Aquele em que dizemos adeus

Pra quem não sabe, o Apaixonados por Séries existe há quase dez anos. Eu e Camila…

O que esperar de 2018

Antes de mais nada, um feliz ano novo para você. Que 2018 tenha um roteiro muito…

Homeland – 6×04 A Flash of Light

Por: em 20 de fevereiro de 2017

Homeland – 6×04 A Flash of Light

Por: em

Em The Covenant ficaram claros os problemas de Homeland em manter a originalidade das suas tramas, mas ainda restava uma dúvida: a série consegue desenvolver linhas narrativas – ainda que saturadas – que despertem o interesse do público? A Flash of Light primeiro deu a entender que a temporada realmente não tinha mais solução, até que uma explosão mudou tudo.

O episódio inteiro foi passando e parecia que nada se salvava. Saul e Javadi novamente, Saul sendo levado para lá e para cá por pessoas com caras de quem tem intenções escusas, Quinn e suas missões paranoico-kamikazes, mais um embate de Carrie e Adal, e Sekou sendo o personagem mais irritante da série desde a saída de Dana. O atentado não apaga a chatice que se arrastou pelos primeiros episódios, mas ele une todas as pontas, transformando uma trama fragmentada e desinteressante em algo coeso e com perspectiva de um desdobramento satisfatório na segunda metade da temporada, e isso já é um grande passo… se a gente conseguir desapegar da ideia de ver algo inovador.

A aventura noturna de Saul acabou virando uma espécie de sequestro voluntário, assim como aconteceu com Carrie quando pediu para encontrar Majid… só que sem a parte da revista íntima, né? Saul romantizou tanto o seu grande acordo de paz com o Irã que parece ter esquecido das circunstâncias em que ele aconteceu. Foi por chantagem, e não por boa vontade. Custou, entre outras coisas, a vida de Brody como um dano colateral. Acreditar em lealdade nessas condições é insensato, para dizer o mínimo.  O relacionamento com a irmã não deve ter grandes desdobramentos, já que a visita não passou de um disfarce para aquele encontro durante a madrugada, e agora ele precisará voltar imediatamente para cuidar das repercussões do atentado de NY.

Carrie vai precisar lidar com muita pressão daqui para frente. Há o dilema ético de entregar os podres de Adal à presidente e acabar como alvo de um processo, mas provavelmente algumas convicções bem mais profundas vão ser colocadas à prova pelas circunstâncias. Carrie acreditou em Sekou, se colocou em risco para liberta-lo e só aceitou entrar nesse esquema com Keane porque de fato estava convicta de que a histeria dos americanos com o terrorismo já tinha ido longe demais. Que ela já tinha ido longe demais. Mas era ele que estava ao volante quando o carro explodiu. Ela o libertou. Quando finalmente Carrie conseguiu se livrar da culpa por ter “deixado” o 11 de setembro acontecer, agora ela vai precisar lidar com um novo atentado que, ainda que involuntariamente, ela pode ter ajudado a existir.

A investigação avulsa de Quinn vai ser uma peça fundamental para esse quebra-cabeça, já que o vizinho suspeito esteve na transportadora na noite anterior, e provavelmente plantou a bomba no veículo que Sekou dirigia. Ele também já monitorava Carrie havia algum tempo, e isso é bom para trazer a ex agente da CIA ao centro da narrativa novamente, já que toda essa situação se conecta a ela de diferentes formas. A transição, que já estava tensa por causa de conflitos ideológicos, vai se tornar ainda mais pesada por causa de um problema bem concreto. Uma bomba no coração de Nova Iorque mobiliza muito mais a opinião pública e exige posicionamentos muito mais drásticos que centenas de bombas do Oriente Médio.

Algumas observações:

– Quinn perdeu a habilidade de disfarçar junto com a de abrir portas. Até faz, mas tá bem ruim.

– Adal falando da vulnerabilidade de Carrie justamente no lugar em que a filha dela fica durante o dia foi uma ameaça bem feia. A guerra entre os dois só não deve pegar fogo porque ambos têm incêndios bem maiores para apagar agora.

– Eu sei que é horrível isso, mas que alívio que se livraram do Sekou logo. Que menino ridículo.

– Será que o ataque foi isolado ou só o início de uma onda de terror como a que atingiu Paris e outras cidades pelo mundo?

– Alguém mais achou aquele “amigo” do Sekou muito suspeito?

– A review demorou a sair porque estou me mudando e sem nenhum serviço funcionando em casa ainda. Se tudo der certo, essa semana voltaremos ao normal.

Curtiu o episódio? Não esqueça de deixar seu comentário! Até a próxima!


Laís Rangel

Jornalistatriz, viajante, feminista e apaixonada por séries, pole dance e musicais.

Rio de Janeiro / RJ

Série Favorita: Homeland

Não assiste de jeito nenhum: Two and a Half Men

×