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Guilt – 1×02 #AmericanPsycho

Por: em 23 de junho de 2016

Guilt – 1×02 #AmericanPsycho

Por: em

They’re calling me “American Psycho.”

A segunda semana de Guilt veio tentando firmar sua narrativa com a melhor caracterização dos seus personagens. Mesmo que a série tenha alguns pontos fracos, acredito que sua história tenha margem para uma construção muito boa, afinal, temos um caso de assassinato brutal com muitos criminosos em potencial, não existe uma só pessoa ali inocente conforme os conhecemos e todos possuem algo que pretendem manter às escuras do conhecimento geral.

Então vamos começar pela principal suspeita do caso, Grace Atwood. Toda prova que surge pertinente ao caso insiste em apontar direto para a jovem, mas ainda é legal como ver como a série em contraposição apresenta a garota como inocente e deixa ao nosso critério duvidar ou não do seu caráter. Mas que tem alguma coisa ali tem e não é nem um pouco difícil suspeitar disso. A americana claramente tem alguns problemas, caso contrário lidar com sua raiva não seria algo tão difícil de conter, e quando o assunto é nos fazer duvidar da sua palavra, isso a série tem feito bem. Esse episódio uma nova evidência que surge, desenterrada pela mídia que tem um papel enorme em guiar o senso das pessoas, faz questão de mostrar esse lado volátil e agressivo dela. O vídeo da garota agredindo a amiga, ainda que ela tenha negado que foi realmente o que tinha acontecido, colocou a prova tudo o que tem alegado e alguma coisa me diz que isso é só a ponta do iceberg, afinal já vimos esse mesmo lado de Grace no pilot.

Aliás, tudo em questão ali é só a pontinha do iceberg mesmo. O caso de Grace com seu professor parecia ter muito mais do que foi contado, e infelizmente não vamos saber mais nada do mesmo já que o professor morreu com um lindo tiro no coração disparado por sua esposa. O mesmo ainda mantinha um caso com sua amiga, sem falar na relação de Grace com seu padrasto e namorado, onde todos ali tinham um relacionamento com quem também? Molly Ryan. Conforme os delineamentos dessa trama ganham forma um ponto em comum continuar a apontar para Grace. E se a cada momento surge algo que mostra uma tensão presente que havia na amizade entre as garotas, tudo ali poderia ser um motivo em potencial. É muito fácil contar uma história quando o outro lado não está lá para contrariar a inocência da versão que é contada. Estamos diante de uma sociopata tão convincente que nos faz acreditar na sua inocência?

Outro ponto da história é a condução da investigação que continua levar a nada, que fez com que o irmão da jovem assassinada fosse buscar sua própria forma de justiça o que pode não ter resultado muito bem. A insistência estúpida de não buscarem por um possível stalker também é um deslize da polícia que fixou os olhos somente em um único suspeito. O segundo episódio nos direcionou para algum fato do passado de Gwendolyn que mantém a promotora tão obstinada a provar a culpa de Grace. Sua pessoalidade com o caso ainda pode nos levar a frente de algo que nos mostre que Gwen não é somente uma promotora buscando justiça em nome de Molly, é algo muito maior que isso, só nos resta sentar e assistir para descobrir. Mas pelo menos descobrimos que a tensão entre o detetive Bruno e a promotora do caso é muito maior que imaginamos e não se trata somente de uma relação de trabalho.

E como num caso tão sujo tem muita culpa para ir atrás, ainda tem muito mais história para ser contada. O caso de James com Molly ganha mais tensão conforme são dados mais detalhes. Talvez James seja outro que poderia sujar suas mãos em nome do seu segredo, ou levar a própria Grace cometer um assassinato pela traição de ambos. Mas surgem muitas perguntas sobre esse caso e para onde suas respostas vão nos guiar isso só assistindo para ver mesmo. A única ali que parece boba, mas de boba tem nada, é Natalie, que está obstinada a manter o padrasto longe das garotas. Me pergunto quanto tempo até ela descobrir que existe muito mais sujeira varrida para debaixo do tapete que pode imaginar e o que tudo isso pode desencadear na série.

A série ainda nos deixou com a cereja do bolo com a família real que está mais que presente com o envolvimento do próprio príncipe com Molly. Quando essa bomba vai explodir não sabemos, ou sequer se irá explodir, afinal o nome da família real está ligada não somente ao assassinato, mas também à prostituição, por onde ambos se conheceram. E se vítima não era exatamente tão inocente assim como pintam, não que isso torne menor a atrocidade causada a ela (e nem vamos entrar nessa discussão no momento), então há uma certa quantidade de segredos ali que poderiam mudar a rumo da investigação. 

Tudo que a série tem nos entregado pode ser seu trunfo ou sua falha, vamos torcer para que os roteiristas saibam exatamente que história estão contando e não se percam no próprio caminho que pretendem traçar da trama, algo que até agora parece certo. O fato é que esse segundo episódio nos borbardearam com muitas perguntas e nos resta acompanhar esperando pelas respostas que precisam vir. Mas conta aí pra mim o que vocês têm achado da série pessoal!


Gabriela Vital

A Kardashian perdida que sonha em ser médica um dia.

Vitória / ES

Série Favorita: Grey's Anatomy

Não assiste de jeito nenhum: The Walking Dead

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