A sexta e última temporada de Drop Dead Diva começou não muito bem, com um episódio duplo que não tinha razão de ser. Geralmente episódios duplos têm alguma conexão ou algum caso extraordinário que justifique o uso de duas horas e depois de seis temporadas de lenga-lenga entre Grayson e Jane, não acho que isto foi motivo o suficiente para estas duas horas.
Começamos a temporada exatamente onde a quinta terminou: com a Brittany aparecendo na casa da atual Jane brava porque ela não contou que a Elaine morreu e ameaçando contar quem a advogada realmente é.
É compreensível que o Grayson não queira falar ou ver a Jane por um tempo, até processar a informação de que essa mulher não é quem ele pensa que é. E depois, mais um tempinho para entender como ela pode ser a ex-namorada dele que morreu em um acidente. Mas como este não é o nosso casal preferido, acaba soando mais como uma grande enrolação e a vontade que me dá é de dizer “desiste logo, Grayson, e continue a viver a sua vida”.
Mas assim estarei sendo injusta. O Grayson pelo menos quer conhecer a Jane de verdade, essa mulher incrível em quem a Deb se transformou. Porque uma coisa que só a Deb não percebeu ainda é que mesmo que ela tenha as memórias da modelo loira e superficial, hoje ela não é a mesma pessoa que morreu naquele carro. Agora também é a chance de ela descobrir quem ela se tornou e como esse relacionamento vai funcionar com o amor da vida dela.
Foi muito bonito o discurso do Grayson sobre como ele amava tanto a Deb que a amaria em outro corpo, mas todo mundo sabe que as coisas não são assim. Nem a Bela, d’A Bela e a Fera, aceitou de cara quando a Fera virou o príncipe humano. Há um período de adaptação e por mais superficial que isso possa soar, é estranho quando a pessoa por quem você está apaixonado muda de rosto e corpo.
Falando dos casos, o da Ella Lawson/Kathy foi interessante pelas reviravoltas. Quem diria que aquela doce moça da cantina seria uma “terrorista”? E por mais que e espere que o governo e instituições burocráticas não joguem muito limpo, não esperava que eles enganassem a Jane para conseguir que a Ella se entregasse. Foi muita sacanagem enganar alguém desse jeito, mas por outro lado, os Estados Unidos, este país da democracia, ainda mantém Guantanamo, então não é bem uma surpresa.
Adorei a referência a “12 Angry Men”, um filme ótimo e que tem tudo a ver com tribunais. Só por essa citação, perdôo aparecer esse produtor de cinema do nada.
O Owen teve de lidar com o irmão Charlie chegando do nada dizendo que está sendo processado por uma boate de strip-tease por ter postado uma review negativa em um site. Como se não fosse necessário ter esse drama familiar, o Charlie não tinha a melhor das intenções e o Owen se decepcionou de novo com o irmão. Pessoalmente não achei a revelação do Charlie ter enganado o irmão para conseguir dinheiro com o vídeo da boate uma trama muito interessante, mas valeu por conhecermos um pouco da vida pessoal do Owen.
Eu também nem tinha reparado que tinha um outro cliente no vídeo junto do Charlie.
Na segunda parte do episódio tivemos a introdução da Belinda, que vai ajudar no escritório enquanto a Kim ainda está de licença maternidade. Espero que ela volte logo!
Dos casos, tivemos o Donaldson pedindo ajuda à Jane por conta do irmão, Michael. Este caso achei mais interessante, porque eu sempre acabo torcendo pelo “underdog”. Se o Michael era mesmo inocente e a dona da loja o acusou de roubo porque ele quebrou o braço, queria mais é ver o dono preso. Que absurdo fazer uma acusação dessas!
Do lado dos advogados, achei a reação do Owen normal, já que a Jane estava tocando em um ponto sensível: para alguém que sempre se considerou muito justo, ser acusado de ter errado em um julgamento é um baque grande.
Em outro caso, o Grayson teve que trabalhar com a Belinda, ou ficar ali do lado quase sem abrir a boca. Por este episódio, vimos que a advogada é afiada, mas não tem muita química com o colega.
Por fim, eu já tinha esquecido dessa maluquice da Stacy de ter um filho do Owen.
P.S.: Foi engraçadinho ver o Paul imitando a Elle, de “Legalmente Loira“, quando teve que fingir ser um advogado.
