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Dead of Summer – 1×04 Modern Love

Por: em 20 de julho de 2016

Dead of Summer – 1×04 Modern Love

Por: em

Dead of Summer foi “vendida” como um terror juvenil, uma espécie de remake de Sexta-feira 13, porém, a nova série da Freeform a cada semana se distancia da sua ideia original e mostra que na verdade deseja contar uma história sobre pessoas. Assim, em meio ao turbilhão do culto demoníaco que ocorre na floresta, o mais interessante da série releva ser seus campistas.

Durante os 40 minutos, pouco me importava sobre o culto, máscaras e visões, o que prendeu minha atenção foram os flashback’s contando a triste história de Drew. O campista nunca foi feliz como Andrea, todo seu conflito pessoal desde criança foi muito bem construído culminando com a leitura daquela carta e a percepção do personagem que realmente estava sozinho naquela jornada de autoconhecimento.

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Se a aceitação de um personagem gay já não é tão complicado no mundo das séries americanas, o mesmo não podemos dizer sobre um personagem transexual. Não me recordo de nenhuma série adolescente que aborde essa questão e, assim, é louvável a iniciativa da Freeform de representar esse grupo de pessoas que são tão renegadas em nossa sociedade. Além disso, pelo fato da série se passar no final da década de 80, toda a questão tem uma problematização ainda maior diante do preconceito e ausência de informações sobre essa questão naquela época.

Como se a vida de Drew não fosse dramática o suficiente ele ainda se apaixona por Blair, que por sua vez o rejeita ao conhecer o seu passado, sendo uma cena de cortar o coração de qualquer pessoa. A menção a David Bowie não poderia ser melhor, além de conceder a possibilidade da série introduzir uma ótima trilha sonora, mostra que um dos grandes ídolos daquela geração continua sendo relevante nos dias atuais com a mensagem tão simples de aceitação, porém incrivelmente difícil de ser aplicada na prática.

Em relação aos demais personagens, a história permanece a mesma, ou seja, desinteressante. A recuperação milagrosa da “escolhida” foi super forçada e totalmente mal explicada. Veja bem, uma série que se propõe a contar uma história utilizando o sobrenatural é necessário que tenha uma base mitológica minimamente coerente, contudo Dead of Summer apenas introduz diversos elementos sem explicá-los tornando a história fraca neste aspecto.

Aquela cena do lago com uma mão emergindo para pegar Amy foi tão aleatória que não sei se o problema é do roteiro ou da própria montagem das cenas. Deb com aquele ar de “famile fatale” seduzindo o Joel foi fora de propósito e tão mal conduzida que senti vergonha alheia ao assistir aquele momento. Desta forma, é  necessário que os roteiristas encontrem um equilíbrio entre os flashback’s e os demais plot’s da série.

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Apesar de ainda se recorrer a diversos clichês, Dead of Summer expõe um personagem interessantíssimo e, assim, retrata para o seu público tão jovem as diversas pessoas que existem no mundo e o seu processo de aceitação.


E você gostou do passado de Drew? Eu já estou shipando Drew e Blair, quem sabe na próxima semana já estão juntos não é? Não esquece de comentar o que você está achando da série ou até mesmo me ajudar a entender o que acontece naquela floresta!!! Até semana que vêm 😉


Patrícia Martinez

Uma paulista que iniciou no mundo da séries graças as manhãs de domingo no SBT e atualmente tem um relacionamento sério com maratonas no Netflix

São Paulo

Série Favorita: The Big Bang Theory

Não assiste de jeito nenhum: House

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