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Grey’s Anatomy: Como a série está abraçando o empoderamento feminino

Por: em 4 de outubro de 2015

Grey’s Anatomy: Como a série está abraçando o empoderamento feminino

Por: em

A série da ABC, Grey’s Anatomy, sempre focou seus holofotes sobre mulheres fortes e decididas, mas em sua 12ª temporada, o drama médico de Shonda Rhimes tem abraçado sutilmente o empoderamento feminino como nunca havia feito antes.

Durante a estréia da 12ª temporada na semana passada, Miranda Bailey (Chandra Wilson) finalmente alcançou o maior objetivo de seus 12 anos de carreira: tornar-se a primeira chefe do sexo feminino da ala cirúrgica do hospital. E é bem do jeito DELA que ela fez isso. Depois de ter sido intimidada por sua concorrência – também uma mulher (interpretada por Joey Lauren Adams) – Bailey foi para a frente com sua apresentação ao conselho e o fez durante uma cirurgia, na sala de operações.

“Bailey sempre foi sênior, chefe dos residentes e sua ascensão foi uma longa jornada”, conta Wilson, que acompanhou a série desde o início. “As pessoas foram assistir Bailey desde o início para tentar atingir esse objetivo – ela falou sobre isso algumas vezes – e é legal ver alguém bater a marca que ela está buscando há muito tempo. Isso significa muito, especialmente para as meninas.”

A promoção de Bailey é vitória de uma corrida de Grey’s que tem sido vencida silenciosamente por várias mulheres, que se tornaram chefes de seus departamentos em toda a história de Grey’s Anatomy. Ela se junta a: Callie (Sara Ramirez) como chefe da ortopedia; Arizona (Jessica Capshaw) como chefe da pediatria; Maggie (Kelly McCreary) como chefe da cardiologia; e Amelia (Caterina Scorsone) que lidera a neurologia.

“O que tentamos enfatizar no nosso programa é que as pessoas chegam onde elas precisam estar, porque elas merecem estar lá”, diz Wilson. “Shonda fala muito sobre as pessoas dizendo: ‘ Como você consegue equlibrar casa e ser uma mulher ocupada em ShondaLand?’; eles não fazem essa pergunta aos homens, eu não acho que as pessoas devem perguntar o que vai ser diferente sobre um hospital dirigido por mulheres – vai chegar um momento, e é isso que vai acontecer”.

Ainda sobre Grey’s Anatomy, a produtora executiva Betsy Beers disse, que a melhor parte do hospital é o fato de que isso aconteceu aparementemente sem qualquer alarde. “Parece tão normal para mim – e deve ser – que eu realmente não notei. Você olha para quinta-feira e vê que é sobre um monte de mulheres que estão no comando.” Beer diz se referindo também a Olivia Pope de Scandal  (Kerry Washington) e Annalise Keating (Viola Davis) de How to Get Away With Murder , entre outras.

Adicionada recentemente ao Grey’s Anatomy o ator Joe Adler (Isaac): “Shonda incorpora todos este diferentes relacionamentos – se existe lacunas de idade, orientação sexual, etc – e ela permite que tudo flua tão bem e que não seja forçado; ele parece real – porque é isso que a vida é. Estou feliz que ela está fazendo parte da vida cotidiana e não fazendo uma coisa só dela”.

Já podemos ver que Grey Sloan é supervisionado por tantas mulheres e elas vão vir para cima durante os episódios, é como Bailey leva em seu primeiro dia como chefe; “Callie aponta-o para fora e nomeia Lady no lugar”, diz Ramirez. “Há alguns comentários realmente humorísticos feita nessa sugestão, mas o ponto é que estamos comemorando que a maioria dos chefes de departamentos são do sexo feminino e isso é muito emocionante. É um momento muito estimulante para um monte de mulheres. Estamos tornando isso normal, que é o que Shonda e seus escritores fazem melhor. Eles normalizam questões que para um monte de pessoas são uma espécia de algo inédito, tabu ou considerados fora do comum”.

Bailey-Greys-Anatomy

Com quase 250 espisódios, Grey’s assumiu vários temas – mais recentemente, terapia da conversão LGBT em sua estreia da 12ª temporada – e inspirou inúmeras mulheres jovens que cresceram assistindo a série, a irem para a escola de medicina.

O número de cirurgiões do sexo feminino aumentou desdo o início do seriado – e isso é mesmo insano!” Sarah Drew (April) diz. “O fato é que nós começamos a ir para o trabalho e mudar o mundo um pouco né? Isso é muito bonito”.

Drew, que teve um bebê na última temporada, também elogiou ShondaLand por sua abordagem para celebrar as mulheres fora da tela também. “Diga a eles que você está grávida, eles logo tomam o partido. Eles não dizem: ‘Oh meu Deus, o que vamos fazer? Como é que vamos resolver isso?’ A única coisa que eles dizem é ‘ Uau! Outro bebê!’” ela diz.

Como para quem está à frente de uma nova liderança do Hospital, Capshaw diz que é como ela vai continuar a ser tratada – “Comemorando”. “Há sempre um equilíbrio”, diz Capshaw. “É como se eu ensinasse ao meu filho quando ele está ganhando um jogo: Você vai comemorar, você sente isso, você vai deixá-lo ter o seu pleno efeito em você – e então você vai seguir em frente”.

Scorsone completa: “Nós estamos tendo mais e mais cirurgiões que são as mulheres agora e cada vez mais CEOs são mulheres. Nós finalmente chegamos a uma geração onde estamos olhando menos como ficção e mais parecido com o mundo real”.

Grey’s Anatomy vai ao ar às quintas-feiras pela ABC e aqui no Brasil no canal Sony.


Fabíola Malta

Publicitária mineira, amante da escrita, cinema e música. Irônica, com pensamentos soltos traduzidos em palavras.

Belo Horizonte / MG

Série Favorita: Gossip Girl e This Is Us

Não assiste de jeito nenhum: The Big Bang Theory

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