Spoiler Free!
Este texto não contém spoilers,
leia à vontade.
Quando Wet Hot American Summer se encontra com Sexta-feira 13 nasce Dead of Summer. Adolescentes, hormônios e calor são uma combinação perfeita para um romance ou para um clássico filme de terror. A nova série da Freeform surpreende ao captar a essência do terror dos anos 80 e relembra a forma de contar esse tipo de história.
No ano de 1989, Deb Carpenter (Elizabeth Mitchell) colocou todas suas economias para que Stillwater’s fosse reaberto. Patience apresentou os monitores e o local onde a trama irá se desenrolar. Os adolescentes são estereótipos comuns de séries adolescente, temos a bitch, a tímida, o nerd, o gay, o bonitão, o creepy, etc.. Com exceção da protagonista, nenhum ainda disse a que veio. Faltando três dias para receber as crianças, os adolescentes têm muito trabalho para realizar no acampamento, porém só os vemos nadando, fumando e conversando, ou seja, sendo tipicamente jovens em férias.
Em 42 minutos tivemos mortes, espíritos, incêndio e um provável início de romance e, por isso, senti que o roteiro foi muito apressado, a razão de Amy (Elizabeth Lail) estar no acampamento sozinha já foi revelada, não tivemos tempo de especular o porquê daquela garota estar tão deslocada. Os roteiristas perderam uma ótima oportunidade de criar um suspense maior na trama.
Um recurso que combinou com a proposta da série foi Joel (Eli Goree) gravando com uma câmera os momentos de distração dos seus amigos. Aparecendo algumas imagens distorcidas e alguns fantasmas foi uma ideia interessante do roteiro.
Acredito que o grande acerto dos criadores Ian B. Goldberg, Adam Horowitz, Edward Kitsis foi não inovar no piloto. A transposição para a telinha de um gênero tão conhecido do cinema não é uma tarefa fácil, porém eles conseguiram colocar todos os elementos marcantes destas tramas. Há jump scare, floresta com barulhos estranhos, apagão, tensão sexual entre os personagens e muitos outros. Percebo que a Freeform conhece muito bem seu público alvo e, por isso, esses artifícios narrativos tão comuns no gênero terror, para seus jovens telespectadores poderá soar como uma novidade.
A trilha sonora tem tudo para ser um show a parte. A sequência com o fundo de Patience do Guns N’ Roses foi uma das melhores coisas deste piloto.
Dead of Summer não será uma série genial, mas apesar suas falhas, o piloto cumpre o seu papel de entreter e apresentar sua história. Sem se levar a sério esta poderá ser uma boa opção para as noites de terça-feira.
Camping Notes:
- A cena da fogueira relembra muito a série Clube do Terror (Are You Afraid of the Dark) que era transmitida na Record nos anos 90.
- A amiga de Amy aparecendo no lago me lembrou da Samara.
Se você é amante de filmes trash, mortes pitorescas e um bom jump scare, não perca tempo, assista logo Dead of Summer e venha comentar comigo os próximos episódios. Até semana que vem 😉