Depois de Saul mostrar suas habilidades de espião em Parabiosis, Oriole trouxe à tona o lado Bond de Carrie. O mais surpreendente é que os dois foram completamente passados para trás pela agente dupla mais bem sucedida de Homeland desde o Marine One.
Doce ilusão pensar que o pen drive teria documentos claros, que magicamente revelariam o plano maligno dos russos e de quebra derrubariam o disfarce de Allison. O caminho para chegar lá é muito mais complexo e mesmo Carrie está enfrentando grandes dificuldades para ligar os pontos. Provavelmente é uma questão de perspectiva, e enquanto ela estiver olhando para fora da CIA, não vai conseguir enxergar o que perigo que se instalou lá dentro.
Allison tentou separar Dar e Saul uma vez, sem sucesso. Ainda assim, os dois sequer cogitam a hipótese de que ela pode estar por trás dessa nova ruptura. Francamente, que feitiço é esse que a ruiva esconde que consegue enganar todo mundo? Mas fiquei mais preocupada com a revelação de Saul que com o pedido de socorro de Carrie. Quando Saul contou que os documentos estavam com Düring e Carrie, já comecei a imaginar Allison mandando jogarem uma bomba na mansão do filantropo com todo mundo dentro para salvar a própria pele. Carrie sozinha indo direto encontra-la não parece tão ameaçador (ou alguém acredita que ela vá matar a protagonista da série?).
Ela é uma personagem interessante e seu jogo duplo escancarado em Oriole poderia ser melhor trabalhado ao longo da temporada. Ela pode não ser tão misteriosa quanto Brody e nem ter o carisma do pai de Franny, mas suas ações têm consequências profundas demais para que o planejamento seja explorado de forma tão pobre. Ela não é uma vilã como os terroristas da quarta temporada, ela provavelmente tem uma história e motivações mais complexas que o bom e velho dominar o mundo. Allison é falha, tem medos, inseguranças, fraquezas e é tão boa quanto Carrie em contornar problemas extremos. Falta mostrarem um pouco mais disso.
Ou Quinn é muito esperto ou aqueles jihadistas são burros demais de entregarem o jogo daquele jeito. É coerente que ele tenha despistado o grupo para evitar o atentado em Berlim, mas foi falsianice entregar pro Dal o povo que cuidou dele quando ele estava morrendo. Não é como se a CIA andasse merecendo esses agrados. Mas no fim do dia ele ainda é um americano que quer acabar com o EI a qualquer custo. Sinceramente, espero que deem uma função mais relevante para o Quinn no arco final da temporada, já que até agora ele passou metade do tempo matando aleatoriamente e a outra metade morrendo aleatoriamente.
Não entendo qual é a do Düring. Primeiro eu achava que ele era bom demais pra ser de verdade e achava que iria aprontar alguma coisa para a Carrie, depois comecei a achar que ele era bom demais porque ele iria morrer e a série queria fazer com o que o público se importasse com ele antes disso acontecer. Aí ele aparece falando para o Jonas que se arrepende de ter contratado Carrie e que ela é maluca. Ele tem tanto dinheiro assim para jogar fora oferecendo avião, piloto e 12 horas de combustível para uma maluca? Decide aí, lemão.
O passeio a Amsterdã me deixou vidrada o tempo inteiro. Carrie pode estar sem seus remédios, mas continua afiadíssima e com uma rede de contatos super eficiente. O pobre taxista que estava fazendo MBA teve um fim triste, porém previsível. Seguindo o falso morto daquele jeito, não dava para esperar nada diferente… Carrie poderia ter dado umas dicas de camuflagem antes de colocar o moço em ação.
Algumas observações:
– Qualquer pessoa que já tenha ficado MUITO encrencada com alguma coisa conhece a sensação de Allison ao ouvir Saul falando sobre Carrie.
– Mas que jornalista obcecada com os tais documentos, caramba. Se nem a Carrie conseguiu montar o quebra-cabeça, duvido que aqueles arquivos tivessem tanta utilidade assim para a imprensa comum.
– Disk-lavanderia-sequestro-relâmpago, boa tarde?
– Não entendi por que mataram o taxista, mas não esperaram para ver quem ele estava trabalhando.
Para o próximo episódio teremos Carrie indo direto para os tentáculos de Allison, Saul escondido com o amigo israelense, Quinn e Adal e provavelmente mais alguma movimentação dos russos. Gostaram do episódio da semana? Deixem seus comentários e até semana que vem!
