Aquele em que dizemos adeus

Pra quem não sabe, o Apaixonados por Séries existe há quase dez anos. Eu e Camila…

O que esperar de 2018

Antes de mais nada, um feliz ano novo para você. Que 2018 tenha um roteiro muito…

Empire – 3×12 Strange Bedfellows

Por: em 9 de abril de 2017

Empire – 3×12 Strange Bedfellows

Por: em

Mais um episódio morno da filha favorita de Lee Daniels. Se a segunda metade da temporada começou tropegando nas duas primeiras semanas, pelo menos agora tivemos algumas histórias bem contadas, e o rumo parece ter sido encontrado de novo, mas nada que empolgue. Um sentimento geral de toda essa temporada, que ficou claro no episódio dessa semana, é de como os flashbacks do passado de Cookie/Loretta e Lucious/Dwight parecem ser escritos apenas para satisfazer alguma necessidade pontual. Eu tenho certeza que não foi assim que eles foram pensados, mas não tem como não pensar que as histórias dos flashbacks só servem para criar paralelos passado/presente, especialmente quando se narra eventos como o tiro que Cookie deu no amigo de Lucious de maneira simplória e sem apresentar grandes referências em relação aos outros eventos narrados em flashbacks. Nem acrescentou nada a construção de Loretta. No máximo, serviu para mostrar que Cookie não pretende se abrir totalmente a Angelo, e isso não me parece suficiente.

Mas tudo bem, fiquemos por ora no presente. Primeiro plot que teve grandes desenvolvimentos no episódio foi o triângulo amoroso protagonizado por Jamal. Por um lado, me incomoda um episódio inteiro em que os trabalhos de Jamal em estúdio não saiam do lugar; por outro, fiquei surpreso com o desenvolvimento da história do triângulo, especialmente com a saída de D do armário e todo o tratamento dado ao tópico. Ainda que rápido, abriu um pequeno buraquinho de vulnerabilidade num personagem bastante desnecessário que estava sendo arrastado. Na outra ponta do triângulo, temos Philip, que também ganhou uma camada de personalidade importante. O grande trunfo do plot, ainda que não seja nada genial, foi nos sugerir a torcida por Phillipe ainda que permitisse entender perfeitamente o lado de D. Considerando que os relacionamentos de Jamal nunca foram exatamente uma prioridade, fico feliz com o tratamento que esse tem recebido nos últimos dois episódios.

Enquanto isso, o Lyon Caçula recebeu, mais uma vez, uma lição de maturidade. Já é pelo menos a 5ª vez em que temos algum tipo de trama que recorra à imaturidade de Hakeem para acontecer. E todas elas terminam com alguém dando uma aulinha de como ser um adulto. Os eventos desse episódio, porém, carregaram alguns símbolos importantes que podem significar uma definição mais precisa. Era o aniversário de 21 anos de Keem, o relacionamento com Tiana está mais sério que nunca, e a figura de Bella esteve presente permeando toda a narrativa. Além disso, a ação escolhida para demonstrar a imaturidade de Hakeem foi a mais simples possível: confiar cegamente em desconhecidos (especialmente se eles estiverem armados). E a lição foi algo como: ande com os seus, e confie neles. Mesmo se “eles” são sua mãe descompensada, seu pai megalomaníaco com complexo de deus e seu irmão vigarista. Espero realmente que o diálogo entre Hakeem e Lucious que encerrou o episódio tenha efeitos práticos no seguimento da série, porque estou cansado de repetir a mesma coisa quase toda semana.

Por fim, temos duas tramas para comentar ainda. Comento as duas em conjunto porque seria meu sonho que ambas entrassem em convergência em algum momento antes do fim da temporada. De um lado, temos Anika que, numa quebra de expectativa bem tosca, não traiu os Lyon e começou a jogar seu charme para cima de Tariq. Do outro, temos Giuliana, que trouxe uma aura de mistério e parece jogar um jogo em que só ela pode sair vencedora. A trama de Anika dando em cima de Tariq foi bastante forçação de barra no meu ponto de vista. Tudo sobre aquele encontro não me pareceu natural, como se Tariq criasse algum afeto por Anika só porque a narrativa precisa que isso aconteça. Porém, Giuliana trouxe a camada de fluidez e de naturalidade pro plot dela o tempo todo, e, graças a Nia Long, nos convenceu a acreditar que o plot faz sentido e que queremos ver o que vai acontecer.

Em geral, um episódio morno, de uma fase trôpega da série, mas nada que nos faça passar raiva assistindo. Que a trama de Vegas se desenvolva, que os flashbacks façam mais sentido, que Cookie volte a ter protagonismo. Amém?

Bônus Billboard #1 Song: work work work work work work… sentiram?

Bônus Isn’t It Ironic: amei Nessa (sumida) cantando música de amor pro Andre enquanto ele claramente dava trela para Giuliana. Tô quase gostando dessa história.


Gustavo Soares

Estudante de Cinema, fanboy de televisão, apaixonado por realities musicais, novelões cheios de diálogos e planos sequência. Filho ilegítimo da família Carter-Knowles

São Paulo - SP

Série Favorita: Glee

Não assiste de jeito nenhum: The Big Bang Theory

×