Tudo que vai, volta. Na hora que o carma resolve atacar, não tem jeito. No quarto episódio de House of Cards, Frank vai ver que manipular pessoas não é tão fácil como ele pensa e vai acabar tendo várias provas de que suas ações tem retorno.
Primeiro, tem a história com a Rússia. Depois da fracassada visita à Casa Branca, os russos vão mostrar ser um pé no sapato do presidente. Claire está na ONU tentando aprovar uma resolução de um tratado de paz no Vale do Jordão, no Oriente Médio. E qual o único país que foi contra? A Rússia, é claro. Para piorar, um militante americano é preso na Rússia durante um protesto e os EUA vai ter que se virar para contornar essa situação.
A saga do payback ainda está longe de acabar. Frank descobre a candidata que o seu partido pretende lançar para as próximas eleições, Heather Dunbar. O problema é que ela, não é como os adversários com quem ele está acostumado: ela é honesta. Ele então tenta uma outra forma de tirá-la do seu caminho. Ele tenta convencer um senhor a sair do posto de juiz para que Dunbar entre em seu lugar. O mesmo senhor que quis se aposentar, mas Frank pediu que ele continuasse na vaga. Ou seja, Underwood trata todos como um peão, manipulando quem ele quiser para fazer o que ele bem entender. Nem sempre da certo. Heather percebe a jogada suja e anuncia sua candidatura!
Acha que foi pouco? O destino resolveu sacanear mais um pouco e deu uma grande rasteira no presidente. Cansado de ficar no escanteio por 9 meses, Doug resolve voltar a ativa. Já que não dá para ser com o seu mentor, então que seja com o rival dele. Doug se encontra com Dunbar e pede para comandar sua candidatura. Não dá para negar que ele seria bem valioso, mas a grande questão é: ele é confiável? Não consigo acreditar que toda a devoção dele tenha ido para a espaço. Prefiro acreditar que isso foi uma grandiosa jogada para, no futuro, acabar com a candidatura dela e voltar às graças de Underwood. Difícil vai ser quando Frank descobrir a rasteira. Carma 3 x 0 Frank.
Como se não bastasse, Frank, abalado com a história de um homem que perdeu a perna em um ataque de um drone americano, resolve ir numa igreja conversar com um pastor. Foi o que eu imaginava, mas acho que no final das contas, ele só queria debochar de Deus e dar uma cuspida numa estátua que representa o todo poderoso, que acaba caindo quase me cima dele (olha o carma funcionando de form instantânea). Se nem o Todo Poderoso Frank respeita, ele vai respeitar a quem? A cena foi forte e serviu para mostrar que Underwood se enxerga acima de tudo e de todos, até mesmo de Deus. Mas isso vindo de um homem que mijou na cova do próprio pai, não é nada!
Frank: Well, I’ve got god’s ear now.
