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Gotham – 2×16 Prisoners

Por: em 31 de março de 2016

Gotham – 2×16 Prisoners

Por: em

Um resuminho do episódio em cinco palavras: Tristeza, melancolia, desânimo, abatimento e consternação. Pois é, Gotham chegou nessa semana e atingiu seu público como um trem. Alguém conseguiu sobreviver?

Depois de trinta e tantos episódios, todo mundo já ficou habituado com a cidade de Gotham. Um lugar sem precedentes onde a corrupção, o crime e a injustiça fazem parte do dia a dia da população. Aqui, em “Prisioners”, esse conceito foi levado ao extremo em um episódio que parecia uma Piada Mortal 2.0, onde o destino pegou o papel do Coringa tentando provar que basta um dia ruim para levar alguém à insanidade.

Preciso começar falando que os roteiristas fizeram uma ótima escolha ao focar o 2×16 na prisão do Jim. Antes parecia improvável que o protagonista fosse realmente preso e, quando isso de fato aconteceu, parecia difícil acreditar que ele ficasse nessa situação por muito tempo. Afinal, queira ou não, grande parte do seriado depende da presença do Gordon e era impossível que “afastassem” ele por diversas semanas. Surpreendentemente, Jim passou um tempo considerável preso, mas este foi “resumido” de forma excelente em quarenta minutos.

Que fique claro que excelente foi só a direção do episódio, pois o clima foi pra lá de sombrio. O tom lembrou bastante o filme Requiem for a Dream, de 2000. A repetição da rotina, a sucessão de acontecimentos ruins e, por fim, o ser humano na sua pior situação possível. Estava tudo ali, de uma forma ou de outra, presente durante as cenas no presídio. Foi impossível não ficar com o coração apertado em diversos momentos (a não ser que você possua aquele famoso coração de pedra). Felizmente o desfecho foi diferente do filme e é possível criar uma espécie de esperança agridoce sobre o futuro.

Gordon conseguiu em pouquíssimo tempo a cota de sofrimento para uma vida inteira. Como se não bastasse ser injustiçado, ir para a prisão, dar adeus à mulher que ama, perder o próprio filho e ser espancado, ele viu seu único “companheiro de prisão” literalmente morrer nos seus braços. Tudo isso em um intervalo de dois episódios… Se a série continuar nesse ritmo, alguém já pode avisar a Meredith Grey que ela encontrou um concorrente no quesito sofrência.

De qualquer forma, Gordon ainda permanece com seus valores morais – na medida do possível. Se pudéssemos tirar uma mensagem positiva daqui, sem dúvidas ela seria sobre a persistência do comissário e o valor de uma verdadeira amizade no meio do caos. Aliás, o bromance com o Harvey foi a única parte mais positiva da história toda.

“Highlight of my week to see your smiling face.”

O plano arquitetado por Harvey ficou óbvio considerando o quão (propositalmente) falsa foi a cena do esfaqueamento, mas mesmo assim foi difícil tirar aquele conhecido frio na barriga… Entretanto, a fuga foi a parte fácil, pois agora chegou a busca pela inocência, coisa que promete ser o completo oposto de simples. No fim, ao menos sabemos que no mínimo uma pessoa sempre estará ao lado de Jim Gordon.

Observação:

-Um pouco deslocado do restante do episódio, o Pinguim também teve uma participação considerável. Todo mundo diz que existe a calmaria antes da tempestade e no caso do Pinguim a calmaria foi extremamente curta. A relação com seu pai estava progredindo de uma forma bem bacana e eu já estava até imaginando uma futura dupla de criminosas agindo pela cidade. Entretanto, uma tragédia (que está mais para uma cilada da Julie Cooper versão maligna da DC) também atingiu o vilão. Será que esse acontecimento marcará o retorno do Pinguim que conhecemos?


Douglas

Possui mais séries na grade do que tempo disponível. Viciado em cultura pop, bandas indies e, principalmente, ketchup.

Curitiba / PR

Série Favorita: Seinfeld

Não assiste de jeito nenhum: Anger Management

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