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Cosmos: A Personal Voyage

Por: em 27 de novembro de 2014

Cosmos: A Personal Voyage

Por: em

“Se você deseja fazer uma torta de maça do zero, você deve primeiro inventar o universo” – Dr. Carl Sagan.

Novembro é o mês em que Carl Sagan (cientista, astrobiólogo, astrônomo, astrofísico, cosmólogo, escritor e, pela frase acima, apreciador de uma boa apple pie) completaria 80 anos. Sagan faleceu em 1996, aos 62 anos, mas, mesmo com seu falecimento prematuro, ele nos deixou um incrível trabalho cientifico, fruto de muita dedicação e amor pelo conhecimento.

Cosmos

Não sou da área de exatas, odeio cálculos e me incomodo com pessoas que não enxergam a beleza do surreal… mas sou fascinado por todo e qualquer tipo de ciência!  ( ͡° ͜ʖ ͡°)

A busca incessante por respostas, das mais simples as mais complexas, nos capacita a admirar os pequenos detalhes e apreciar a TUDO em nossa volta. Partindo desse princípio, para um Apaixonado por Séries, Carl Sagan também deixou um trabalho para abraçarmos e assistirmos em nossa telinha favorita: Cosmos – A Personal Voyage.

Escrita e apresentada por Sagan, Cosmos – A Personal Voyage, foi uma série de 13 episódios exibida em 1980. Mesmo com baixo orçamento e um tema que não agrada a todos, a série foi exportada para 60 países e vista por mais de 500 milhões de pessoas.

Cosmos é genial! Somos apresentados as maravilhas do universo – desde o átomo, até ao incomensurável todo – Carl Sagan é cativante e seu texto é simples e compreensível, agradando tanto o experiente estudante de física quântica, quanto o pai de família sentado na poltrona, com uma cervejinha na mão e algumas curiosidades na cabeça. Uma das melhores metáforas de Cosmos é a comparação da exploração espacial a expansão marítima do século XV – perigosa, cara e revolucionária.

Cosmos

“Somos todos poeira de estrelas”

Abordando temas como a origem da vida, viagens interestelares, velocidade da luz e vários outros, Cosmos entrou para a história e inspirou diversos outros programas (como o Poeira das Estrelas, exibido no Fantástico em 2006, com apresentação de Marcelo Gleiser).

Mais de três décadas depois, Cosmos ganha sua sequência: A Spacetime Odyssey. Apresentada por Neil DeGrasse Tyson (o pop astrofísico) e produzido por Seth MacFarlane (The Family Guy). Com o intuito de recolocar a ciência no mapa cultural (onde estão os programas de ficção científica gente?), com o mesmo espírito do original, Neil DeGrasse continua a viagem que Sagan havia iniciado em 1980, porém, com – literalmente – tudo que sabemos hoje sobre o universo.

Cosmos

Diferentemente de Personal Voyage, Spacetime Odyssey tem um orçamento exorbitante e nos traz incríveis cenas, animações e efeitos visuais que aumentam ainda mais a excitante viagem no desconhecido (a tecnologia de edição contemporânea com certeza foi um belo upgrade a sequência). Neil DeGrasse pode não ser tão carismático quanto Sagan, mas ele cumpre seu papel e conversa muito bem com essa nova geração que Cosmos quer se comunicar.

Espero que o texto deste leigo (porém entusiasta) desperte uma chama em vocês de ir além do óbvio e desvendar os mistérios do universo, pois – e citarei Jostein Gaarder em O Mundo de Sofia – “tudo depende do tipo de lente que você utiliza para ver as coisas”, e Carl Sagan e Neil DeGrasse sabem exatamente como medir o grau de óculos certo para você.

Vale cada minuto, mesmo o tempo sendo relativo.


Thiago Martins

Concorda plenamente que a única coisa melhor que uma vaca é um humano. A menos que você precise de leite. Aí você realmente precisa de uma vaca. <3

Praia Grande

Série Favorita: Lost

Não assiste de jeito nenhum: Super Fun Night

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