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Gotham – 1×14 The Fearsome Dr. Crane

Por: em 4 de fevereiro de 2015

Gotham – 1×14 The Fearsome Dr. Crane

Por: em

Mais uma vez Gotham coloca um nome no título do episódio e não faz por onde para esse destaque. Em The Fearsome Dr. Crane tínhamos a promessa de saber a origem do icônico vilão Espantalho, que se tornou conhecido do grande público por estar presente na triologia do Homem-Morcego de Christopher Nolan.

Nesse ponto, o episódio falha. O pai do futuro antagonista de Batman é só mais um caricato vilão da semana, que usa as fobias das pessoas para matá-las – inclusive fomos presenteados com cenas de um pobre coitado sendo torturado por porcos e por um homem vestido de porco. Ok, né? Se o propósito era nos dar um olhar mais particular na história da origem do Espantalho, pelo menos nesse episódio, Gotham falhou completamente. Vemos rapidamente Jonathan (Charlie Tahan), como adolescente, mas em uma sequência que o personagem não adicionou nada a trama ou nos instigou a querer saber mais dele – além do que já sabemos.

A série tem tido esse pífio costume de jogar personagens que em tese são importantes, sem o menor cuidado em desenvolvê-los. Parece que eles querem inserir o maior número de personagem dos quadrinhos, mas isso não significa que fãs ou não vão gostar. Falta profundidade e carinho, e nós acabamos com tramas vazias e sem graça.

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Outra coisa que eu achei bem ruim foi termos Fish Mooney nesse episódio. Eu tava crente que teria um descanso, mas não, me colocam a mulher em um barco aleatório e ainda entregam um cliffhanger cretino para ela no final do episódio. Alguém consegue me explicar o que foi aquela encarada entre ela e o – acredito eu – pirata que invadiu o navio? E os créditos que apareceram bem no meio da cena em que Fish, como um animal, se lança para enfrentar o invasor. Sério, não entendi e não gostei. A única coisa que Mooney fez de útil nesse episódio foi dedurar Cobblepot para Sal Maroni.

Tava demorando para o 2º homem mais poderoso de Gotham mostrar seu valor. Maroni, desde o começo, seria o maior antagonista de Falcone, mas foi colocado em uma posição em que ele acabou como bobo na história, sendo facilmente tapeado pelo pinguim. Finalmente ele demonstra não ser somente o cara que fica comendo macarrão e rindo com os capangas. Gostei muito da maneira com que ele conseguiu estar 2 passos a frente de Cobblepot, inclusive trocando as balas do revolver, por já prever uma traição do rapaz.

Deu ruim para o nosso querido Oswald Cobblepot. Depois de exposto, ele fez algo que eu também estou cansada de ver ele fazendo desde o começo da série – implorar por clemência. Quantas vezes já vimos o Pinguim pedindo para terem dó dele? Acho que Robin Lord Taylor passou mais da metade do seu tempo em tela fazendo isso, tenha dó. O personagem é tão bem desenvolvido e inteligente, que não precisaria se acovardar sempre.

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Mais uma vez as súplicas de Cobblepot não deram certo, e ele quase acabou esmagado em um ferro velho. Não fosse um funcionário burro, que temeu mais à Falcone do que Maroni. Agora eu quero ver, pois acabou o jogo duplo de Pinguim, e as vantagens que ele poderia tirar disso. Até fico instigada para saber dos próximos passos dele e como ele vai se colocar em uma posição privilegiada novamente.

Além do embate Pinguim/Maroni, outro ponto positivo foi o foco dado à Bullock. Donal Logue há muito vem provando estar completamente a vontade no papel. Eu gosto quando o personagem sai do estereótipo de detetive canastrão e mostra que também é efetivo em seu ofício. Tendo em vista a temporária ausência de Gordon, ele toma as rédeas da investigação do vilão da semana e mesmo que imbuído por outros interesses – ele ficou muito afim da ruivinha com medo de piscina – ele conseguiu seguir as pistas sozinho e ser tão eficiente quanto o parceiro.

Mesmo que tenha sido para agradar a ruivinha Scottie Mullen ( Maria Thayer), eu gostei muito do envolvimento do personagem com o caso e como ele se abriu no “Encontro de Pessoas com qualquer Fobia Anônimas”. Super razoável para alguém com a profissão dele e que passa pelas situações que ele passa, o medo de morrer ser constante.

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Sobre Gordon, também foi bom ver ele se travestindo um pouco daquela cara amarrada de sempre. Engraçado mesmo a falta de jeito dele com Leslie, usando a desculpa de precisar de uma médica para analisar as pistas do assassino, para levar ela para sair. E caramba, não dá para sentir falta da Bárbara e do casal dela com Jim, quando a química entre Ben McKenzie e a Morena Baccarin quase sai da TV. Espero que deixem a loira sem sal esquecida, de lado, sem cenas e sem cansar a minha beleza.

Meu amado Edward Nygma também roubou a cena nesse episódio. Primeiro que deu para ver que Gordon confia nele, ou seja, isso coloca ele como “mocinho” dentro da GCPD. Segundo, ele dá seus primeiros indícios vilanescos, ao colocar um bando de pedaços de cadáveres dentro do armário do médico legista, fazendo com que Essen revogasse sua suspensão. Qual o problema dele analisar os corpos, vai? Ele realmente é mais inteligente que muita gente ali. Além disso, o  flerte dele com Kringle também merece um destaque aqui, será que vai dar em algum lugar? Eu acho que a moça também é muito mais do que demonstra ser.

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E por último e não menos importante, tivemos um Bruce Wayne friamente dispensando Gordon, com o apoio de Alfred, da promessa que ele havia feito de solucionar o assassinato dos seus pais. Quero muito que essa narrativa se desenvolva e que mais elementos do homem-morcego comecem a aparecer no garoto.

Concluindo, o episódio teve os problemas de sempre, mas também teve seus acertos. O que me instigou mesmo em The Fearsome Dr. Crane foi o novo contexto do Pinguim e de como ele vai ficar na guerra pelo poder de Gotham. O arco que conta a origem do Espantalho terá mais um episódio, semana que vem, e  parece prometer muitos acontecimentos – basta saber cumprirá com a expectativas.

Fique agora com a promo de The Scarecrow, que vai ao ar dia 09 de fevereiro.

– Observações:

– Vimos que o Jonathan ficou meio consternado com que o pai estava fazendo, mas mesmo assim não o impediu de tacar a mulher na piscina. Vamos ver o que vai acontecer com o jovem que puxará o gatilho da sua insanidade, que no futuro o transformara no espantalho.

– Gostei que ainda estão repercutindo as consequências da prisão de Arnold Flass, nada prático ainda, mas é bom ver que eles estão mantendo o acontecimento como algo que pode gerar consequências no futuro.
– Descartável a cena com a cat.

– Deixem Bárbara longe de Gotham.

– Podemos ver que semana que vem os futuros Charada e Pinguim ficarão cara-a-cara. Oh yes!

E você? Gostou do episódio? Fique a vontade para comentar e complementar a resenha.

Até a próxima!


Lívia Zamith

Nascida em Recife, infância no interior de SP e criada no Rio. Vivo e respiro Séries, Filmes, Músicas, Livros... Meu gosto é eclético, indo do mais banal ao mais complexo, o que importa é ter conhecimento de causa.

Rio de Janeiro - RJ

Série Favorita: São muitas!

Não assiste de jeito nenhum: Friends (não gosto de sitcoms)

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