Lições.

Blood in the Streets veio para designar mais ainda os caminhos que a série irá seguir. Se no episódio passado o ódio por Strand aumentou por cortar a boia de Alex e deixá-la para trás, o quarto episódio dessa segunda temporada serviu para desconstruir tudo que achávamos do piloto do iate. Através de flashbacks, conhecemos mais do seu passado e sua motivação em chegar até o México.

De forma sutil e intercalando entre os conflitos que aconteciam no iate, as cenas nos revelam o relacionamento que Strand possuía com Thomas Abigail, a quem ele deixou para trás durante o apocalipse e está tentando chegar até ele. Mesmo parecendo traição, a forma como Strand se joga no mar em busca da sua sobrevivência e atrás do seu objetivo só nos mostra o quanto humano o personagem é e está em busca da pessoa que ele ama. É um alívio saber que o mesmo não está levando a família para uma armadilha e merece o devido destaque durante os próximos episódios.

No iate Abigail, enquanto Madison e Travis lidavam com a culpa pelas ações de Strand em deixar as pessoas para trás, temos um outro ponto de vista quanto a ajudar pessoas nesse mundo quando um grupo de sobreviventes chega até o barco pedindo ajuda para uma mulher grávida. Logo, Alicia reconhece a voz do garoto com quem se comunicou no primeiro episódio e a ameaçou, fazendo com que a família Clarke/Manawa fosse feita de refém pelo grupo que fingia o pedido de tal ajuda.

Aqui, temos um desenvolvimento maior em Alicia, que tenta tomar o controle da situação e consertar o que causou usando sua estranha ligação com Jack a seu favor para proteger a sua família, que revela fatos sobre o seu passado e que deve sua vida ao seu líder. A família logo demonstra sintonia quando traçam um plano para distrair o grupo e acabar com eles, mas antes que o fizessem, Connor (o líder) chega até o iate com o restante de seus capangas e leva Travis e Alícia consigo, nos deixando a interrogação do porquê os dois foram escolhidos e quais os planos desse homem para atacar o barco e levá-los, além de, como Reed e companhia sabiam o nome de todos.

Com Nick reinando em terra firme numa missão para chegar até Luís (um aliado de Strand), o garoto mostra sua bela habilidade para sobreviver e usar os zumbis à seu favor, demonstrando um fascínio de como o vírus os tomou por completo. Os dois são a chave de salvação da família quando aniquilam alguns capangas que ficaram para tomar o iate, com Madison atacando Reed e o machucando para proteger sua família. Ela logo determina que devem ir atrás de seu marido e filha, mas Luís impede e diz que sem Strand eles não iriam até o México.

Finalizando mais esse ótimo episódio e desenvolvendo cada vez mais os integrantes dessa família de sobreviventes, fica possível nos importarmos pelos personagens e torcermos por eles. A série está cumprindo o seu papel mantendo a ação e o drama na medida certa e nos resta esperar para ver como Madison e os outros lidarão com essa ameaça para salvarem Alícia e Travis.

Observações:

• Foram exatamente quatro minutos e meio de episódio até Nick se sujar novamente.
• Será que Alex tem haver com o fato de Reed saber o nome de todos?
• Alguém aposta no poder de manipulação da Alicia?
• Ofélia continua avulsa no meio das cenas. Apesar disso teve mais falas do que o normal.

E vocês, estão curtindo a segunda temporada? Podem comentar!