Atualmente é difícil saber onde tem mais gente ruim: Se é na política brasileira ou na cidade de Gotham…
Vamos ser diretos: Pinewood não foi tão eletrizante quanto os últimos episódios de Gotham. Entretanto, longe de ser decepcionante, ele usou seus quarenta minutos para desenvolver as histórias e apresentar informações importantes, preparando o terreno para o que está por vir, o que sem dúvidas é necessário para uma série de televisão. Ou seja, é aquele típico “episódio de passagem” que precisa estar ali para construção de roteiro e, convenhamos, uma semana um pouco mais calma em Gotham continua sendo superior a muito seriado por aí.
Basicamente seguimos três polos. Barbara tentando se reconciliar com Gordon, enquanto o mesmo vai atrás do culpado pela morte dos Wayne. Bruce e Alfred investigando o passado de Thomas Wayne e o projeto Chimera. Hugo Strange fazendo… O que o Hugo Strange faz. É interessante notar que, apesar de serem narrativas separadas, todas estão conectadas de alguma forma e isso é foi sendo desenvolvido aos pouquinhos desde o retorno do hiato.
O mercenário do assassinato dos Wayne já foi encontrado e teve sua história finalizada, mas foi só o pontapé inicial para o mais importante: Encontrar o “verdadeiro” culpado pelo crime, a pessoa que contratou Matches Malone. Como a morte dos Wayne estava sendo bastante mencionada, era evidente que ela possuía alguma conexão com o foco atual da história. “O Filósofo” é ninguém mais, ninguém menos que o Hugo, fato que faz completamente sentido. Agora resta recebermos algumas explicações para desvendarmos grande parte do passado enigmático dos pais do Bruce.
Quanto aos vilões, diversos detalhes precisam ser comentados: O Pinguim ficou de fora dessa vez, escolha que foi acertada. Todo mundo adora o personagem e está ansioso para descobrir seu destino agora que ele voltou à insanidade, mas a superexposição do mesmo pode enjoar eventualmente. Quanto ao Hugo Strange, a trama em Arkham sempre acaba ficando cada vez mais intrigante, pois afinal, o que diabos ele quer? O retorno do Galavan no final está longe de ser surpreendente, mas abriu um leque enorme de possibilidades para o futuro. Mexer com os mortos é sempre arriscado e os roteiristas precisam de cuidado para usar esse recurso.
A Barbara obviamente dispensa comentários, sendo maravilhosa como sempre. Confesso que fiquei com um pontinha de dúvida quanto à saída de Arkham: Ela realmente enganou as pessoas ou o Hugo estava ciente disso o tempo todo? De qualquer forma, outro retorno foi o da Dama, muito bem-vindo, e que proporcionou ótimos momentos de interação com a Barbara. Por fim, ficou difícil não perceber o easter-gg do Coringa presente na cena onde o Mr. Freeze fez sua aparição. Na parede ao lado havia uma grande pichação com a icônica risada do palhaço, o que novamente abriu questionamentos sobre o que a série está aprontando. Será que Jerome realmente foi o verdadeiro Coringa e irá retornar ou ele foi a inspiração para o surgimento do verdadeiro?
Gotham não terá episódio inédito na próxima semana, então infelizmente teremos que esperar um pouquinho mais para ver o desenrolar dessa confusão. A contagem regressiva já começou: Faltam só mais quatro episódios.
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Observações:
-Galavan retornou como Azreal, um vilão que promete ser grandioso. Vamos torcer para que ele tenha deixado sua falta de carisma no túmulo.
-Alô, produção, cadê o Jerome?