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Dead of Summer – 1×03 Mix Tape

Por: em 13 de julho de 2016

Dead of Summer – 1×03 Mix Tape

Por: em

Dead of Summer conduz sua trama explorando o “campista da semana”, mostrando o passado e evidenciando as  fragilidades dos jovens, a série apresentou o seu melhor episódio até então. Diferente de Alex, Carolina “Cricket” é uma personagem muito mais interessante. Explorando dilemas comuns do dia-a-dia do adolescente, seja da década de 90 ou dos anos 2000, é mais fácil sentir empatia por seus problemas e dificuldades durante a época do colégio.

A grande questão trazida pelo episódio foi aceitação do próprio corpo, Cricket, por fugir dos padrões de beleza, sempre se sentiu rejeitada e, assim, resolveu dar uma repaginada ressurgindo no acampamento muito mais magra. Não é uma trama inovadora, porém Amber Coney é muito carismática e conseguiu transmitir os sentimentos conflitantes que brotam nesta fase da vida.

Como se não bastasse, o roteiro ainda utiliza do artifício da paixão pelo bonitão do acampamento. Alex nunca sequer olhou para a garota e diante da sua síndrome de patinho feio, bastou Powell mostrar o mínimo de interesse para a ela se entregasse ao Don Juan. Apesar deste plot clichê, me surpreendeu Carolina saindo do quarto ao perceber que Alex não a merecia, desejando estar com alguém que realmente se importe com seus sentimentos a ponto de fazer uma “Mix tape”.

02-carolina

A personagem foi muito bem explorada, porém acredito que a série poderia sair do lugar comum e transmitir outro tipo de mensagem, isto é, o da aceitação do próprio corpo. É comum que as séries e filmes de Hollywood mostrem que a mulher sempre será muito mais feliz com um “make over”, porém dificilmente assistimos na TV que a pessoa aceita e é feliz com o seu corpo como ele é, seja dentro ou fora dos padrões de beleza. Com o carisma da personagem esta poderia ser uma mensagem muito mais interessante para o público alvo da Freeform, fora que o enredo deixaria de ser tão previsível.

Se nesta semana o desenvolvimento dos personagens foi um pouco melhor, não se pode dizer o mesmo na condução da trama. O confuso enredo proposto pelos roteiristas é cheio de empecilhos, dificultando o desenrolar da história e, assim, passados três episódios o mistério ainda não engrenou.

É claro que o culto, o uso das máscaras e a morte dos animais estão relacionados ao “Tall Man”, contudo, ainda são uma pequena parte da série. A série é baseada nos filmes clássicos de terror, deste modo, poderia muito bem se basear em plot’s simples, sem muita complicação, basta uma ótima trilha sonora, uma boa tensão e mortes para uma boa história de terror.

Aparentemente tivemos a primeira vítima, Amy, que foi a “escolhida”. Deb, por sua vez, não me engana mais, aquela máscara dentro do seu guarda-roupa mostra que provavelmente está envolvida com Damon e o acontecimento na cabana.

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A investigação ainda continua a passos lentos e a relação do Xerife com Amy e Jessie ainda encontra-se deslocada. Além de ninguém acredita no Xerife, este está sempre aparecendo nos momentos mais necessários. É preciso lembrar tantas coincidências comprometem a trama, uma vez que torna toda a história inverossímil.

Dead of Summer não é a melhor série da summer season, porém está se esforçando para conseguir ser um entretenimento de qualidade nas noites de terça-feira. Entre acertos e tropeços, pode-se dizer que Mix Tape é o melhor episódio da série até o momento.

https://youtu.be/wZZdWifdrgc


E você se assustou com a máscaras e o lago com sangue? Não deixe de comentar e até  semana que vêm 😉


Patrícia Martinez

Uma paulista que iniciou no mundo da séries graças as manhãs de domingo no SBT e atualmente tem um relacionamento sério com maratonas no Netflix

São Paulo

Série Favorita: The Big Bang Theory

Não assiste de jeito nenhum: House

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