Um estudo da TV Digital Research, publicado pela Variety estimou que o custo da pirataria para os serviços de streaming como Netflix, Amazon e seus pares chegará a US$ 52 bilhões até 2022. Esse valor foi projetado considerando perda de assinaturas e receita publicitária. O estudo mediu o impacto da pirataria nos serviços de transmissão em 138 países, e na produção de TV e filmes. O valor é apenas para os serviços de transmissão e não representa as perdas sofridas pelos tradicionais aparelhos de televisão a cabo e por satélite.

A pesquisa demonstrou também que o abismo entre as receitas legítimas de seus serviços e pirataria está se ampliando. Em 2016, as receitas dos serviços de transmissão legítimos totalizaram US $ 37 bilhões contra os $ 26,7 bilhões perdidos pela pirataria. No ano que vem, os totais serão de US $ 55,5 bilhões e US $ 37,4 bilhões, respectivamente. Em junho, Netflix e Amazon foram anunciados entre os membros de um novo grupo da indústria de anti pirataria online, a Alliance for Creativity and Entertainment.

“A pirataria nunca será erradicada”, disse Simon Murray, um dos principais analistas da Digital TV Research. “No entanto, não são todas más notícias. As taxas de crescimento da pirataria vão desacelerar à medida que uma ação governamental mais efetiva for tomada e os benefícios das escolhas legais se tornarem mais evidentes.”

Por região, a Ásia sofrerá as maiores perdas devido à pirataria online a partir de 2018, ganhando até da América do Norte. Mas por país, os EUA sofrerão as maiores perdas com a pirataria, à frente da China, uma situação que não deverá mudar nos próximos cinco anos.

Brasil, Índia, U.K., Coréia do Sul e México são outros países campeões de pirataria.