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Gotham – 1×22 All Happy Families Are Alike (Season Finale)

Por: em 7 de maio de 2015

Gotham – 1×22 All Happy Families Are Alike (Season Finale)

Por: em

Gotham chega ao final da sua primeira temporada sem ter se encontrado ainda como série. A conclusão que eu cheguei ao final do episódio é que parece que tudo vai “começar do zero” na segunda temporada.

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Eu sempre tive minhas muitas críticas a como a série estava sendo levada, sem aproveitar o potencial do material que ela tinha em mãos. Toda a mitologia em torno do Batman é muito rica, mas nesse caso é palpável a falta de cuidado ou noção do que se está fazendo. Parece que os produtores ficaram indecisos, sem assumir um formato certo para o prosseguimento do show. Desde o começo a premissa era clara, mostrar como o então policial Jim Gordon lidava com as mazelas de Gotham, deixando claro que tudo aquilo culminaria em algum dia no nascimento do homem morcego.

Com uma sequencia de capítulos esvaziados pela insistência do uso da trama procedural, as coisas acabaram tendo seu desenvolvimento afetado. O enredo proposto no início de guerra pelo poder da cidade parece ter sido esquecido até os episódios finais. Comentei inclusive que se pularmos do piloto para os 3 últimos episódios, a narrativa não fica muito prejudicada. Bem, acho que vocês entenderam meu ponto de vista. Agora vamos destrinchar All Happy Families Are Alike, para entender melhor o que esse season finale significou para Gotham.

Destarte, já somos catapultados para o meio de um confronto entre os chefões do crime. Falconi sofre um atentado que o faz perder o poder e o apoio dos poderosos de Gotham. Gordon então, sempre buscando o que a melhor opção, impede que Cobblepot e Maroni terminassem o serviço. Acontece que Fish (zzzzz) está de volta, de moicano, e cheia de sede pelo poder. Ela mais uma vez se encontra em uma posição de poder, subjulgando Falconi e propondo a Maroni uma divisão de poder na cidade. Insuflados por Pinguim, que desde de o começo é o norteador dos conflitos da série, esse acordo de companheiros acaba dando errado e Maroni com um tiro na testa. Pronto, um dos que pleiteavam por um lugar é eliminado.

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Fish e Pinguim finalmente têm o confronto que está sendo prometido desde o início, já sabíamos quem iria prevalecer por conta do anúncio de que Fish Mooney não estaria na 2ª temporada, mas mesmo assim a sequencia foi divertida, muito pelo fato de que no final das contas eles estavam “empatados” na briga até um confuso Butch aparecer e sem saber o que fazer, atirar em ambos. Fish termina caindo no mar e Cobblepot, no maior estilo Leonardo Di Caprio em Titanic, se auto proclama rei de Gotham. Pode ser que esse seja o primeiro degrau para o personagem ser o homem que ele é nos quadrinhos, mas creio que para isso, ele deixar de lado esse ar infantil e até inocente que ainda carrega consigo. Não sei se ele vai ter a capacidade de, ao menos no começo, reorganizar tudo novamente sob seu controle. Espero que continuem trabalhando bem o personagem no próximo ano, talvez transformando-o em o principal antagonista da série (a figura de um vilão presente foi algo que fez falta nessa 1ª temporada).

Jim é colocado novamente como a esperança da cidade. Falconi decide se aposentar e coloca suas fichas no policial, mais uma vez trazendo uma ainda obscura amizade com o pai do policial. Por isso eu digo que All Happy Families Are Alike pareceu um restarte. Os chefões que antes dominavam saíram do poder e Gordon mais uma vez é alçado como o messias, o cara que pode virar a mesa e transformar a cidade.

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Se no começo Bruce parecia ser apenas um recurso, o personagem acabou tendo o caminho mais correto nesse primeiro ano. Creio que muito pelo magnetismo imposto pelo jovem Batman, fazendo todos seu arcos narrativos serem os mais bem trabalhados e interessantes de se acompanhar. Depois das descobertas sobre seu pai no ultimo episódio, ele durante todo o season finale ficou procurando onde seu pai poderia ter escondido seus segredos. Esta semana, o personagem não teve tanto espaço em tela, mas a cena dele descobrindo um local secreto no escritório de Thomas Wayne (futura Batcaverna?). Certamente este foi o ponto mais representativo para o que Gotham planeja construir na próxima temporada – algo como o “Ano Um” de Batman – além de um baita fanservice!

Outros fatos que valem ser mencionados aqui são os surtos psicóticos de Nygma e Bárbara. Falando na ex-namorada de Jim, parece que ela vai se afastar da personagem dos quadrinhos. Uma coisa boa do comportamento da loira é que conseguiram deixa-la um pouco mais interessante e produtiva, não sendo o peso morto que foi durante quase toda a temporada. O catfight dela com Leslie foi legal e a cena dela quebrando a porta do banheiro foi uma clara referência ao filme Iluminado. Já Nygma, que veio sofrendo uma desconstrução, parece assumir o seu lado louco nessa season finale e aposto que veremos a sua transformação em vilão no segundo ano.

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Como eu disse, a primeira temporada de Gotham foi de fato inconsistente, mas o final comprova que ainda tem jeito de ser recalibrada em algo mais contundente se houver foco no que se quer mostrar. A guerra da máfia foi concluída de uma maneira que abre caminho para que se explore uma narrativa mais promissora no próximo ano. Que foquem no Pinguim e na sua escalada ao poder! Vamos torcer para um recomeço auspicioso, onde se possa tirar total proveito do potencial que a história tem.

E você, o que achou dessa primeira temporada? Foi o que você esperava? E do episódio, gostou do desfecho dados aos personagens?

Fique a vontade para comentar e complementar a resenha, dividindo suas impressões conosco.

Até a 2ª temporada!


Lívia Zamith

Nascida em Recife, infância no interior de SP e criada no Rio. Vivo e respiro Séries, Filmes, Músicas, Livros... Meu gosto é eclético, indo do mais banal ao mais complexo, o que importa é ter conhecimento de causa.

Rio de Janeiro - RJ

Série Favorita: São muitas!

Não assiste de jeito nenhum: Friends (não gosto de sitcoms)

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