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Glee – 6×01 Loser Like Me e 6×02 Homecoming

Por: em 11 de janeiro de 2015

Glee – 6×01 Loser Like Me e 6×02 Homecoming

Por: em

Foi dada a largada para a sexta e última temporada da comédia musical que conquistou tanta gente ao redor do mundo. Com uma premiere de duas horas, Loser Like Me e Homecoming (principalmente) trouxeram de volta importantes personagens junto ao verdadeiro espírito de Glee. Para quem estava apreensivo com esse retorno, acredito que tenha se acalmado. Pelo menos foi o que aconteu comigo. A série demonstrou o grande interesse de voltar às raízes e parece estar no caminho certo, felizmente. Inclusive com Rachel levando raspadinha na cara.

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Da restrospectiva, já sabíamos que o plot de Rachel seria sobre se recuperar do fracasso de seus sonhos. Mas, na verdade, o problema se estendia muito além do que superficialmente aparentava. Citando a grande Maysa, o mundo dela realmente caiu. Sem NYADA, sem Broadway, sem série (gente, cadê aquele roteiro que ela aprovou? That’s so Rachel é ainda pior que a primeira versão!), com os pais se divorciando, a casa à venda e o rompimento do noivado dos amigos. É, de fato, muita coisa para se lidar de uma vez só.

E por falar em Kurt e Blaine, achei a briga deles muito forçada. Tudo bem, a situação inteira não parece natural. Afinal, em que mundo aconteceria algo como o romance de Blaine com Karofsky? Talvez o rompimento de Klaine tenha sido inevitável. Já tem um tempo que eles estão nessa briga e nesse mimimi todo. Sem contar que são realmente muito novos para casar, ainda mais quando não conseguem viver harmonicamente juntos. Kurt bem que tentou esquecer o ex arrumando encontros relâmpago (com os caras mais estranhos do mundo), mas no fundo ele já sabia que não seria fácil superar o término. Pode parecer diferente de Blaine, mas tá bem na cara que ele também não superou. Posso até ver a sequência dos fatos se desenrolando, uma vez que já sabemos que vai ficar tudo bem para os dois no final.

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Outra pessoa querida a voltar foi a Sue. E voltou ainda mais destruidora do que já foi algum dia nessa série. O que ela faz é terrorismo. É tão bizarro que não tem como não gargalhar com as situações. Ela humilha os alunos, controla cada movimento deles, proíbe qualquer tipo de arte e ainda solta os cachorros. Literalmente. E não poderia estar mais feliz por saber que o Diário da Sue também está de volta! Já o Mr. Schue está do jeito que ela gosta: longe e com certas dificuldades. Apesar de não termos visto Emma, ele claramente está vivendo o que sempre quis. Por falar nisso, que coisa mais fofa de neném, gente! Mas ele ainda vai sofrer um pouquinho para se encaixar (e talvez revolucionar) no estilo voraz do Vocal Adrenaline.

No segundo episódio, Rachel e Kurt reuniram a gangue de volta à sala do coral com um objetivo bem difícil: recrutar novos membros para o Glee Club após a lavagem cerebral que Sue fez nos alunos e, ainda pior, fazendo isso contra a vontade da diretora. Foi nostalgicamente bom ter (quase) todos ali, mostrando que deixaram o ensino médio, mas o ensino médio não os abandonou.

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Mas não foram apenas as antigas carinhas que aparecem no segundo episódio. Os novatos foram devidamente apresentados e agora tivemos algumas impressões sobre eles. Não sei de vocês, mas eu gostei bastante, bem mais que a leva anterior (Marley e cia). A começar pelo Roderick, a voz que fez Rachel questionar a própria sanidade. Ele foi, até agora, meu favorito. Carregando consigo a velha história do underdog, ele é o retrato de muitos jovens ao redor do mundo e não podia ser mais “a cara de Glee”. Diferente dele (e de muito que já foi apresentado na TV), Spencer aparece como o gay pós-moderno – termo que só fui entender após sua explicação no episódio. Ele não abaixa a cabeça por ser quem é e os outros que se explodam. Também gostei demais dos irmãos Madison e Mason, muito fofos! Eles serão a cota Cheerios do coral, apesar de não serem muito queridos pelas mean girls (pioradas) de Lima.

Por último, mas não por isso menos importante, temos Jane. Ela é lindíssima, cheia de atitude, canta bem e a proposta dela foi muito boa – uma menina na Dalton querendo se juntar aos Warblers. Só achei a postura dela um tanto arrogante. Tipo, por que ela se ofendeu diante do pedido da performance? Quase todos fazem audições para entrar e era a chance dela de ganhar o coração do grupinho. Uma pena que foi preciso quase uma chantagem do Blaine para aceitarem-na. Mas ela foi mais esperta correndo para o New Directions – lá, ela vai poder se destacar. Depois dessa, torcendo para que o Warblers vejam a jóia que perderam, dando tchau lá do último lugar.

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Performances

Uninvited – Rachel
Foi um início muito bom para o episódio. E acabou sendo muito poético também. Rachel saiu dos bastidores de sua série flopada com destino certeiro para a rua da amargura. Tudo isso com o que nunca abandonou: sua estrela dourada, que esteve presente durante os dois episódios. Foi de doer o coração o quanto ela estava decepcionada após perder o jogo em que a aposta foi tão alta.

Suddenly Seymour – Rachel e Blaine
Que música fofa! Eu não conhecia e foi uma grande surpresa. O cenário certamente foi o melhor. A letra encaixou muito bem na situação em que Rachel precisava levantar a cabeça e seguir em frente.

Sing – Warblers e Blaine
Não foi o melhor que a Dalton Academy já fez. Mas também não foi o pior. O que achei interessante foi o modo como incorporaram o Blaine na performance, entregando a ele o casaco. Ali, ele realmente está em casa, de volta às raízes. Apesar de, segundo a Rachel, ter passado da idade de cantar com aqueles meninos.

Dance The Night Away – Vocal Adrenaline
Figurino lindíssimo e o solista tem uma ótima voz, mas o Vocal Adrenaline está mesmo bem longe de seu auge (bons tempos, saudade Jesse St James <3). Mr. Schue vai ter que rebolar para colocá-los no topo. Mas se depender do New Directions do jeito que tá no momento, não deve ser muito difícil.

Let It Go – Rachel
Apesar de não aguentar mais ouvir essa música, não tenho o que criticar nessa performance. Passaram cinco temporadas e ainda me espanto com a qualidade vocal da Lea Michele (e fico sem entender porque ela flopou tanto com o primeiro CD). De todas as canções da premiere, foi a que mais se encaixou com a situação, o reino de isolação em que Rachel passou a ser rainha. Lindíssima! Assim como aquele vestido, que coisa mais perfeita.

Take On Me – gangue toda
Colorida feito o começo da terceira temporada, mas com a qualidade das duas primeiras. E revigorante. Como deu saudade das antigas performances em que o grupo todo cantava. Isso sim é Glee: pegando aquele clássico lá dos anos 80 e trazendo para a galerinha que nunca nem sonhou que bandas como A-ha existiram.

Tightrope – Jane e Warblers
A menina arrasou, colocou até os membros mais desconfiados dos Warblers para dançar. Não acredito que ela não foi aceita! E que voz mais bonita a dela. Espero de coração que se destaque no New Directions, tem tudo para ser solista.

Problem – Brittany, Quinn, Santana e Archie
Confesso que, depois de Let It Go, era a performance pela qual mais esperava. Grande evento, ter de volta a Unholy Trinity e ainda vestidas com o uniforme das Cheerios. Tirando a parte da Iggy Azalea (ficou um tanto bizarro na voz da Santana), até que gostei dessa versão.

Mustang Sally – Roderick
O menino Roderick canta, viu. É a voz soul que o Glee Club nunca teve. Sem contar que o estilo dele é legal demais. Após aquela linda cena que que os antigos membros o convencem de entrar para o coral, ainda fez uma ótima performance. Torcendo muito por ele.

Home – gangue toda e novatos
Melhor performance de todas. Não sei se é por amar essa música ou se a mistura do novo e do antigo Glee Club que realmente deu certo, mas ficou maravilhosa. Se nos próximos episódios tiverem números como este, essa temporada vai ser uma das melhores (por favor, nem precisa de muito pra superar as três anteriores).

Notas:

– Que saudade do Figgins! Mas o coitado está na pior também. Conseguiu perder o emprego de faxineiro na McKinley High e agora trabalha num café.

– Ninguém melhor que a Sue para trabalhar com a diversidade. Na onda de Orange is the New Black, ela contratou uma falsificadora condenada e a colocou presa na sala, provavelmente só para ameaçar quem fosse importuná-la.

– Apesar de não gostar muito dele no momento, Blaine é um fenômeno. Fico imaginando quantos potes de gel ele gasta por mês. Foi hilário ele mudando de cabelo e ficando irreconhecível até para os amigos.

– Que sacada genial foi colocarem a Rachel “pregando”! Isso sim é voltar as raízes de Glee, aquelas situações nonsense que nos fazem rir.

– PARA TUDO! Eu realmente tirei o chapéu para Glee no segundo episódio. É muito bom quando a série se permite zoar consigo mesma e não se levar tão a sério. “I owe Modern Family”. Sensacional!

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Brittany: I know your name. It’s Quinn.
Quinn: I’m Quinn.
Brittany: Liar.

Kitty foi a única da antiga leva de novatos a aparecer no retorno da série. Chateada com Artie pelo modo como foi esquecida após a formatura, ela ainda deve descontar nos outros. Será que, no fim das contas, ela volta para o coral?

– Ok, eu me rendi completamente a Glee quando citaram Andrew Garfield e Emma Stone. Tem todo meu respeito. <333

– Senti falta de um solo do Kurt. Bem como Rachel, ele foi brutalmente afetado pelos meses passados. Após o término com Blaine, ele ficou sozinho em NYC. Foi muito doloroso vê-lo sendo o único a lembrar do “pacto” de amizade que fizeram no último episódio da temporada anterior. E ainda teve que presenciar aquela cena de dar diabetes em que Blaine e Karofsky trocam apelidinhos carinhosos. Ele merecia muito uma música. Chris Colfer melhor que nunca.

No mais, se alguém conseguiu chegar até aqui, peço desculpas pelo tamanho da review, prometo que não vou me estender tanto assim nas próximas. Dessa vez foi por ser uma premiere de duas horas e o retorno para a última temporada. Mas quero saber de vocês, o que acharam dos episódios? Estão animados para a volta de Glee? Qual a performance preferida de vocês?


Giovanna Hespanhol

Jornalista apaixonada pela cultura pop e por tecnologias. Forte tendência a gostar de séries ruins e comédias água com açúcar.

Bauru/SP

Série Favorita: Doctor Who

Não assiste de jeito nenhum: Game Of Thrones

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