Surpreendendo ao descontruir a imagem de Alex que aparentemente seria apenas o galã da trama, Dead of Summer apresentou um episódio mediano e evidenciou algumas falhas no roteiro fraco de Barney Rubble Eyes. Se no episódio passado a série tinha uma boa intenção na reconstrução da época e até mesmo relembrava os clássicos filmes de terror, infelizmente nesta semana assistimos um amontoado de clichês sem nenhuma inspiração.
A única parte boa foi história de Alex, assistir a transformação do garoto russo humilhado em um adolescente manipulador e calculista foi interessante. “Powell” drogou seu amigo de infância para permanecer no camping e, assim, mostrou que é capaz de fazer qualquer coisa para conseguir o que deseja, seguindo o conselho do seu avô.
Ronen Rubinstein atuou muito bem, seus olhares suas ações deram um outro viés ao personagem que até então seria apenas o crush de todas as meninas. Entretanto, nem tudo são flores, o que dizer daquele encontro romântico com Amy, foi tão ruim que senti vergonha alheia por envolvidos. As situações, os diálogos até mesmo o lugar foram tão clichês que eu sabia até as falas antes mesmo de ouvi-las.
Não acho que o roteiro tenha que criar situações inusitadas o tempo todo, porém é necessário que os escritores inventem momentos que criem no mínimo empatia com o público e não se sintam constrangidos com a cena. Espero que não caiam no erro de focar no romance entre os campistas, já que o foco da série é na existência do sobrenatural e nas prováveis mortes que acontecerão durante a temporada.
A “grande” questão do episódio foi a relação entre o tall man e o menino russo. As crianças chegaram ao acampamento e no ápice da incompetência os meninos conseguiram perder a mesma criança por duas vezes. Diversas vezes o tall man apareceu, mas não tivemos jump scare dessa vez. Não fiquei com medo daquele homem e, apesar de sua aparência imponente, o potencial vilão da trama não assusta nem surpreende.
Outra questão interessante foi o envolvimento de Damon com os rituais na floresta. O Xerife não teve ainda seu destaque, suas teorias são certas, mas ninguém acredita. A ossada sendo roubada por aquele grupo trouxe uma dinâmica interessante nos últimos minutos do episódio e, apesar de todas as falhas, fiquei com vontade de continuar assistindo a série.
Dead of Summer ainda não apresentou um plot claro, foram apresentadas diversas questões, porém de forma confusa. Parentes e amigos mortos ressurgem, crianças com visão, rituais estranhos, diversas histórias que serão interligadas, contudo, a narrativa não é fluida e até certo ponto tediosa.
Com apenas 10 episódios, a nova série da Freeform não pode perder tempo com episódios filler e também não resolve movimentar a história apenas nos últimos 5 minutos.
E você está gostando de Dead of Summer? Não deixe de comentar comigo o que achou do episódio e até semana que vem 😉
