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Demolidor – 2×13 A Cold Day in Hell’s Kitchen (Season Finale)

Por: em 18 de março de 2016

Demolidor – 2×13 A Cold Day in Hell’s Kitchen (Season Finale)

Por: em

“Um herói não é um deus ou uma ideia. Um herói mora aqui. Na rua, conosco.”

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Os primeiros minutos de season finale dessa impecável temporada de Demolidor já deixam claro qual vai ser o tom seguido nos 57 minutos: o capítulo final da saga de Matthew e Elektra contra a Mão e toda a lenda que permeia a antiga organização. Dedicar o último ato da temporada, que foi quase que em sua totalidade do Justiceiro, a uma trama mais psicológica e que se focou nas nuances do relacionamento entre essas duas figuras foi uma medida arriscada, mas que funcionou.

Foi bacana ver Brett ganhar um pouco mais de destaque, sendo o responsável por alertar o Demolidor de que a Mão estava indo atrás de todos que um dia ele tinha salvado. A ideia é muito boa e mostra que Nobu conhece o vigilante muito melhor do que Matthew suponha. Colocar em perigo estas pessoas em específico é arriscar destruir todo o trabalho que Matt tem feito durante esse tempo como Demolidor. É a melhor de atingi-lo e de deixar claro que a aposta será muito mais alta do que ele espera. E por mais que Elektra tenha sugerido, Matthew jamais deixaria aquelas pessoas entrarem em risco por sua causa. O momento entre os dois no alto do prédio, onde ela o ajuda a se concentrar para conseguir encontrar Karen e os outros é a síntese do relacionamento conturbado que assistimos durante este segundo ano. Existe um tipo de ligação muito forte entre Matthew e Ellie, Demolidor e Elektra, ligação que plano nenhum previamente armado pode impedir. Como Stick colocou bem, não foi a ele que Matt foi salvar, e sim a ela. De sua pior inimiga: Ela mesma.

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É como se ele fosse a âncora de Elektra. A coisa que mantém sua humanidade, seus pés no chão, mesmo no momento em que a Mão a tenta convencê-la a se juntar a eles e assumir seu supostamente destinado papel de Céu Negro. Matthew entende isso e por isso faz a promessa de que, se eles sobreviverem, a seguirá onde ela for. O relacionamento entre os dois é praticamente uma simbiose: Com Matthew, Elektra é uma pessoa melhor. Com Elektra, Matthew é ele mesmo. Sem amarras. Sem barreiras. Sem medo. “Há uma coisa nesse mundo que me faz me sentir mais vivo. E é você.” Por isso mesmo, a cena de Matt segurando o corpo sem vida de Elektra é tão dolorosa. Talvez uma das mais poderosas da série até então, eu diria. Já seria difícil em circunstâncias normais, mas naquelas , a coisa é ainda pior. As últimas palavras de Ellie sobre como aprendeu a ser boa e reclamando da dor da morte são bem bonitas. E, há que se dizer, Charlie Cox e Ellodie Young deram um show de atuação.

A aparição do Justiceiro no último momento e seu recuo ao ver que Matt podia lidar sozinho com o que restou de Nobu e da Mão foi uma bela surpresa. Não só por vê-lo finalmente usando a roupa clássica das HQ’s (aposto que muita gente teve um infarto por aí), mas por marcar a presença de um novo vigilante na cidade. Diferente de Elektra, a saga de Matt e Frank ainda não teve fim. Na verdade, é bem possível afirmar que essa temporada foi apenas o começo.

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Bem como essa temporada de Demolidor. O saldo final é muito mais que positivo. A ótima série da primeira temporada conseguiu se superar e entregou um segundo ano acima da média em muitos quesitos. Se houveram deslizes, eles foram poucos e encontram-se apagados, praticamente perdidos no mar de qualidade que tivemos. As peças estão dispostas de maneira diferente, o jogo mudou. Matthew não é mais a mesma pessoa, Nelson e Murdock agora é uma lembrança distante e o trio perfeito não existe mais. Há um novo vigilante na cidade, a Mão perdeu seu líder. Mas a revelação final de Matt a Karen acompanhada de um sorriso chocado e o corpo de Elektra adorado por membros da seita mostram que ainda temos muita, muita lenha pra queimar.

Outras observações:

– Curtiram o pequeno crossover, com a Jeri de Jessica Jones convidando o Foggy pra firma dela?

– “No meio de todo esse barulho, caos e violência, ficamos juntos apenas um instante. E foi tudo.”

– Com um amigo como o Melvin, que faz de roupa a arma, quem precisa de mais aliados?

– Frank fazendo o uniforme com a caveira: Como não amar.

– As piruetas nas lutas dessa série estão cada vez melhores.

– High five pro Stick matando o Nobu – aparentemente, de uma vez agora.


Alexandre Cavalcante

Jornalista, nerd, viciado em um bom drama teen, de fantasia, ficção científica ou de super-herói. Assiste séries desde que começou a falar e morria de medo da música de Arquivo X nos tempos da Record. Não dispensa também um bom livro, um bom filme ou uma boa HQ.

Petrolina / PE

Série Favorita: One Tree Hill

Não assiste de jeito nenhum: The Big Bang Theory

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