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Demolidor – 2×07 Semper Fidelis

Por: em 18 de março de 2016

Demolidor – 2×07 Semper Fidelis

Por: em

Os muitos rostos de um mesmo homem.

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Os jurados mostrando as diversas faces de Frank encarnam muito tudo o que eu e o Le temos falado até aqui sobre essa temporada. Castle é um personagem multidimensional, que possui várias facetas, vários lados, todos eles sustentados no ideal de “limpar” Hell’s Kitchen e, à sua maneira, encontrar não vingança, mas paz, após o massacre que acometeu sua família. Essa ideologia e essa confusão mental salta aos olhos de Karen, a única ali que o entende – muito mais que o próprio Matthew, com quem ele, sem saber, desabafou. Desde o episódio passado, já fica claro que os dois – Frank e Karen – possuem algum tipo de conexão. A impressão que passa é de que são duas almas em si muito parecidas que, eventualmente, acabaram se cruzando e se reconhecendo, não de uma maneira romântica, mas amigável. Karen quer genuinamente ajudar o Justiceiro, porque sente que ele merece.

E é por isso que a ideia que surge de tentar invalidar o julgamento e, ao invés de defender Frank, atacar Reyes e todo o sistema é muito boa, porém claramente suicida e vem como que pra comprovar o ódio que está se entranhando cada vez mais em Karen contra a promotora. Anotem: Isso não vai dar em coisa boa, especialmente depois daquele discurso patético que a mulher encabeçou contra os vigilantes (será uma forma “sutil” da Marvel criar a Guerra Civil dos Heróis de Rua contra algum tipo de governo/poder? Fica a dica). Outra coisa que, pra mim, fica bem claro, é que a origem das motivações de Reyes vai além de simplesmente tentar se eleger a uma prefeitura. Tem mais coisa nessa história e com certeza está ligada a morte da família de Frank ou a alguma atuação do Demolidor, da Jessica ou de algum antigo vigilante de rua.

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Obviamente, ela tem um osso duro de roer no caminho. Por mais que Frank praticamente se autosabote a cada palavra dita, ele parece saber muito bem o que está fazendo ao rejeitar a proposta de usar a cartada do Transtorno de Estresse Pós-Treumático decorrido da guerra. O que ele pretende levando esse julgamento adiante, quando já podia tê-lo encerrado com uma pena menor desde o episódio passado, ainda é um mistério pra mim. Alguém arrisca alguma teoria?

O fato é que, seja lá o que Frank tem em mente, algumas consequências da situação já começaram a aparecer e concernem, principalmente, a relação de Matthew com Foggy e Karen. Chegar atrasadíssimo no tribunal foi uma pisada na bola quase imperdoável do Demolidor e eu confesso que eu teria reagido ainda pior que Foggy. É a chegada de Elektra já mostrando a bagunça que é capaz de fazer na vida de Murdock, mesmo que seja de forma involuntária. Acredito que não demore muito para que os dois melhores amigos rachem e que Karen descubra as atividades secretas do novo boy.

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Claro, não dá também pra julgar Matt. Não é como se ele estivesse simplesmente indo correr atrás da ex. Pelo contrário. Ele a quer mais longe o possível de sua vida o mais rápido possível e, por isso mesmo, aceitou ajudá-la na investigação da Yakuza. Onde essa trama vai levar, eu ainda não consigo fazer ideia, embora aposte que, de alguma forma, terá alguma ligação com Frank, assim como a maioria dos acontecimentos da temporada. Por agora, ela tem servido para mostrar a interação maior entre Matthew e Elektra e também para mostrar um lado até mesmo mais humano da ninja, como nas cenas pós-luta, no apartamento de Murdock.

Pelo final do episódio, esse buraco é muito, mas muito mais fundo. Literalmente.

Outras observações:

– Eu achei que eu era teimoso, mas Frank supera.

– As lutas do Demolidor e da Elektra contra os homens da Yakuza foram incríveis.

– Tão abusando mais do corpo do Charlie Cox (em sentido de shirtless) nessa temporada do que na passada, né?

– Elektra comentando que reconheceria a bunda do Matthew em qualquer lugar: Provavelmente o quote mais engraçado da série até então.


Alexandre Cavalcante

Jornalista, nerd, viciado em um bom drama teen, de fantasia, ficção científica ou de super-herói. Assiste séries desde que começou a falar e morria de medo da música de Arquivo X nos tempos da Record. Não dispensa também um bom livro, um bom filme ou uma boa HQ.

Petrolina / PE

Série Favorita: One Tree Hill

Não assiste de jeito nenhum: The Big Bang Theory

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