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Death Note: Quando um jovem decide ser Deus

Por: em 29 de julho de 2010

Death Note: Quando um jovem decide ser Deus

Por: em

Eu faço parte de uma geração que cresceu assistindo aos desenhos animados japoneses que eram transmitidos pela extinta Rede Manchete. Sempre fui fã de Cavaleiros do Zodíaco, Yu Yu Hakusho, Sailor Moon, entre outros. Conforme passaram-se os anos, fui deixando de assistir as produções japonesas que, na maioria das vezes, eram direcionadas ao público infanto juvenil. O recesso durou até ano de 2009 quando um grande amigo da faculdade me emprestou os DVDs de uma série que, até aquele momento, eu desconhecia totalmente. O nome dela: Death Note. Assisti ao primeiro capítulo e fiquei impressionado com a qualidade da trama. Gostei tanto que em apenas uma semana terminei as duas temporadas da série.

Death Note (Em japonês: デスノート) é uma história escrita por Tsugumi Ohba e lançada em forma de mangá em janeiro de 2004. Ao todo, foram 12 volumes produzidos, totalizando 108 capítulos. Após o sucesso literário, o mangá ganhou novos contornos, desta vez na televisão. O canal Nippon TV lançou em 3 de outubro de 2006 a primeira temporada da série Death Note que durou dois anos e apresentou 38 capítulos, vendidos para diversos países, inclusive o Brasil, onde foi transmitido pelo canal a cabo Animax

Em Death Note somos apresentados a Light Yagami, um jovem muito inteligente, bonito, calculista e um tanto entediado com o marasmo que é a sua vida. Para a sua felicidade, a situação muda quando ele encontra um simples e surrado caderno preto jogado no chão. Ao abrí-lo, o jovem percebe uma série de tópicos que ensinam como o caderno funciona, sendo o primeiro deles: “O humano que tiver seu nome escrito no Death Note morrerá”.

No início, Light acredita ser apenas uma brincadeira de mal gosto, até o momento em que ele faz o primeiro teste. Resultado: Um famoso crimonoso japones, em fase de julgamento, morre de ataque cardíaco após seu nome ser escrito no caderno. A partir deste momento, o jovem passa a cometer uma série de assassinatos, aniquilando assaltantes, assassinos, estupradores e demais foras da lei. O grande número de mortes de criminosos começa a assustar a população e, aos poucos, o Japão passa a se tornar um país mais seguro, onde o número de crimes chega a 0%.

As autoridades percebem que as mortes não são coincidência e que alguém é responsável por elas. É neste momento que entra em cena o misterioso L, um jovem detetive super dotado que tentará descobrir quem é o assassino e como ele faz para matar as pessoas. A partir deste ponto é iniciado um jogo cheio de enigmas, raciocinios lógicos e muita tensão. Light, que antes assassinava apenas bandidos, passa a matar também pessoas inocentes sempre que seu segredo corre perigo. O gosto pelo poder lhe sobe à cabeça e matar por um mundo mais seguro não é mais o suficiente. Light quer ser uma espécie de Deus que decide quem merece morrer.

Além de Light e L, Death Note conta com diversos outros personagens peculiares, como é o caso de Ryuk, um Shinigami que é o verdadeiro dono do caderno. Na cultura japonesa, o shinigami é o ser que leva os espíritos dos mortos para o outro mundo. Podemos dizer que ele representa no oriente o que a figura da Morte representa no ocidente e tendo em vista que o caderno retira vidas, nada mais compreensível do que ele ser um objeto que pertença a morte. Ryuk acompanha Light desde o primeiro momento, sendo ele um grande incentivador para que o jovem cometa os assassinatos.

Durante a trama, surge também a bela e mimada Misa Amane, uma jovem e famosa modelo que é apaixonada por Light. Misa, que também possui um Death Note pertencente a outro Shinigami, torna-se a maior cumplice do rapaz durante as execuções. Apesar de estar sempre sorridente, Misa sofre com a perda dos pais que foram assassinados quando ainda era uma criança. O trauma e o desejo de vingança é um dos motivos de Misa para ajudar Light.

Durante os 38 capítulos da série, diversos personagens entram em cena. Alguns deles ganham mais destaque, principalmente os policiais que investigam o caso Kira (nome que a imprensa e a polícia atribuem ao misterioso assassino). Um dos oficiais, Soichiro Yagami, por ironia do destino, é pai de Light e nem sequer imagina que está caçando o próprio filho.

Death Note talvez não seja a melhor indicação para o público infantil, devido ao grande número de mortes e personagens mal intencionados. Nos EUA ocorreram protestos de pais que mostraram-se preocupados com a influência que a série poderia causar em seus filhos. Algumas crianças, por exemplo, começaram a escrever os nomes dos colegas de escola em falsos cadernos ‘death note’.

Quanto ao público um pouco mais velho, não há restrições. Para quem gosta de tramas policiais cheias de charadas e reviravoltas, Death Note é, com certeza, uma boa opção. Além disso, é curioso perceber que nós telespectadores passamos a torcer por Light, mesmo que ele seja o grande ‘vilão’ da história, pois convenhamos: Um mundo sem criminosos não seria bem melhor? Eu acho que sim e creio que muitos concordem. Porém, Death Note nos deixa um grande questionamento: Os fins justificam os meios? Não sei quanto a vocês, mas para Light eu sei que justificam.


Rodolfo

Uma versão masculina da Summer (de '500 Dias com Ela'): Fã de Indie Rock, o certinho da época da Faculdade e um completo 'desapaixonado'

Série Favorita:

Não assiste de jeito nenhum:

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