Chegando na sua reta final, Grey’s vai lá no passado e volta. Só para nos mostrar que é possível seguir em frente, ainda que com todos as situações desfavoráveis. Desde a 1ª temporada a série, que sempre girou em torno da sua grande protagonista, tenta explicar que, por mais dolorosa que tenha sido sua vida ou o seu sofrimento, seguir em frente pode não ser tão difícil assim.
Sempre que surge um avião nos episódios, o fandom já liga as antenas da preocupação e procura os lenços para chorar. Pode parecer exagero para quem tá de fora, mas fã que é fã sabe o quão complicado é assistir uma cena envolvendo viagem de avião e não se preocupar. Ainda mais quando tem como passageira a personagem que mais sofre nessa série. Não que seja uma competição, como bem apontou a Mer, mas não se pode negar tamanho sofrimento. Os teasers e trailer já anunciavam que In the Air Tonight não seria tão somente sobre uma queda de avião, mas sim sobre um possível recomeço.
Não há como negar a importância do Derek na vida da Meredith, assim como a trajetória dos dois até a morte dele. Como Arizona disse no episódio passado, a história dos dois foi uma linda história de amor, e é por causa disso que para a Meredith é tão impossível seguir em frente e buscar em outras pessoas aquilo que o Derek sempre fez tão bem. Durante todo o episódio eu só conseguia pensar em um filme, P.S.: I Love You (2007), e é curioso ver que Holly, personagem da Hilary Swank no filme, é tão parecida com a Mer. O medo de se envolver, de se entregar e de seguir em frente pode tá atrelado a insegurança de tentar novamente, de viver tudo mais uma vez. Os flertes, os encontros, os sorrisos bobos e as intimidades são tão assustadoras quando realizadas pela segunda vez como da primeira, ainda mais se vier proveniente de um evento traumático como a morte do Derek.
É por isso que não só o Riggs como eu e você aí já sabíamos que essa resistência não é e nunca foi sobre a Maggie. Na verdade, infantil e desnecessário seria se Shonda colocasse duas irmãs brigando por homem. No início esse pensamento não ficou tão claro, mas agora com todo o flashback, com a importância desse episódio, bate alívio só de imaginar o tanto de birrinha que pode ter sido evitado.
Você está com medo.
De que?
Dele. De deixá-lo ir.
Mas apesar de tudo, é compreensível o lado da Meredith. Se entregar sem a certeza de que vai ser correspondida ou de que vai realmente dar certo é um grande passo, e para uma pessoa tão racional quanto ela, fica claro que esta não é uma decisão tão fácil. Ainda assim, a série tenta, faltando muito pouco pra season finale, mostrar que tá bem longe do fim. Claro que com muito custo a gente vai terminando essa temporada, seja pelas histórias desconexas e aleatórias, seja pelas brigas de criança entre todo o elenco com a Elisa ou pela perdição no caso do Alex e DeLuca (só eu fiquei na duvida se isso tinha acontecido nessa temporada mesmo?). E ainda que a temporada não faça o menor sentido se pensarmos dessa forma, esse episódio junto com o da April e Jackson, foi o melhor até agora. Os casos foram bons e o destaque na capacidade e inteligência da Mer também foi o ponto positivo. Tava sentindo falta de ver mais drama e mais soluções rápidas decorrentes de tragédias. Uma pena que só no final da temporada, mas espero que assim como aconteceu com Meredith, esse seja também o recomeço da série.
P.S.: Marcel teve que se ausentar nessa semana, e por isso não pôde fazer a review. Mas não se preocupem porque ele tá de volta na próxima, ok?
P.S.: Vem cá, minha gente, não tem equipe médica ou alguém preparado (a) dentro dos aviões não? Então quer dizer que se alguém passar mal é só rezar para algum passageiro (a) ser médico (a)? Really?
P.S.: Engraçado como romantizam tudo, né? Tudo bem que a Meredith tem um histórico com o Riggs, mas em momento algum eu a vi fazendo qualquer sinal para que ele a seguisse. Difícil não problematizar essas coisinhas, por mais sutis e inofensivas que pareçam ser.
P.S.: Maria Edite é uma sobrevivente, e foi bem sofrido vê-la lembrar da Lexie e da queda do avião.
P.S.: Esse episódio serviu para uma coisa: você não é (a) o único (a) a se irritar com uma criança chorando em público. A mãe pode e está tão incomodada quanto você.
Então é isso galera, nos vemos por aí! Mas antes de ir embora, quero saber o que cês acharam. A série tá perdendo o jeito ou ainda é possível se emocionar e sofrer com episódios assim? Um grande beijo e boa páscoa!!
