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Grey’s Anatomy – 12×08 Things We Lost in the Fire

Por: em 23 de novembro de 2015

Grey’s Anatomy – 12×08 Things We Lost in the Fire

Por: em

A única coisa em que consegui pensar quando me deparei com o título do episódio de Grey’s Anatomy foi se existia alguma relação com a letra homônima da banda Bastille, já que os episódios desta temporada têm sido marcados por covers de grandes hits da atualidade. Na verdade, Things We Lost in the Fire se referia a um grande incêndio envolvendo o corpo de bombeiros de Seattle, transformando os corredores do Grey & Sloan Memorial Hospital. E assim como o fogo, o episódio da semana começou mostrando que basta apenas uma chama para que o fogo ganhe vida.

A primeira grande crise desde que Bailey assumiu a chefia do hospital trouxe de forma gradual a insegurança e a constante necessidade analítica de Miranda em seguir protocolos, tentando encontrar soluções nos históricos do hospital, algum meio de gerenciar a crise em meio a acidentes de grandes proporções. Cabendo mais uma vez a Richard o papel de mentor e conselheiro de Bailey. O fato é que o acidente serviu para apresentar a grande máxima do último episódio deste ano, a ironia.

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A invisibilidade de Jo deixou claro que na vida a dois, infelizmente, a contagem de tempo exige compasso, ritmo. E se aos olhos dos outros ela era a única entre as internas a ter tido sorte ao se relacionar com um residente, a verdade era que ela vinha vivendo a relação de uma pessoal só. E foi em meio ao pedido de casamento feito pelo Karev que Jo se viu obrigada a aceitar para si mesma, que amar sozinho não basta, e o mais importante, nem sempre o que o outro pode nos dar é o que realmente precisamos ou merecemos. Provando que a vida encontra formas deturpadas de nos dizer que na verdade pouco se sabe sobre a que ela nos destina. Tanto que, foi preciso que a personagem passasse por inúmeras provas até que, com pesar, pudesse aceitar que não basta apenas querer algo para que as coisas realmente deem certo.

E enquanto Maggie – que nos primeiros episódios não sabia muito bem como definir sua relação com DeLucca – se vê obrigada a entender que não é possível não misturar pessoal e profissional. Kepner e Avery têm pela primeira vez um bom diálogo na tentativa de encarar o que fazer com a situação em que se encontraram. As inúmeras formas que April encontrou para evitar o assunto se justificam já que ela foi capaz de reconhecer o que nem sempre é fácil, de que a relação entre eles tinha chegado ao fim – segundo os olhos de Jackson. A ironia aqui talvez tenha sido o fato de que foi preciso uma última noite juntos para que descobrissem que tinham se reencontrado tarde demais.

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E se o mistério da relação entre Owen e Riggs foi usado, em um primeiro momento, de forma leve – sugerindo até a ideia de um bromance – o desenrolar do episódio provou que a presença de Nathan é o grande comburente do winter finalle de Grey’s Anatomy. A descoberta feita por Meredith de que Nathan foi casado com a irmã de Hunt deixa em aberto quais as consequências reais desta relação, tornando o mais novo contrato de Bailey um dos grandes plots da série. Afinal, assim como o fogo, as consequências do retorno de Riggs na vida de Hunt saíram do controle. Atingindo a todos que estavam próximos de Owen, em especial Amélia. Que fragilizada e pressionada além do seu próprio limite, não foi capaz de suportar o peso de tudo o que aconteceu. Já que a discussão com Meredith deixou claro que ela na verdade nunca será nada mais que a irmã do ex-marido de Grey. O isolamento de Owen só fez com que Amélia se sentisse mais uma vez rejeitada. O que sabemos é que como depende química em tratamento, a escolha de Amy é um sinal claro dos problemas que surgirão nos próximos episódios da temporada e o fato de ter sido Nathan a companhia no fim de noite, só aumenta ainda mais a problemática.

O fato é que só foi possível chegarmos aqui graças as consequências das ações vividas pelos personagens no passado. E mesmo com as chamas do incêndio dos bombeiros já contidas, em se tratando dos dramas envolvendo os médicos do GSMH, vale parafrasear Bastille: Do you understand that we will never be the same again?


Marcel Sampar

Paulista que puxa o erre pra falar, PHD em Análise do Drama pelas novelas mexicanas reprisadas no SBT e designer de homens palito. Com sérios problemas em se definir por aqui - sim, esta já é minha terceira tentativa em menos de um mês - mas que um dia chega lá!

Rio Preto/SP

Série Favorita: Sex and the City

Não assiste de jeito nenhum: Teen Wolf

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