O mundo é o mesmo.

Depois de longos meses de hiatus, Fear the Walking Dead está de volta dando seguimento aos dramas em um mundo apocalíptico originado de sua série mãe. Partindo do conceito que os elementos que serão apresentados na série são totalmente novos, fica muito difícil saber em que terreno estamos pisando já que não temos a HQ como suporte para nos ajudar a descobrir o que está por vir. O que deixa nossas expectativas para a série bem melhores.

Partindo do ponto em que paramos no primeiro ano, após a morte de Liza, temos os sobreviventes fugindo a bordo do iate Abigail em busca de chance maior de sobrevivência. Foi ótimo ver a cidade de Los Angeles tomada pelas bombas e destacando o quanto o mundo já não é mais o mesmo. Assim, os conflitos morais dos personagens são colocados à prova, quando Madison e Alicia tentam ajudar alguns tripulantes estão à deriva no mar, enquanto Strand age como um ditador e proíbe que qualquer pessoa a mais entre em seu iate e os coloquem em perigo. Decisão sensata que faz com que Travis concorde com ele, estremecendo um pouco a relação dele com sua esposa.

Atribuindo a missão de tentar se comunicar com outros navios, Alicia acaba envolvendo-se com a história de um homem chamado Jack (Titanic?) que aparentemente estava passando por apuros no mar, fazendo com que ela entregasse informações importantes sobre a localização deles. Enquanto isso, Chris resolvia fazer o adolescente revoltado e incompreendido, junto com Nick nadando no mar e quase são abraçados por zumbis flutuantes (isso mesmo, eles estão em todos os lugares), pois perto dali um barco havia sido recentemente atacado, o que talvez nos leve a principal ameaça dessa temporada. Piratas!

Terminamos com os personagens totalmente em alerta e sem armamento para proteção, servindo para que Madison enxergue que tentar ajudar pessoas pode ser um plano muito arriscado que custaria a vida das pessoas que ela ama. Além disso, tivemos pequenos vislumbres de como os relacionamentos entre os personagens irão se desenvolver. Nick parece ter um interesse por Ofélia, enquanto Daniel e Madison parecem juntar suas desconfianças por Strand e descobrir o que ele realmente pretende, o que pode gerar grandes conflitos e discussões dentro do iate. Eles não deverão aguentar muito tempo o espírito autoritário do dono da Abigail.

A série continua seguindo a premissa do drama familiar, Travis e Madison com certeza entrarão em discussão sobre qual a melhor maneira de proteger a vida de seus filhos, na visível diferença de visão do mundo que os dois possuem. Resta a dúvida de como os personagens centrais farão para se livrarem das ameaças e quais os limites para conseguirem se manter vivos.

Com um episódio sereno e calmo, apresentado apenas como as tramas e conflitos deverão seguir daqui para a frente e o que veremos de ameaça além dos zumbis, numa visível aposta para o drama e a tentativa de se distanciar ainda mais do que estamos costumados a ver nesse mundo e sair da sombra de sua série mãe. Vale lembrar que apesar do mundo ser o mesmo, os personagens de cada série estão em períodos distintos e tentando lidar com essa situação de formas diferentes. Mesmo assim, a sensação é que ainda falta algo para a série mostrar definitivamente a que veio, pois ainda não deu para criar empatia pelos personagens e se importar com os seus problemas.

Observações:

• Alguém aqui gosta do Chris? Já podemos descartar ele?
• Alícia, mesmo errando, ainda gosto de você. Mas não testa minha paciência.
• Vai ser difícil lidar com a imaturidade dos personagens. Qual foi a do Nick se aventurando entre os zumbis boiando?

O que achou do retorno da série? Comenta!