A série da ABC, Grey’s Anatomy, sempre focou seus holofotes sobre mulheres fortes e decididas, mas em sua 12ª temporada, o drama médico de Shonda Rhimes tem abraçado sutilmente o empoderamento feminino como nunca havia feito antes.
Durante a estréia da 12ª temporada na semana passada, Miranda Bailey (Chandra Wilson) finalmente alcançou o maior objetivo de seus 12 anos de carreira: tornar-se a primeira chefe do sexo feminino da ala cirúrgica do hospital. E é bem do jeito DELA que ela fez isso. Depois de ter sido intimidada por sua concorrência – também uma mulher (interpretada por Joey Lauren Adams) – Bailey foi para a frente com sua apresentação ao conselho e o fez durante uma cirurgia, na sala de operações.
“Bailey sempre foi sênior, chefe dos residentes e sua ascensão foi uma longa jornada”, conta Wilson, que acompanhou a série desde o início. “As pessoas foram assistir Bailey desde o início para tentar atingir esse objetivo – ela falou sobre isso algumas vezes – e é legal ver alguém bater a marca que ela está buscando há muito tempo. Isso significa muito, especialmente para as meninas.”
A promoção de Bailey é vitória de uma corrida de Grey’s que tem sido vencida silenciosamente por várias mulheres, que se tornaram chefes de seus departamentos em toda a história de Grey’s Anatomy. Ela se junta a: Callie (Sara Ramirez) como chefe da ortopedia; Arizona (Jessica Capshaw) como chefe da pediatria; Maggie (Kelly McCreary) como chefe da cardiologia; e Amelia (Caterina Scorsone) que lidera a neurologia.
“O que tentamos enfatizar no nosso programa é que as pessoas chegam onde elas precisam estar, porque elas merecem estar lá”, diz Wilson. “Shonda fala muito sobre as pessoas dizendo: ‘ Como você consegue equlibrar casa e ser uma mulher ocupada em ShondaLand?’; eles não fazem essa pergunta aos homens, eu não acho que as pessoas devem perguntar o que vai ser diferente sobre um hospital dirigido por mulheres – vai chegar um momento, e é isso que vai acontecer”.
Ainda sobre Grey’s Anatomy, a produtora executiva Betsy Beers disse, que a melhor parte do hospital é o fato de que isso aconteceu aparementemente sem qualquer alarde. “Parece tão normal para mim – e deve ser – que eu realmente não notei. Você olha para quinta-feira e vê que é sobre um monte de mulheres que estão no comando.” Beer diz se referindo também a Olivia Pope de Scandal (Kerry Washington) e Annalise Keating (Viola Davis) de How to Get Away With Murder , entre outras.
Adicionada recentemente ao Grey’s Anatomy o ator Joe Adler (Isaac): “Shonda incorpora todos este diferentes relacionamentos – se existe lacunas de idade, orientação sexual, etc – e ela permite que tudo flua tão bem e que não seja forçado; ele parece real – porque é isso que a vida é. Estou feliz que ela está fazendo parte da vida cotidiana e não fazendo uma coisa só dela”.
Já podemos ver que Grey Sloan é supervisionado por tantas mulheres e elas vão vir para cima durante os episódios, é como Bailey leva em seu primeiro dia como chefe; “Callie aponta-o para fora e nomeia Lady no lugar”, diz Ramirez. “Há alguns comentários realmente humorísticos feita nessa sugestão, mas o ponto é que estamos comemorando que a maioria dos chefes de departamentos são do sexo feminino e isso é muito emocionante. É um momento muito estimulante para um monte de mulheres. Estamos tornando isso normal, que é o que Shonda e seus escritores fazem melhor. Eles normalizam questões que para um monte de pessoas são uma espécia de algo inédito, tabu ou considerados fora do comum”.
Com quase 250 espisódios, Grey’s assumiu vários temas – mais recentemente, terapia da conversão LGBT em sua estreia da 12ª temporada – e inspirou inúmeras mulheres jovens que cresceram assistindo a série, a irem para a escola de medicina.
O número de cirurgiões do sexo feminino aumentou desdo o início do seriado – e isso é mesmo insano!” Sarah Drew (April) diz. “O fato é que nós começamos a ir para o trabalho e mudar o mundo um pouco né? Isso é muito bonito”.
Drew, que teve um bebê na última temporada, também elogiou ShondaLand por sua abordagem para celebrar as mulheres fora da tela também. “Diga a eles que você está grávida, eles logo tomam o partido. Eles não dizem: ‘Oh meu Deus, o que vamos fazer? Como é que vamos resolver isso?’ A única coisa que eles dizem é ‘ Uau! Outro bebê!’” ela diz.
Como para quem está à frente de uma nova liderança do Hospital, Capshaw diz que é como ela vai continuar a ser tratada – “Comemorando”. “Há sempre um equilíbrio”, diz Capshaw. “É como se eu ensinasse ao meu filho quando ele está ganhando um jogo: Você vai comemorar, você sente isso, você vai deixá-lo ter o seu pleno efeito em você – e então você vai seguir em frente”.
Scorsone completa: “Nós estamos tendo mais e mais cirurgiões que são as mulheres agora e cada vez mais CEOs são mulheres. Nós finalmente chegamos a uma geração onde estamos olhando menos como ficção e mais parecido com o mundo real”.
Grey’s Anatomy vai ao ar às quintas-feiras pela ABC e aqui no Brasil no canal Sony.