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Gotham – 1×16 The Blind Fortune Teller

Por: em 20 de fevereiro de 2015

Gotham – 1×16 The Blind Fortune Teller

Por: em

Ao final do episódio da semana passada – que introduziu a história do vilão Espantalho – o que roubou a cena não foram bem os acontecimentos da origem deste, mas sim o vídeo promocional de The Blind Fortune Teller que chamou atenção por dar pela primeira vez um primeiro relance do Coringa. Uma coisa é certa, desde o início de Gotham, sempre se levantou a hipótese do palhaço do crime aparecer e para a minha surpresa, até que foi rápido. O único porém é que foi do jeitinho Gotham de ser, e isso não significa coisa boa.

Um dos problemas da série é que ela parece querer correr em utilizar os elementos mais importantes do universo do Homem-Morcego, sem desenvolver uma trama bem construída. Até o momento eu te afirmo que ela ainda não consegue ser consistente, oferecendo uma trama rasa e fraca. Acredito que um dos motivos que me  fazem continuar assistindo é a esperança de um futuro melhor, afinal, estamos falando de Batman aqui.

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Sobre a primeira aparição do Coringa: Esperava mais. Veja bem, a série se propôs a contar a origem do personagem e, no final das contas, ele já estava ali – com menos maquiagem e sem nenhuma cicatriz no rosto – mas já com todos os trejeitos do vilão que foi alçado ao conhecimento geral depois da interpretação de Heith Ledger no último filme da triologia Nolan. O pior de tudo, colocaram ele inserido no contexto do “caso da semana”,  o que piora tudo. Acho que a única surpresa para mim foi saber seu primeiro nome – Jerome.

Nenhuma surpresa ou sinal de que o personagem possa voltar a ser desenvolvido, nem mostraram que fim ele teve depois de descobrirem que ele tinha assassinado a mãe. A postura dele foi uma mistura de todas as personificações do personagem que eu já vi. Aliás, como sempre, foi muito fácil para Gordon chegar a conclusão que o menino tinha matado a mãe. Como ele liga os pontos eu não sei, mas essa facilidade (ou genealidade) do policial também me irrita, as soluções dos mais intrincados casos sempre acabam caindo no colo dele.

Flying Grayson

Como já havíamos noticiado, os Graysons Voadores apareceram na série e, só quem é ligado no universo do Batman (ou lido as minhas resenhas anteriores) sacou quem eles são e o que significa ver eles também na telinha. Para quem não sabe, o jovem acrobata John Grayson e Mary  serão no futuro os pais de Dick Grayson, que vem a ser o primeiro Robin e depois  também teria o alter ego de Asa Noturna. No futuro, eles serão  assassinados pela máfia e o unico sobrevivente – o filho deles – é adotado por Bruce Wayne e acaba por se tornar a primeira dupla dinâmica do Batman.

Quem teve destaque em The Blind Fortune Teller foi Fish Mooney e o misterioso local onde ela se encontra. Até agora não foi feita qualquer menção sobre onde ou o que seria aquele cativeiro onde ela e mais um monte de pessoas foram jogadas. Posso até achar que Fish cansa um pouco com o jeito dela, mas uma coisa eu tenho que assumir, ela sabe tomar o controle da situação e lidar com pessoas. Ela já conquistou a lealdade dos que estão presos com ela que inclusive, por conta de um discurso sincero da aspirante a mafiosa, sabem que podem acabar morrendo na tentativa de sair dali. Olha, só espero realmente que no final das contas esse plot não seja uma besteira e signifique algo importante para o roteiro.

Vou falar rapidamente dos outros acontecimentos do episódio. Finalmente Bruce conseguiu uma reunião com a cúpula da Wayne Enterprises, ainda não sabemos se haverá consequências do fato, mas o garoto não se abalou com os olhares tortos dados por ventura da sua idade. Ele já começa a dar os primeiros sinais de quem ele irá se tornar e eu achei importante mostrar ele fora da casa e, se é pra usar alguém tão relevante na série, que deem coisas importantes para ele fazer na história além de ficar fazendo pesquisa em casa.  Eu já disse algumas outras vezes, a premissa da série não era mostrar Bruce como principal, mas a história dele – mesmo minimamente mostrada – é uma das coisas mais interessantes de Gotham.

bruce

Bárbara finalmente voltou, ao que parece querendo Gordon de volta. Eu até gostei dela sem aquela usual cara de bunda e aceitando Ivy e Selina na sua casa, inclusive acatando dicas de estilo das garotas. Mas sério, não existe a menor possibilidade de fazer com que a gente torça por um  retorno dela com Jim. Ela não faz a menor falta em Gotham e eu adoro o jeito mais bagunçado da Dra. Leslie Thompkins. Aliás, finalmente ela e Gordon foram para a cama! O melhor foi Bullock constatando a noite de amor do parceiro.

O cliffhanger do episódio ficou com Pinguim e a sua boate. Cobblepot está realmente com dificuldade de fazer a boate bombar e eu estava esperando alguma atitude de Falconi. Bem, o todo poderoso, por meio de uma aparente lavagem cerebral feita por Victor Zsas, oferece o ex-braço direito de Fish Mooney para tentar bombar o local. Butch está de volta, vivo  e aparentemente sem saber quem ele é.

No final do episódio que  prometeu ser um divisor de águas, mais uma vez saio meio desapontada. Gotham ainda não é uma série forte, então a esperada aparição do Coringa foi muito aquém do que eu esperava. Mas se uma coisa me intriga, e me da vontade de continuar, é saber se em algum momento essas peças (algumas fundamentais) que estão sendo jogadas aleatoriamente na história, farão algum sentido. Mas uma coisa é certa, nós não ficamos sabendo a origem do Coringa, porque Jerome já veio para nós um psicopata, então caso queiram mostrar o motivo dele ser assim (além de ser filho de uma mãe com uma vida torta), teriam que nos levar alguns anos antes.

Confira a promo de Red Hood, que vai ao ar dia 23 de fevereiro.

E o que vocês acharam do Coringa? Esperavam mais?

– Observações:

– Jerome é o nome do criador do Coringa, Jerry Robinson.

– The Hellfire Club, que apareceu na marca da machadinha, foi uma organização que existiu de verdade no século de 18. Ela também já apareceu nos quadrinhos do X-Man.

– Eu adoro a maneira com que Gordon fica desconcertado quando se trata do aproach dele com a Leslie.

– Não tivemos muito Nygma hoje, mas vimos que ele e Leslie podem até ter uma sintonia no trabalho.

Notaram mais algo? Fiquem a vontade para comentar e complementar a resenha.

 

 

 


Lívia Zamith

Nascida em Recife, infância no interior de SP e criada no Rio. Vivo e respiro Séries, Filmes, Músicas, Livros... Meu gosto é eclético, indo do mais banal ao mais complexo, o que importa é ter conhecimento de causa.

Rio de Janeiro - RJ

Série Favorita: São muitas!

Não assiste de jeito nenhum: Friends (não gosto de sitcoms)

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