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Grey’s Anatomy – 13×23 True Colors

Por: em 16 de maio de 2017

Grey’s Anatomy – 13×23 True Colors

Por: em

Seria laranja o novo preto?

Com ares de Season Finale True Colors se sobressai diante da insone décima terceira temporada de Grey’s Anatomy. Provando que quando convém, Shonda Rhimes e sua trupe de roteiristas, são exímios na arte de entregar um bom episódio.

O capítulo que antecede o fim da temporada traz parte das grandes perguntas que irão permear a trama no próximo ano de Grey’s, e mesmo com algumas escorregadas no roteiro, True Colors surpreende pela construção do clima que se desenrola rumo ao clímax do episódio. Acertando também ao ser capaz de rir de si mesmo, fazendo piadas pontuais como a própria Amelia reconhecendo estar vivendo momentos de sanidade, e que por serem poucos, necessitam ser aproveitados estes pequenos lampejos de sabedoria.

reprodução/ABC

Se a descoberta de que a irmã de Owen está viva era para surpreender? Confesso que não foi este o caso. É que desde a chegada de Riggs à trama, as enormes lacunas deixadas no roteiro envolvendo a história da ex-mulher de Nathan e irmã de Hunt – o corpo nunca encontrado, a recente cena em que o médico se culpa por ter desistido das buscas, ou até mesmo a personificação de Megan sob a imagem da atriz de Jane The Virgin – sempre foi algo que me intrigou e tinha tudo para resultar no que vimos neste episódio. Pois, se existe algo de constante em Grey’s Anatomy é que todo detalhe merece ser digno de atenção. Sim! Se por alguma razão algo foi introduzido na trama, saiba que em algum momento ele será usado para criar ou recriar plots que ajudam a sustentar a narrativa.

Tanto que, por mais absurda que tenha sido as partes em que vimos Alex ir atrás do ex-marido de Jo – interpretado pelo eterno Mr Schue de Glee, – era certa a aparição do personagem ainda neste ano na série, já que era a temporada prometia ser focada em Karev e Wilson.

No caso de Megan, esta obviedade era também natural, afinal de contas, depois de tantas temporadas a trama segue se repetindo em vários momentos. Era de se esperar que a série tentasse se apoiar mais uma vez na construção de triângulos amorosos. Que podem ou não funcionar. E se lá no início funcionou bem para introduzir Addison na história em Grey’s, pode ser que a chegada de uma nova ruiva melhore os humores da série que anda meio sem todo aquele brilho do tal Sol.

reprodução/ABC

Ainda sobre a importância dos detalhes, era clara uma maior participação da menina que vivia dispersa pelas salas e corredores do hospital, mostrando não ser somente a coadjuvante de um caso isolado da semana. O que talvez a gente não contava era que nem tudo em True Colors se fez de previsibilidade.

A descoberta do estuprador é a prova caba; de que a série ainda é capaz de nos surpreender! Ou que até mesmo existia uma saída menos canastrona para que esta temporada pudesse ter sido melhor desenvolvida, ou com melhores enredos e tramas. E ainda que a tragédia fosse iminente na vida de Stephanie Edwards, a forma como fomos levados a imaginar um ambiente mais próximo do romantismo de Maggie – ao desenhar um possível cenário entre os pacientes retirados do acidente automobilístico -, faz com que o impacto por sobre a real história do acidente envolvendo o desespero da paciente para se salvar da tentativa de estupro, se transforme sem dúvida, em um dos pontos altos do episódio. Garantindo uma crescente, apostando nos momentos de tensão, dignos de situações já vividas, como foi a invasão do hospital pelo atirador que feriu Derek ou da bomba envolvendo a mão de Meredith Grey.

Expondo novos dramas que devem se desenhar no próximo ano da série, True Colors evoca um sentimento já muito vivido pelos fãs de outra grande série, Game of Thrones, que sempre traz o episódio que antecede a season finale como o mais emocionante da temporada. O que já nos preparada para um final mais brando na próxima semana. Encerando o atual ano da série da mesma forma como caminhou ao longo de seu vinte e poucos episódios.

Ainda assim, a decisão de trazer a morte mais uma vez como um dos destaques da história retoma o clássico estilo Grey’s de se dizer adeus a alguém do elenco. E a julgar pelas últimas saídas com quê de despedida – como foi o caso de Yang e Torres – a mesma sorte parece não ter acontecido para Edwards, que desde o anúncio de que a atriz iria para outra série – ou, especula-se, tenha pedido para sair – fez com que a caminhada rumo ao fim do ano atual de Grey’s Anatomy tivesse como certo a chegada de um possível novo desastre envolvendo especificamente a residente.

As recentes aparições da personagem de Brody dava sinais de um transição breve. E pode ser que esta nunca venha a ser uma Stephanie, ou até mesmo que possamos ter para o próximo ano a chegada de novos internos. Considerando que dos poucos que aqui sobraram, a empatia é tão ruim que o melhor talvez seja seguir com mais uma meia dúzia de desastres naturais ou maníacos com tendência a causar no hospital de Seattle.

Claro que é cedo pra dizer se um único episódio é capaz de reacender as expectativas de que Grey’s Anatomy poderá nos trazer um novo ano digno da espera semanal de cada um dos episódios. Mas enquanto isso, uma coisa é certa: seguimos com nosso encontro semanal em forma de review.

 


E aí o que achou do episódio da semana? E a volta da irmã de Owen para a trama? Achou que a maneira escolhida para nos despedirmos de Edwards fez jus à personagem? Não deixa de enviar seu comentário aqui embaixo.


Marcel Sampar

Paulista que puxa o erre pra falar, PHD em Análise do Drama pelas novelas mexicanas reprisadas no SBT e designer de homens palito. Com sérios problemas em se definir por aqui - sim, esta já é minha terceira tentativa em menos de um mês - mas que um dia chega lá!

Rio Preto/SP

Série Favorita: Sex and the City

Não assiste de jeito nenhum: Teen Wolf

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