse perdão aconteceu fora de cena ou ela mentiu para que Clark confiasse nela. Se nós tivéssemos mais episódios pela frente, eu apostaria no segundo, mas agora não sei se só jogaram a informação aqui para concluir esse arco da Tess. Uma pena, pois eu realmente queria vê-la com o Matty. Mas ela foi brilhante durante a confrontação com Clark. Ele não é culpado, apenas tem medo de sair da prisão, pois se sente seguro ali, com sua rotina e horários (eu acho que Tess se reconhece um pouco nele). Ela acredita que ele tenha Transtorno Obsessivo Compulsivo e um leve grau de Síndrome de Asperger. Como ele é extremamente obsessivo com horários, eles decidem verificar se Clark poderia estar nos locais dos crimes, checando sem históricos de saída do trabalho.

Essa foi a parte que eu achei mais viajada. Clark nunca deixaria que alguém falsificasse seu cartão de saída, fazendo questão de que ficasse correto até nos minutos e então descobrem o motivo de haver alguma ligação dele aos casos. Sua impressão digital na parte interna da janela de uma das vitimas. Como foi parar lá? Ele trabalhava em uma distribuidora de materiais de construção e foi o responsável por entregar aquela janela. Primeiro: qual é a probabilidade da janela que ele entregou parar na casa onde um assassinato ocorre; depois: que nojo de pessoa que não limpou a janela direito depois de 05 meses de instalada.

Um novo suspeito é encontrado, Joe Kaplan (Shawn Parsons, de Containment), que foi visto na área por 03 testemunhas, mas o interrogatório quase sai de controle por causa do detetive Nick Cestero (Berto Colon, de Orange Is The New Black). Caso Tess não tivesse interrompido e aconselhado Joe a buscar um advogado, qualquer coisa que ele dissesse ali não poderia ser utilizado em corte. É Sam quem descobre algo promissor. Joe foi acusado de molestar a irmã quando criança pelo padrasto. A irmã de Joe, Sonya (Jennifer Gibson), que parece muito com as vítimas, desmente que foi molestada, dizendo que tudo não passou de um mal-entendido. A única informação interessante que revela é que Joe tem os nervos do braço direito danificados devido agressões sofridas pelo padrasto.

Hora do experimento científico. Frankie faz testes em bonecos para verificar a força necessária para quebrar o pescoço de uma pessoa com pancadas. Joe seria fisicamente incapaz de realizar tais golpes, sendo, portanto, inocente. Mas quem seria o culpado, já que Clark também se diz inocente? A única alternativa é verificar todos os registros de pessoas que estiveram em Nova York durante os primeiros crimes e retornado recentemente. O time decide que a melhor alternativa que tem é verificar os registros de ex-criminosos que estavam presos durante o período em que o Orquídea Negra esteve inativo. Mais um caso com várias caixas para verificação. É no fim do dia que Tess se depara com um perfil compatível, Don Cutler (David Huband). Ele não apenas se encaixa no perfil, mas os registros mostram que ele era abusado pela madrasta, que além de ter aparência similar a das vítimas, na foto do registro usa a mesma cor de batom utilizada pelo assassino como marca registrada.

A solução deveria ser dramática, mas acabou deixando a desejar. Maxine e Nick vão para o apartamento de Don, preparados para enfrenta-lo, mas ele não está lá. Entre suas coisas, encontram a planta de uma casa desenhada e Maxine deduz que só pode ser da casa de May. A polícia já está na casa quando chegam, mas felizmente, não é May quem está no chão. Após o ataque, ela desenvolveu Síndrome Pós Traumática e sua casa era totalmente vigiada. Quando viu pelas câmeras que Don estava entrando na casa, pegou sua arma e colocou fim a seu martírio. Uma pena que ele não será preso, pois a morte é uma punição muito rápida para seus crimes. Mas pelo menos Clark é inocentado e receberá ajuda do Estado para tratar suas doenças mentais fora da cadeia de forma a conseguir se reintegrar à sociedade.

Ao término do episódio, Tess se sente bem por ser parabenizada por Hayes e finalmente sorri, quebrando a barreira imposta por ela mesma ao mundo por seu passado. Maxine e Nick se reaproximam, deixando a entender que uma relação poderia vir a tona, mas, pelo que eu saiba, dependentes em reabilitação são desencorajados de iniciar namoros durante o início do processo e Maxine teve uma recaída muito forte faz pouco tempo. Hayes e Wallace decidem que eles não podem deixar de conversar sobre trabalho enquanto estiverem juntos, pois isso faz parte da vida deles e forçar outras conversas seria mentir. Uma sábia decisão e uma cena bem fofinha, mais uma vez me fazendo acreditar no casal.

Na trilha da semana temos uma música antiga eternamente destruída na minha mente e uma música que ainda nem foi lançada, portanto, caso queira a música do encerramento, vai ter que esperar até abril:

A audiência subiu consideravelmente, passando de 2 milhões para 2,70, se continuar evoluindo dessa maneira é bem provável que a temporada termine com os mesmo números que tinha quando estava durante a semana, na casa dos 3 milhões. Mesmo assim, ainda acho improvável a renovação para uma segunda temporada. O próximo episódio parece que terá Frankie como foco e gostei que pelo menos houve tempo para dar esses destaques para todos os atores brilharem antes do fim.

No próximo domingo, penúltimo episódio da temporada. Hayes receberá a visita do pai, ex-presidente dos Estados Unidos, com um pedido inusitado que pode colocar não apenas sua carreira, mas seu relacionamento em perigo. Acho que será bem interessante!


O que você achou desse episódio de Conviction? Também ficou com medo de todo esse conhecimento que a Tess tem sobre assassinos em série? Diga tudo nos comentários!


Paulo Halliwell

Professor de idiomas com mais referências de Gilmore Girls na cabeça do que responsabilidade financeira. Fissurado em comics (Marvel e Image), Pokémon, Spice Girls e qualquer mangá das Clamp. Em busca da pessoa certa para fazer uma xícara de café pela manhã.

São Paulo / SP

Série Favorita: Gilmore Girls

Não assiste de jeito nenhum: Game of Thrones

×